sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O Culto Que Deus Não Aceita - Isaías 1


No inicio do primeiro capítulo do livro do profeta Isaías, Deus declara que não era conhecido pelo seu próprio povo de Israel.
“2 Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque falou o Senhor: Criei filhos, e os engrandeci, mas eles se rebelaram contra mim.
3 O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.
4 Ah, nação pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência de malfeitores, filhos que praticam a corrupção! Deixaram o Senhor, desprezaram o Santo de Israel, voltaram para trás.
5 Por que seríeis ainda castigados, que persistis na rebeldia? Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco.” (Isaías 1.2-5)
Eles haviam recebido suas leis, seus preceitos, seu amor, seus livramentos, e tinham estado por várias vezes debaixo dos seus juízos corretivos por causa do pecado, e em vez de se emendarem, mais se rebelavam contra Ele.
Isto revela a obstinação da natureza humana decaída no pecado, da qual somente podemos ser livrados pela fé em Cristo, e pelo trabalho da sua graça em nossos corações, trocando-os por corações sensíveis à sua santidade, e que respondam de modo adequado à mesma.
Disto também se aprende que não é por se ter a doutrina verdadeira, bons líderes como Isaías, e tudo o mais que se refira às revelações de Deus, se nos faltar a presença do próprio Deus em nossa vida, porque é este o único meio pelo qual podemos ter um conhecimento real de quem Ele seja.
Por isso a aparente religiosidade de Israel nos dias do profeta Isaías, mantendo o culto de adoração no templo, com apresentação de sacrifícios e cumprimento de todos os rituais prescritos na lei, não poderia agradar a Deus, e muito menos produzir um verdadeiro conhecimento do Seu caráter divino.
Porque, para isto, é necessário ter o nosso próprio caráter transformado à semelhança do Seu.
A consequência desta falta de verdadeira comunhão com Deus não pode ser outra senão a descrita no verso 5:
“Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco.”.
E diante de tal condição Deus pergunta qual seria o efeito do castigo diante de uma tal deliberada rebelião? A correção se faz inócua, porque a repreensão produzirá um endurecimento ainda maior, quando se anda de modo deliberadamente contrário à Sua vontade.
Em Is 1.10 Deus declara aberta e diretamente que não aceita culto, rituais, cerimoniais, enfim, qualquer forma de ato devocional, quando não há pureza no interior do coração, e quando as ações externas não são de prática de amor, justiça e verdade.
Ele na verdade, ordena que o povo pare com tais atos de devoção enquanto não emendar os seus caminhos.
É melhor não louvar quando o coração não é reto.
É melhor não ofertar quando há avareza.
Deus chama a tudo isto de ofertas vãs em Is 1. 13).     
   O aborrecimento não era propriamente com o cerimonial determinado na Lei de Moisés para vigorar nos dias do Velho Testamento, que eram ainda os dias do profeta Isaías, mas quanto à condição de coração dos “adoradores”.
Quando se anda de tal forma, Deus declara que sequer ouve as nossas orações (v. 15).
É um dever adorá-lO e se devotar inteiramente a Ele, mas isto deve ser feito com santidade de vida.
Por isso é ordenado que o Seu povo espiritualmente se lave, se purifique, e que deixe a maldade dos seus atos, deixando de fazer o mal, e não apenas isto, mas sobretudo, aprendendo a fazer o bem e a buscar a justiça, pondo fim a toda forma de opressão e se dando especial atenção aos fracos, desamparados e necessitados, representados naquela época nos órfãos e viúvas (v. 16 a 17). 
O Senhor promete que se for obedecido nisto que nos tem ordenado, nossos pecados serão lavados, de modo que seremos alvejados como a pureza da brancura da neve e da lã (v. 18).
E a consequência desta obediência será uma vida abençoada na terra (v. 19). 
Todavia, em caso de endurecimento na rebeldia, e na falta de arrependimento, por não se dar ouvido ao Senhor, haveria juizo (v. 20). 
No caso de crentes da Igreja cristã, ainda que não para uma condenação final, o juízo de Deus os visitará, tal como fizera com os crentes de Corinto, que não se examinavam a si mesmos, para não serem julgados por Deus, por causa de suas más obras.
Porque caso se examinassem e emendassem o seu caminhar diante do Senhor, Eles achariam o Seu favor e misericórdia, conforme prometeu aos israelitas dos dias de Isaías, caso se arrependessem. Como se lê nas seguintes palavras que o apóstolo Paulo lhes dirigiu, e que se aplicam também a nós:
“31 Mas, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados;
32 quando, porém, somos julgados pelo Senhor, somos corrigidos, para não sermos condenados com o mundo.” (I Cor 11.31,32).
Por isso o Senhor declarou por meio de Isaías, que os rebeldes do Seu povo terão a Sua mão voltada contra eles, não para abençoar com alegria, mas para corrigir com tristeza que é para arrependimento, para que sejam purificados de toda a sua escória e impureza (v. 15).
Quando este trabalho for feito pelo Senhor, então Ele dará ao Seu povo pastores segundo o Seu coração, que os apascentem com conhecimento e com inteligência, tal como havia prometido dar líderes justos a Israel nos dias de Isaías, em face da purificação que faria neles (v. 26).

Baseado em Isaías 1

A Grande Glória Manifestada - Isaías 2


O segundo capítulo de Isaías demonstra de modo muito claro, que a profecia não se aplicava exclusivamente ao povo de Israel em seus dias, e particularmente à Judá e à Jerusalém terrenas, mas ao Israel espiritual de Deus, especialmente a partir da manifestação do Messias e da Sua glorificação, juntamente com todos os salvos, depois da restauração de todas as coisas.
É disto que trata o 2º capítulo da profecia de Isaías.
Presente, futuro imediato e futuro distante se misturam numa só visão, porque são como coisas já consumadas à vista de Deus.
Judá se encontrava em grosseiros pecados nos dias do profeta, conforme descrito no capitulo anterior, mas aqui, é dito que de Judá, de Jerusalém, principal cidade de Judá, procederia a Lei da Nova Aliança, que atingiria a todas as nações da terra.
Povos e nações viriam a Jerusalém para serem alcançados pela graça do Evangelho, e isto começou a se cumprir especialmente no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado sobre pessoas de várias nações, que se encontravam em Jerusalém, para celebrarem aquela festa judaica.
A Lei do Velho Testamento havia procedido do Monte Sinai, nos dias de Moisés, mas a Lei do Novo Testamento, ou seja, a Nova Aliança, procederia do Monte Sião, e é principalmente isto que se afirma no início desta profecia.
Todavia, a abrangência desta profecia é mais ampla, porque será em Jerusalém que o Senhor estabelecerá o Seu governo central no período do milênio.
E dali partirão para todas as nações tudo o que for ordenado a elas pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores, a partir do Seu trono em Jerusalém.
Por isso se afirma logo no verso 2 que as coisas que serão ditas neste capítulo se referem àquilo que “ acontecerá nos últimos dias” em “que se firmará o monte da casa do Senhor”, ao qual “concorrerão todas as nações”.
Os que restarem sobre a terra terão prazer em andarem nos caminhos do Senhor, e por isso subirão a Jerusalém, para que sejam ensinados quanto aos seus caminhos, para que andem neles (v. 3).
E se diz que o Senhor “julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.” (v. 4).
Esta é uma clara referência ao período do milênio, que será inaugurado depois da volta de Jesus.
Mas tal período de paz e de justiça será estabelecido pela força dos juízos do Senhor contra os ímpios, conforme se descreve nos versos 6 as 22, que ocorrerão no dia da Segunda Vinda de Cristo, que será um dia de juízo e de assolações terríveis contra a impiedade das nações, conforme se descreve nestes versículos.
Sabemos que serão juízos voltados especialmente contra o governo do Anticristo.

Baseado em Isaías 2

Juízos Preditos - Isaías 3


São descritas, no terceiro capítulo de Isaías, várias assolações sobre os judeus, que lhes sobreviriam da parte do Senhor, por causa da impiedade do Seu povo.
Esta profecia teve várias aplicações ao longo da história dos judeus, desde que a profecia foi proferida, como por exemplo no cativeiro babilônico, e nas muitas assolações que eles sofreram em outras ocasiões, como a sob os romanos em 70 d.C; sob Antíoco Epifânio, no período dos Macabeus; sob Hitler e em inúmeras outras ocasiões, em que Deus visitou a soberba de Israel com os juízos descritos nesta profecia.
Jerusalém foi destruída e reconstruída várias vezes, desde então.
Nem com isso, os judeus se voltaram para o Senhor, e têm ainda resistido à Sua vontade, cometendo o seu maior pecado, que é o da rejeição de Cristo, o Profeta que lhes fora prometido desde os dias de Moisés, e do qual se disse que deveriam ouvir para não serem destruídos.
Então é crucial não apenas ser justificado pela fé, mas andar na prática da justiça, porque a profecia soa alto e forte:
“10 Dizei aos justos que bem lhes irá; porque comerão do fruto das suas obras.
11 Ai do ímpio! mal lhe irá; pois se lhe fará o que as suas mãos fizeram.”
Quem quiser ver dias felizes, e viver no óleo de alegria em vez de cinzas, que Jesus veio trazer para os quebrantados de coração do Seu povo, deve viver na prática da justiça.
Não basta saber que foi justificado pela fé.
É preciso viver na justiça pela qual fomos justificados, se quisermos contar com a alegria do Espírito Santo em nossos corações, em nosso viver cotidiano.
De Deus não se zomba. Enganosa é toda prosperidade terrena, sem o temor do Senhor no coração.

Baseado em Isaías 3

Purificados Para a Vida do Céu - Isaías 4


O quarto capítulo de Isaías revela que no dia da volta do Senhor Jesus Cristo, muitos homens de Israel morrerão, porque os ímpios serão desarraigados da terra.
E tal será a redução da população de homens, por causa das perseguições que eles sofrerão da parte do Anticristo, e que serão mortos na batalha do Armagedom, que os que sobrarem em Israel, serão disputados numa proporção de sete mulheres para um; e ainda que estas tenham provisões, pedirão que se casem com elas, não com todas, mas escolhendo uma dentre cada sete, para que seja retirado o opróbrio a que ficaram sujeitas em razão do terrível juízo que veio da parte do Senhor sobre o pecado do Seu povo.
Dar-se-á assim cumprimento ao que foi profetizado no verso 25 do capitulo anterior:
“Teus varões cairão à espada, e teus valentes na guerra.”
Então a profecia tem o propósito de alertar os judeus a emendarem o seu modo de caminhar se convertendo ao Senhor e à santidade que Lhe é devida, porque é dito que há esperança para os que restarem por causa da piedade deles, quando do retorno do Senhor, porque Ele será como um renovo cheio de beleza e de glória para eles.
Este remanescente que será poupado no final da Grande Tribulação será chamado de santo, porque são eleitos, e seus nomes estão inscritos no Livro da vida, e serão selados por Deus como se vê no livro de Apocalipse, para que se convertam. 
Isto sucederá porque serão purificados pelo espírito de justiça e de ardor, que é o Espírito Santo, que nos purifica com o Seu fogo espiritual, por causa da justiça de Cristo, que nos é atribuída e implantada (v. 4).
E quando isto ocorrer, a condição não será mais de juízo, mas de bênção, sob a proteção do Senhor, que será um refúgio eterno contra toda forma de condições adversas, que posam se levantar contra o Seu povo (v. 5,6).
Desde que Jesus se manifestou em carne, e tendo derramado o Espírito Santo depois de ter morrido, ressuscitado e subido ao terceiro céu, a condição de todo aquele de Israel, cujo véu de cegueira for removido de diante dos seus olhos, por causa da sua conversão a Cristo, é descrita na parte final do quarto capítulo de Isaías, que é a de se estar debaixo da glória e da proteção de Deus.
E isto terá a sua culminância quando todo Israel for salvo, por ocasião da Segunda vinda de Jesus, a saber, daqueles que em Israel estão selados para a salvação. 
Há portanto, da parte de Deus, esperança e promessas de paz e de segurança para aqueles que verdadeiramente O temem e que se voltam para Ele abandonando os seus pecados, lavando-se de sua imundície, pela fé no sangue de Jesus.

Baseado em Isaías 4

Fazendo Mau Uso dos Tratos Culturais - Isaías 5


No quinto capítulo de Isaías o Senhor diz que plantou Israel para ser uma vinha que lhe desse bons frutos, para que os usasse no lagar que construiu para ali depositar e espremer o seu fruto.
E tudo o que era necessário fazer para que a Sua vinha, que era a casa de Israel, especialmente a de Judá, foi feito por Ele.
Não lhes faltou trato e cuidado. E nem chuvas de bênçãos nas épocas apropriadas.
E o que fizeram os israelitas com toda esta provisão que eles receberam de Deus?
Não lhe deram por devolvido bons frutos, mas produziram as uvas bravas do pecado e da injustiça.
Então o Senhor prometeu que destruiria aquela vinha imprestável e que produzia continuamente maus frutos.
Veja o que é dito nos versos 8 e 9:
“8 Ai dos que ajuntam casa a casa, dos que acrescentam campo a campo, até que não haja mais lugar, de modo que habitem sós no meio da terra!
9 A meus ouvidos disse o Senhor dos exércitos: Em verdade que muitas casas ficarão desertas, e até casas grandes e lindas sem moradores.”
Eles confundiram o fruto de bênção de Deus em suas vidas com prosperidade material.
E é este o grande problema da maior parte da Igreja de Cristo em nossos dias.
Eles transformaram a glória espiritual e durável de Deus em suas vidas, por uma glória terrena e passageira.
Eles amaram o mundo e não a Deus.
E bem sabemos o que fazem aqueles que dispõem seus corações a enriquecer com coisas materiais, por amarem o dinheiro.
Eles ficam expostos a muitas tentações, inclusive à prática de subornos e de impiedades, conforme se descreve neste capitulo, para manterem e aumentarem suas riquezas e propriedades.
Não podem ficar satisfeitos somente com a graça do Senhor, porque a sua alma tem uma sede insaciável, porque o desejo de enriquecer é enganoso, porque quanto mais se tem mais se quer, porque não se pode satisfazer ao espírito com aquilo que é material e terreno.
“9 Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição.
10 Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
11 Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.” (I Tim 6.9-11).
Jesus diz à Igreja morna, cega, pobre, miserável e nua de Laodicéia, que está a ponto de vomitá-la da Sua boca, porque não é rica da graça de Deus, mas somente dos recursos deste mundo, e que diz portanto que é rica e abençoada pela falsa evidência destes bens que possui, porque não é na quantidade de bens que uma pessoa possua que se encontra o verdadeiro valor da sua vida diante de Deus.
Em Sua longanimidade, amor e bondade o Senhor convoca tal Igreja ao arrependimento, mas não remove a ameaça, ante a falta do mesmo.
As coisas que sobrevieram e que ainda têm sobrevindo a Israel, e que ainda sobrevirão nos dias do Anticristo, deveriam servir de alerta para a Igreja do Senhor, que tem vivido especialmente nestes dias em que a sociedade pensa somente em acumular riquezas materiais, segurança e conforto.
Há uma missão de se evangelizar todo o mundo debaixo das aflições do evangelho, e dificilmente poderá se entregar a tal missão todo aquele, cujo coração estiver no tesouro terreno e não no celestial. 
Então, quando o Senhor manifestar o Seu terrível juízo sobre toda a terra, e quando o de coração perverso deixar este mundo, para quem será tudo o que acumulou?
Quem habitará em suas casas desertas da presença deles, conforme o Senhor pergunta no verso 9?
Não será por falta de aviso da Palavra de Deus que o homem errará o caminho no qual deve andar, porque são descritos de modo muito claro e vívido, não somente a condição perversa do coração, como também são nomeados muitos dos pecados nos quais, os que vivem na soberba da vida, costumam cometer, como se vê especialmente nos versos 18 a 29.
Quando Deus trouxer Seus juízos sobre os soberbos da terra, então os justos acharão repouso e paz, conforme está prometido no verso 16.
E o Senhor será exaltado por causa do juízo que trará sobre os que vivem impiamente (v. 17), porque isto revelará que apesar de ser bondoso, amoroso e longânimo, é o Deus do juízo, que dá a cada um conforme as Suas obras, ainda que lhes dê muito tempo para que se arrependam, por causa da sua longanimidade, tal como vinha fazendo com a sua vinha de Israel, cuidando dela, e fazendo a chuva de graça ser derramada do céu, mas em vez de usarem a graça para produzirem bons frutos, a desprezaram para produzirem uvas bravas.       

Baseado em Isaías 5 

Profetizada a Causa do Endurecimento de Israel ao Evangelho - Isaías 6


No sexto capítulo de Isaías nós temos o registro do modo pelo qual Deus o chamou para o exercício do seu ofício profético.
  Foi-lhe dado ver o Senhor assentado em seu alto e sublime trono, com as orlas de suas vestes enchendo o santuário em que está situado o Seu trono.
João afirmou em seu evangelho que foi a Jesus em Sua glória celestial que Isaías viu, antes da encarnação do Senhor neste mundo (Jo 12.41).
Ao redor do trono havia serafins, que são seres angelicais com aparência de fogo, porque a palavra seraf, no hebraico, significa fogo.
Como estavam diante do trono do Senhor, estes serafins possuíam seis asas, para cobrirem com duas suas faces, e com duas seus pés, em sinal de reverência diante da glória dAquele que estava assentado no trono, e com as duas asas restantes, voavam.
E foi permitido a Isaías ouvir o que estes serafins clamavam uns para os outros:
“Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória.” (v. 3).
Os judeus pensavam que a glória de Deus se limitaria para sempre a se manifestar somente no território de Israel, mas os serafins revelaram profeticamente no seu clamor que toda a terra seria cheia da glória do Senhor, e isto apontava certamente para os dias do evangelho. 
Tão poderosa era a voz do Senhor que as bases dos limiares se moviam e a casa se enchia de fumaça, que é a manifestação visível da glória de Deus (v. 4).
Diante da visão da majestade e santidade do Senhor, e de toda a glória celestial ao redor do Seu trono, Isaías sentiu a sua pequenez e foi convencido da sua miséria diante de um Ser tão magnífico e santo.
E pôde perceber não apenas a sua própria pequenez e miséria, como também a impureza de todo o povo de Israel, que sendo povo de Deus, nada refletia daquela glória que Isaías havia visto.
Cremos que Isaías já era um homem piedoso ao ter recebido tal visão, e foi exatamente por isto que o Senhor o chamou daquela maneira gloriosa para que fosse convencido sobre a necessidade de uma total consagração e santidade para que se possa servir ao Deus que é um fogo consumidor.
Por causa da confissão da sua pequenez, insuficiência, miséria e indignidade, Isaías achou favor da parte de Deus, porque se manifesta aos quebrantados de coração e pobres de espírito.
E fizera isto com Isaías não para convertê-lo, porque cremos que já era convertido, mas para chamá-lo a uma maior consagração de vida, e dar-lhe o revestimento de poder necessário para o cumprimento do ministério para o qual seria convocado, não por obrigação, mas pelo constrangimento da pergunta, quando ouviu a voz do Senhor perguntando:
“A quem enviarei, e quem irá por nós?” (entendemos que este “nós” se refere à trindade divina).    
 Mas Isaías só ouviu esta voz do Senhor depois de ter sido purificado e renovado com o poder do Espírito Santo, quando foi tocado por uma brasa viva que um dos sefarins trazia na mão, que tirara do altar com uma tenaz, e com a qual tocou os lábios de Isaías dizendo que a sua iniquidade havia sido tirada e perdoado o seu pecado. 
O processo da chamada para o uso consagrado para o serviço do Senhor não tem mudado, porque Ele sempre primeiro santificará aqueles que enviará a seu serviço, e o fará pelo revestimento de poder do Espírito Santo, depois que estes vasos escolhidos se humilharem diante dEle, reconhecendo a sua inabilidade e impureza.
Somente depois da consagração e santificação, que Isaías ouviu o chamado para um atendimento voluntário, ao qual ele respondeu afirmativamente dizendo: “Eis-me aqui, envia-me a mim.”.
 Ele é conhecido como o profeta evangélico, porque profetizaria mais do que qualquer outro sobre a pessoa de Cristo e o período da Igreja cristã, do milênio e da glória futura dos santos.
Ele viu o Senhor Jesus na Sua glória em sua chamada, porque Sua grande missão seria a de falar do ministério e glória do Messias, e que somente nEle havia esperança, não somente para Israel, como para todas as nações da terra. 
Então não é para se estranhar que não tenha sido chamado para convocar e confrontar os israelitas de seus dias, ao arrependimento, durante o tempo do seu longo ministério, mas ao contrário, revelar aos israelitas que eles permaneceriam endurecidos à recepção do Messias e do evangelho por um longo período, porque por causa do seu endurecimento no pecado, o profeta lhes diria  o que sucederia a Israel durante o período de formação da Igreja de Cristo.
Eles ouviriam o evangelho, mas não entenderiam.
Veriam os sinais realizados por Cristo e pela Igreja mas não perceberiam a mão de Deus agindo, porque o seu coração se tornaria insensível, e seus ouvidos ficariam endurecidos à voz do Espírito, e seus olhos fechados para verem a verdade da Palavra do evangelho (v. 9, 10).
Sobretudo porque a justiça do evangelho é o próprio Cristo sendo oferecido como meio da nossa justificação simplesmente pela fé, e os judeus estavam habituados à idéia da justificação pelas obras da lei, e da justiça própria. 
Isaías falaria portanto, de coisas relativas ao evangelho, mas eles não se converteriam a Deus por ouvirem as coisas que seriam reveladas a Isaías para serem profetizadas.
Ao contrário, a mensagem profética de Isaías lhes endureceria o coração, fecharia os seus olhos, para que não vissem com os olhos e ouvissem com os ouvidos a mensagem da verdade, e assim, não podendo entender com o coração, não se converteriam e não seriam sarados por Deus.
A propósito, ao longo do livro de Isaías, foi-lhe revelado pelo Senhor o caráter da justiça que se manifestaria com a vinda de Cristo ao mundo, para morrer no lugar do pecador.
Isaías perguntou ao Senhor até quando duraria tal endurecimento de Israel ao evangelho, e a resposta divina foi a seguinte:
“Até que sejam assoladas as cidades, e fiquem sem habitantes, e as casas sem moradores, e a terra seja de todo assolada, e o Senhor tenha removido para longe dela os homens, e sejam muitos os lugares abandonados no meio da terra.”.
A remoção do endurecimento de Israel ocorreria somente, conforme do conhecimento do Senhor em Sua onisciência, e como revelou a Isaías, somente depois que a terra de Israel fosse assolada, e as suas cidades e casas ficassem sem habitantes e moradores e a sua terra totalmente assolada.
Isto ocorreria no cativeiro babilônico, e na diáspora causada pelos romanos em 70 d. C., mas o grande cumprimento da  profecia aponta para o tempo das assolações que serão realizadas pelo Anticristo.
Apenas um remanescente seria objeto da remoção do endurecimento e se converteria ao Senhor, mas é identificado como sendo menos da décima parte da população que seria poupada.
E este remanescente foi chamado de santa semente, e comparado ao toco de um carvalho que é deixado na terra, depois que este é derrubado (v. 13). 

Baseado em Isaías 6

O Sinal do Rei para o Rei Acaz - Isaías 7


Há no sétimo capítulo de Isaías uma conexão da promessa de livramento de Judá da destruição, e do intento de uma coligação da Síria com o reino do Norte, para assumir o governo de Judá, com a revelação da futura vinda de Emanuel (Deus conosco, no hebraico – uma referência à pessoa de Cristo), porque é a Ele que pertence o governo eterno de Judá, e até que Ele se manifestasse, nenhum poder terreno poderia impedir que os judeus continuassem em sua própria terra, para que se cumprisse o propósito de Deus, de dar o Messias ao mundo através de Israel, nascendo em Belém de Judá.
De igual modo, importa que nosso Senhor retorne em sua segunda vinda para Israel na terra que ocupam presentemente, e que lhe foi dada por herança, por Deus, conforme promessa que fizera a Abraão.
Mesmo o período em que o povo fosse deportado para Babilônia, isto seria sob a permissão do Senhor, mas não para a sua destruição, mas para serem purificados da idolatria.
Então a promessa de livramento que foi feita ao rei Acaz em Is 7 , não foi por causa da piedade deste rei, que era um rei ímpio, e nem por causa da fidelidade de Judá, que não andava em retidão diante do Senhor, mas por causa do desígnio predeterminado de Deus, de trazer a sua salvação ao mundo, pelo advento do Messias, através dos judeus.
A iniquidade do Reino do Norte (Israel) havia crescido muito e a sua medida estava madura e completada para enfrentar o juízo, especialmente em razão do culto aos bezerros de ouro de Dã e Betel, que eles vinham mantendo desde a criação do Reino do Norte, com o seu primeiro rei, Jeroboão, que havia sido servo de Salomão.
Eles não sabiam que Deus já estava preparando a Assíria para desolar o Reino do Norte, e a força da Síria também seria quebrada pelo poder dos assírios.
O propósito de Israel (chamado na profecia de Efraim, porque era a tribo principal do Reino do Norte, onde se situava a capital daquele reino, Samaria) em coligação com a Síria é declarado no verso 6:
“Subamos contra Judá, e amedrontemo-lo, e demos sobre ele, tomando-o para nós, e façamos reinar no meio dele o filho de Tabeel.”
Eles queriam dissolver portanto, o reino de Judá, mas isto não poderia acontecer pelas razões que comentamos anteriormente.
Então a resposta de Deus através de Isaías ao rei de Judá, Acaz, que estava muito atemorizado pela iminente ameaça foi:
“Assim diz o Senhor Deus: Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá.” (v. 7).
Não somente foi profetizado o livramento de Judá por sua intervenção divina, como também foi revelado que Israel deixaria de ser reino dentro de 65 anos, a contar da data do anúncio desta profecia de Isaías a Acaz, como de fato ocorreu.
Deus tinha Judá em Sua mão, e faria distinção entre o Reino do Sul (Judá), e o do Norte (Israel) não por causa da piedade de Judá, mas porque o Messias procederia de Judá, e Judá deveria portanto, permanecer.
Além disso, a esperança de segurança de Israel não consistiria em alianças políticas ou em poderio militar, senão no menino que lhes seria dado (Jesus), e por isso foi ordenado a Isaias, pelo Senhor, antes que se apresentasse ao rei Acaz, que levasse juntamente consigo o seu filho ainda menino, de nome Sear-Jasube (v. 3), de maneira a servir de sinal e confirmação da profecia que seria dada a Acaz do nascimento virginal de Cristo.
“Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.” (v. 14)
A mensagem inicial do profeta a Acaz, no verso 4,  não foi para consolar o rei, mas para glorificar o nome do Senhor, perante ele, de maneira que lhe foi ordenado que se acautelasse e se aquietasse e não temesse os reis de Israel e da Síria, a quem o Senhor chamou de dois pedaços de tições fumegantes, por causa do ardor da ira deles contra Judá.
Eles seriam consumidos pelo próprio fogo da sua ira, desfazendo-se em cinzas e fumaça.
Então não havia o que temer. 
Mas como Acaz não era um rei piedoso, e sabendo o Senhor que havia incredulidade no seu coração quanto ao que lhe fora proferido através do profeta, mandou então o rei lhe pedir um sinal para que confirmasse que era verdadeira a Sua palavra na boca de Isaías, porque foi ameaçado de perder o reino caso não desse crédito à Palavra proferida pelo profeta. 
Então o rei temeu este desafio, especialmente por causa da ameaça de perder a coroa, e disse que não pediria nenhum sinal para não colocar à prova o Senhor.
 Ainda que isto não consistisse numa declaração de fé e de temor procedente de um coração genuinamente piedoso, foi, no entanto, uma declaração de alguém que se encurvou diante de Deus, e por isso Deus mesmo disse que lhe daria um sinal.
Mas o sinal que foi dado não foi imediato e não seria visto por Acaz, porque apontava para dias ainda muito distantes, contudo era uma maravilha que uma virgem viesse a conceber uma criança para possibilitar que o próprio Deus se fizesse homem, para habitar entre os homens, porque este é o significado da palavra hebraica Emanuel.  
Este era o sinal de que Judá seria preservado da destruição e não havia um outro melhor e maior, porque a garantia da existência e permanência de Judá era devida à promessa de que o Messias deveria proceder de Judá, e reinar para sempre em Jerusalém.

Baseado em Isaías 7


A Esperança dos Gentios - Isaías 8


O oitavo capítulo de Isaías, e os quatro imediatamente seguintes, são a continuação da profecia dada no capítulo anterior quanto às assolações que viriam sobre o Reino de Israel, e as opressões que seriam permitidas que a Assíria trouxesse a Judá, por causa da infidelidade dos judeus.
Contudo, se vê ainda aqui a conexão com o reinado do Messias, como sendo a causa da explicação de Deus continuar sendo o Deus de Israel, apesar das infidelidades dos israelitas.
A glória de Deus viria a encher toda a terra a partir de Jerusalém, conforme se vê no sexto capítulo.
Logo, a par de todas as assolações que o povo de Israel deveria experimentar (tanto o Reino do Norte, quanto o do Sul), não havia razão para temer um completo desamparo da parte de Deus, e temerem as ameaças das nações inimigas de Israel, como se afirma no verso 12:
“Não chameis conspiração a tudo quanto este povo chama conspiração; e não temais aquilo que ele teme, nem por isso vos assombreis.”
Em vez de temer o poder do homem, das nações inimigas, o povo do Senhor deveria temer unicamente ao Seu Deus, em demonstração prática pela santificação de suas vidas, porque é assim fazendo que Ele se torna um santuário para aqueles que assim o temem.
Contudo, este temor verdadeiro seria visto em muito maior proporção entre os gentios do que entre os próprios israelitas, porque se para estes Jesus seria a pedra eleita e preciosa na qual são edificados, no entanto, para as duas casas de Israel, a saber o Reino do Norte e do Sul, ele seria uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e uma armadilha e laço para os moradores de Jerusalém (v. 13).
Foi profetizado também que seriam muitos os que tropeçariam, cairiam e seriam quebrados, enlaçados e presos entre os israelitas (v. 14,15).
Isto apontava para a futura rejeição de Jesus pelos israelitas por tentarem ser justificados pelas obras da lei, e não pela fé nEle, como sendo de fato a única esperança não somente de Israel, mas de todas as nações da terra, para se ter acesso à glória de Deus, e escapar do Seu juízo de condenação eterna.
Por isso foi ordenado ao profeta que atasse o testemunho e selasse a lei (v. 16), não entre todos os israelitas, senão somente entre os discípulos do Senhor, porque somente estes poderiam confirmar a lei, por causa da sua fé. Enquanto os israelitas tropeçariam em Cristo, por causa da sua incredulidade.
Então, à luz de tal revelação o profeta declara que esperaria no Senhor e aguardaria a ele, ao Senhor que esconde o seu rosto da casa de Jacó.
No verso 18 há uma declaração proferida pelo Messias, relativa à Sua reunião em glória com o povo que foi por Ele redimido no monte Sião.
Israel visitava os feiticeiros para consultarem os mortos, por temerem o futuro. Eles se preocupavam apenas com o seu futuro imediato neste mundo.
E que resposta poderiam os mortos darem aos vivos?
E que segurança e esperança eterna poderiam garantir os mortos?
Quão grande ignorância e insensatez é desprezar a revelação de uma salvação eterna e segura, garantida pelo temor a Deus, expressado por uma fé viva e operante pela comprovação de uma vida santificada pelo Messias prometido, do que dar ouvidos aos feiticeiros (que alegam falar pelos mortos), que nada entendem dos projetos eternos de Deus.   
As ameaças para aqueles que insistem em não temer a Deus e a santificarem suas vidas, por deixarem de dar crédito a esta Palavra afirmada pela Lei e pelo testemunho dos profetas, são desoladoras como se vê nos versos 20 a 22:
“20 A Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca lhes raiará a alva.
21 E passarão pela terra duramente oprimidos e famintos; e, tendo fome, se agastarão, e amaldiçoarão o seu rei e o seu Deus, olhando para o céu em cima;
22 e para a terra em baixo, e eis aí angústia e escuridão, tristeza da aflição; e para as trevas serão empurrados.”

Baseado em Isaías 8

Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz - Isaías 9


No final do capítulo oitavo de Isaías, Deus revelou pelo profeta que haveria trevas para aqueles que permanecessem na impiedade.
Mas no início do nono capítulo é dito que estas trevas poderão ser dissipadas pela fé nAquele que foi dado também como luz para os gentios, além de ter sido dado também para Israel, que o rejeitaria.
Por isso continuam as conexões de promessas de bênçãos para os que crerem no Messias, que também é prometido neste capítulo como alguém que seria dado a Israel como um menino, que traria sobre os seus ombros a responsabilidade de governar o povo do Senhor, certamente não como um menino, mas pela perfeita humanidade e divindade que seria manifestada naquele menino, que cresceria em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens, e que por isso recebe um nome divino múltiplo de Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.
O menino que foi dado como Salvador do povo de Deus é também o Deus Forte, o Pai Eterno, o Príncipe da Paz, e é também Maravilhoso, porque não é um governante distante, mas um governante que vive como Conselheiro garantindo a paz daqueles que se colocam voluntariamente debaixo do Seu governo amoroso, pela fé nEle. 
Por isso o destino do seu governo e da paz deste governo é ser eterno, e regerá sobre o trono de Davi, que era da tribo de Judá, para estabelecer e fortificar o reino em retidão e em justiça, para todo o sempre (v. 7).
Deus faria isto por causa do Seu zelo em cumprir a Sua Palavra, especialmente em razão da promessa que fizera aos patriarcas, especialmente a Abraão de abençoar no seu descendente (Cristo) todas as nações da terra.
 A consequência da rejeição deste Governante divino não poderia ser outra senão as ameaças que são descritas na parte final de Isaías 9, particularmente para aqueles que o rejeitariam em Israel, a quem cabia recebê-lO, porque veio primeiro para eles, por serem o povo de Deus na Antiga Aliança, e no entanto, eles não o receberiam, e daí as ameaças que lhes são dirigidas não somente no nono capítulo, como também em várias outras passagens do livro do profeta Isaías.

Baseado em Isaías 9

O Senhor de Todas as Nações - Isaías 10


Deus havia levantado a Assíria para ser o seu instrumento de juízo contra as nações idólatras, tal como faria através de Babilônia, depois dela, que a propósito, foi o poder usado por Ele para derrubar o domínio dos assírios.
No entanto, os reis assírios não receberam a comissão que lhes fora dada por Deus com temor, mas se engrandeceram contra Ele, esquecendo que eram apenas um machado nas Suas mãos.
Eles se elevaram em sua soberba a ponto de atribuírem as assolações sobre Israel como demonstrações de um poder maior do falso deus deles do que o do Deus de Israel, sem levarem em conta que foi pelo desígnio do Senhor, que eles haviam sido levantados para levarem o Reino do Norte para o cativeiro.
Mas nenhuma ordem lhes fora dada pelo Senhor para fazerem o mesmo com o Reino do Sul (Judá).
Portanto, um dos principais objetivos da profecia deste capítulo foi o de fortalecer a confiança de Judá, que não seria permitido pelo Senhor, que os assírios assolassem a terra de Emanuel.
No entanto, Deus continuaria usando os assírios para cumprirem os seus propósitos, mas prometeu dar a devida paga à sua arrogância, no tempo oportuno.    
Judá seria livrada das assolações dos assírios, mas a iniquidade dos judeus seria também visitada no tempo oportuno, de modo que as promessas de segurança eterna são dirigidas apenas a um pequeno remanescente (v. 20 a 23), que seria deixado a Israel pela eleição da graça e misericórdia do Senhor.
Como temos visto, esta é uma afirmação profética que se vê por repetidas vezes em Isaías.
Afinal, lhe foi revelado que haveria endurecimento em Israel ao governo do Messias.
E este endurecimento culminaria na própria rejeição da grande maioria dos israelitas pelo Senhor; porque Ele não pode honrar aqueles que não Lhe honram.        

Baseado em Isaías 10

O Reino Pacífico do Messias - Isaías 11


A par de todo o endurecimento de Israel, o grande amor e misericórdia do Senhor, daria ao  remanescente fiel daquela nação que não estivesse  mais  debaixo do governo de reis ímpios, mas sob o reinado pacífico e justo do Messias, conforme prometido no 11º capítulo de Isaías.
O Messias não seria procedente de um rei descendente de Davi, que estivesse reinando em pompa e glória, mas de um rebento que surgiria do que restou da árvore genealógica de Jessé, pai de Davi, que seriam pobres e sem qualquer notoriedade em Judá, a saber José e Maria, que eram descendentes de Davi.      
 Isto seria mais um sinal de que o reino do Messias seria de esperança para todos os seus súditos, fossem eles ricos ou pobres.
Seria nEle que todos os dispersos de Israel, pelos juízos do Senhor, poderiam ser reunidos. 
Assim, o profeta faz uma vinculação entre a predição das libertações temporais de Israel na Antiga Aliança, para a grande salvação que se manifestaria na plenitude do tempo por Jesus Cristo.   
O Messias é apresentado como sendo proveniente da casa de Davi, a quem Deus havia feito a promessa de ser misericordioso para sempre com os que fossem da sua casa, exatamente porque estava determinado que o Messias seria da sua descendência, segundo a carne. 
É enfatizado de modo especial em relação ao governo do Messias, a justiça procedente dele  (v. 3 a 5) e a paz (v. 6 a 9), em cumprimento à vontade de Deus.
E os gentios seriam alcançados pelo seu governo (v. 10), assim como o remanescente de Israel (v. 11 a 16).
Este governo será estabelecido um dia de forma visível na terra, mas é sobretudo um governo de amor, espiritual, no coração dos súditos, de maneira que Jesus tem governado há dois milênios nos corações de milhões de pessoas, que lhe honram como o Rei de suas vidas. 
Deus vinha protestando através do profeta Isaías até o 11º capitulo quanto à impiedade que havia em seu povo de Israel, e exigindo que eles se emendassem e andassem em santidade e justiça perante Ele.
E para o cumprimento deste propósito, fez a promessa do nascimento de um menino, que viria a ter  sobre os seus ombros o governo do Seu povo, para que este pudesse andar em justiça (cap 10.27), e agora neste décimo primeiro capítulo Ele revela através do profeta que este Príncipe da paz seria o Messias de Israel, que seria dado também como luz para os gentios.  
Os ímpios serão banidos por Ele, mas os mansos da terra serão repreendidos (disciplinados) por Ele com equidade, para lhes tornar participantes da Sua santidade. (v.4)
A casa de Davi estava muito reduzida e fraca quando do nascimento de Jesus, o que pode ser visto pela obscuridade e pobreza de José e Maria.
Assim, o Messias surgiria se submetendo a esta humilhação, para que viesse a restaurar e a exaltar de novo aquela casa à qual Deus havia feito gloriosa no passado.
Daí se dizer através do profeta Amós que Ele levantaria de novo o tabernáculo (habitação, casa) de Davi (Amós 9.11).     
E o Espírito Santo repousaria sobre o Messias com todos os seus dons e graças.
Ele teria o Espírito sem medida, em toda a Sua plenitude.
Importava que em Cristo habitasse toda a plenitude, de maneira que possamos receber desta plenitude, por estarmos ligados a Ele, como nossa cabeça, sendo membros do Seu corpo (João 1.16; Col 1.19; 2.9). 
Por causa desta plenitude de sabedoria e entendimento, conselho, fortaleza, conhecimento e temor do Senhor (v. 2) Ele saberá administrar perfeitamente os negócios do Seu reino espiritual, em todas as suas ramificações, para poder responder aos dois grandes propósitos que estão envolvidos nisto: a glória de Deus e o bem dos filhos dos homens.
As condições da aliança serão resolvidas por Ele, e as ordenações instituídas em sabedoria pelo tesouro de sabedoria que está escondido nEle, para ser nosso conselheiro, de modo que se tornou Ele próprio, da parte de Deus, a nossa sabedoria (I Cor 1.30).
Ele será também a força do Seu povo, especialmente na hora da aflição e de angústia.
Mas também com a Sua força destruirá o ímpio e destruirá toda fortaleza satânica, e toda a altivez e sofisma que se levantam contra o conhecimento de Deus.
E Ele dará ao Seu povo o verdadeiro temor de Deus, de forma que isto possa aumentar cada vez mais neles, assim como este temor está nEle próprio apesar de ser em tudo semelhante a Deus Pai.
Assim a nossa fé em Cristo não foi projetada para lançar fora este temor santo e reverente de Deus e da Sua Palavra, mas para criá-lo e aumentá-lo.
Sem este temor é impossível andar na verdade e na prática da justiça em santidade, porque é o temor de Deus o princípio da sabedoria, isto é, ela atua e se manifesta com base na existência deste temor sagrado, especialmente dos juízos do Senhor contra o pecado. 
Assim é que todo aquele que estiver andando verdadeiramente no Espírito Santo, demonstrará antes de tudo a existência deste temor a Deus na sua vida.
Jesus tem também a plenitude do entendimento e do conhecimento porque somente Ele conhece perfeitamente ao Pai, e toda a Sua vontade, de maneira a poder instruir o seu povo a caminhar na verdade e a ter entendimento dos caminhos de Deus.
Nenhum julgamento dEle seria por isso feito de modo diferente, em qualquer aspecto, fora da vontade do Pai, e do conhecimento correto desta vontade.
É preciso pois buscar tal conhecimento e entendimento, em humilde oração e por um viver em verdadeira santidade de vida, em plena dependência do Senhor. 
Cristo conhece os segredos dos corações dos homens e por isso somente Ele está habilitado a fazer uma julgamento correto do que há verdadeiramente neles.
Jesus não julga de acordo com as opiniões que as pessoas têm de si mesmas, nem pelo que ouve dizerem de outros, porque seu julgamento é sempre de acordo com a verdade do que somos de fato à luz de Deus revelada  nas Escrituras.
Por isso Seu julgamento é sempre justo e correto.
Por ser um governante perfeitamente justo, não favorecerá o poderoso em detrimento do fraco.
Ao contrário, pela Sua força será o protetor e o defensor do pobre.
Ele será o advogado de defesa daqueles que não têm como se defender dos poderosos, que agem com injustiça, ou lhes oprimindo.
Ele os defenderá porque são pobres de espírito e sabem que dependem da força do Seu Senhor para sobreviverem num mundo de trevas como este.    
A paz do Seu reino é referida nos versos 6 a 9 e enfatiza especialmente as condições do milênio, quando Ele estabelecer o Seu governo na terra, depois de ter subjugado Satanás e o Anticristo, mas se aplica também ao nosso tempo, significando o seguinte:
Unidade ou acordo com partes inconciliáveis, ilustradas na paz do lobo com o cordeiro. Os homens de disposições mais violentas e furiosas que se mordiam e se devoravam mutuamente poderão ser transformados em seus temperamentos pela eficácia da graça do evangelho de Cristo, que o forte amará e respeitará o fraco, em vez de tentar oprimi-lo ou destruí-lo, como teria feito no passado.  
Cristo derrubaria várias barreiras de separação, como por exemplo a que havia entre judeus e gentios. Multidões de ambos os lados se converteriam a Ele.  
E todos os seres de naturezas antagônicas deixarão de sê-lo debaixo do governo milenal do Messias.
O leão por exemplo deixará de ser carnívoro e também pastará como o boi.
As serpentes peçonhentas perderão o veneno de maneira que uma criança poderá brincar com elas.
Muito da maldição que foi trazida à terra por causa do pecado original, será removida pela destruição da impiedade, e pela restauração que será operada pelo poder do Messias em Seu reino.  
Todos os que estiverem no monte santo de Deus, debaixo do governo do Messias, viverão em verdadeira amizade, sem ruins suspeitas, dissensões, invejas, ciúmes ou qualquer outro tipo de condição, que ainda prevalecem no mundo, e que somente serão subjugadas quando Ele tiver restaurado todas as coisas.
Além de garantia de unidade, a  paz do Messias significa segurança.
Cristo conduzirá Seu rebanho de tal maneira, que aqueles que tocarem nos seus ungidos terão que prestar contas a Ele.
Nenhum mal pode ser feito ao cristão fiel se não for permitido por Cristo para um propósito específico, porque Ele os guarda e protege como o Seu tesouro mais precioso.
E toda oposição será removida no futuro contra os filhos de Deus, porque Ele tem feito a promessa que não permitirá que nenhum dano seja feito no seu santo monte.
Isto se aplica também de  modo particular em situações terrenas presentes, em que Deus determina que fará uma obra no meio de grandes oposições, mas ela seguirá adiante porque repreenderá a todos que se levantarem contra ela, e fará isto por amor do Seu povo e da Sua própria glória e nome.  
Há um falso conhecimento que semeia discórdia entre os cristãos, mas estes que semeiam discórdias serão julgados por Deus que sempre defenderá a causa da paz, porque tem chamado o Seu povo à unidade e não à divisão. 
A inimizade que havia na antiga aliança entre Judá e Efraim, isto é entre o Reino do Norte e do Sul, sendo ambos parte do mesmo povo de Deus, seria removida somente com a manifestação do Messias, porque a carne é inimizade contra Deus, e também de uns para com os outros.
Somente um andar no Espírito pode vencer a carne e promover a união de corações que é tão almejada por Deus.
Judá e Efraim deveriam estar unidos para lutarem contra os filisteus e contra todos os povos inimigos de Israel.
Mas eram impedidos frequentemente de fazê-lo por causa da inveja que havia entre eles.
E assim acabavam muitas vezes sendo subjugados pelos povos inimigos.
E quando na Igreja acontece o mesmo, Satanás sempre levará vantagem sobre os cristãos, por se deixarem vencer pela inveja, em vez de viverem em unidade.  
Contudo, a promessa é que após a manifestação do Messias Judá e Efraim estariam reconciliados.
Assim como podem viver os cristãos em divisões carnais?
Como Deus poderia se agradar disto, quando tem feito a promessa que no Messias haveria paz entre aqueles que estivessem debaixo do Seu governo?
Que glória pode Deus receber com estes que promovem divisões no corpo de Cristo, por andarem contrariamente à verdade?
Por não desejarem viver em santidade de vida, obedecendo os mandamentos de Cristo, tal como se encontram revelados na Bíblia?
 Mas tudo e todos, que se levantam contra o progresso e sucesso do evangelho, especialmente neste seu caráter de promover a paz em amor, será removido.
Assim como Deus retirou os judeus da própria terra deles para serem levados para Babilônia, por estarem vivendo contrariamente à Sua vontade e amando o mundo. 

Baseado em Isaías 11

Louvor Eterno para Uma Salvação Eterna - Isaías 12


A par de todo o endurecimento de Israel, o grande amor e misericórdia do Senhor, daria ao  remanescente fiel daquela nação que não estivesse  mais  debaixo do governo de reis ímpios, mas sob o reinado pacífico e justo do Messias, conforme prometido no 11º capítulo de Isaías.
O Messias não seria procedente de um rei descendente de Davi, que estivesse reinando em pompa e glória, mas de um rebento que surgiria do que restou da árvore genealógica de Jessé, pai de Davi, que seriam pobres e sem qualquer notoriedade em Judá, a saber José e Maria, que eram descendentes de Davi.      
 Isto seria mais um sinal de que o reino do Messias seria de esperança para todos os seus súditos, fossem eles ricos ou pobres.
Seria nEle que todos os dispersos de Israel, pelos juízos do Senhor, poderiam ser reunidos. 
Assim, o profeta faz uma vinculação entre a predição das libertações temporais de Israel na Antiga Aliança, para a grande salvação que se manifestaria na plenitude do tempo por Jesus Cristo.   
O Messias é apresentado como sendo proveniente da casa de Davi, a quem Deus havia feito a promessa de ser misericordioso para sempre com os que fossem da sua casa, exatamente porque estava determinado que o Messias seria da sua descendência, segundo a carne. 
É enfatizado de modo especial em relação ao governo do Messias, a justiça procedente dele  (v. 3 a 5) e a paz (v. 6 a 9), em cumprimento à vontade de Deus.
E os gentios seriam alcançados pelo seu governo (v. 10), assim como o remanescente de Israel (v. 11 a 16).
Este governo será estabelecido um dia de forma visível na terra, mas é sobretudo um governo de amor, espiritual, no coração dos súditos, de maneira que Jesus tem governado há dois milênios nos corações de milhões de pessoas, que lhe honram como o Rei de suas vidas. 
Deus vinha protestando através do profeta Isaías até o 11º capitulo quanto à impiedade que havia em seu povo de Israel, e exigindo que eles se emendassem e andassem em santidade e justiça perante Ele.
E para o cumprimento deste propósito, fez a promessa do nascimento de um menino, que viria a ter  sobre os seus ombros o governo do Seu povo, para que este pudesse andar em justiça (cap 10.27), e agora neste décimo primeiro capítulo Ele revela através do profeta que este Príncipe da paz seria o Messias de Israel, que seria dado também como luz para os gentios.  
Os ímpios serão banidos por Ele, mas os mansos da terra serão repreendidos (disciplinados) por Ele com equidade, para lhes tornar participantes da Sua santidade. (v.4)
A casa de Davi estava muito reduzida e fraca quando do nascimento de Jesus, o que pode ser visto pela obscuridade e pobreza de José e Maria.
Assim, o Messias surgiria se submetendo a esta humilhação, para que viesse a restaurar e a exaltar de novo aquela casa à qual Deus havia feito gloriosa no passado.
Daí se dizer através do profeta Amós que Ele levantaria de novo o tabernáculo (habitação, casa) de Davi (Amós 9.11).     
E o Espírito Santo repousaria sobre o Messias com todos os seus dons e graças.
Ele teria o Espírito sem medida, em toda a Sua plenitude.
Importava que em Cristo habitasse toda a plenitude, de maneira que possamos receber desta plenitude, por estarmos ligados a Ele, como nossa cabeça, sendo membros do Seu corpo (João 1.16; Col 1.19; 2.9). 
Por causa desta plenitude de sabedoria e entendimento, conselho, fortaleza, conhecimento e temor do Senhor (v. 2) Ele saberá administrar perfeitamente os negócios do Seu reino espiritual, em todas as suas ramificações, para poder responder aos dois grandes propósitos que estão envolvidos nisto: a glória de Deus e o bem dos filhos dos homens.
As condições da aliança serão resolvidas por Ele, e as ordenações instituídas em sabedoria pelo tesouro de sabedoria que está escondido nEle, para ser nosso conselheiro, de modo que se tornou Ele próprio, da parte de Deus, a nossa sabedoria (I Cor 1.30).
Ele será também a força do Seu povo, especialmente na hora da aflição e de angústia.
Mas também com a Sua força destruirá o ímpio e destruirá toda fortaleza satânica, e toda a altivez e sofisma que se levantam contra o conhecimento de Deus.
E Ele dará ao Seu povo o verdadeiro temor de Deus, de forma que isto possa aumentar cada vez mais neles, assim como este temor está nEle próprio apesar de ser em tudo semelhante a Deus Pai.
Assim a nossa fé em Cristo não foi projetada para lançar fora este temor santo e reverente de Deus e da Sua Palavra, mas para criá-lo e aumentá-lo.
Sem este temor é impossível andar na verdade e na prática da justiça em santidade, porque é o temor de Deus o princípio da sabedoria, isto é, ela atua e se manifesta com base na existência deste temor sagrado, especialmente dos juízos do Senhor contra o pecado. 
Assim é que todo aquele que estiver andando verdadeiramente no Espírito Santo, demonstrará antes de tudo a existência deste temor a Deus na sua vida.
Jesus tem também a plenitude do entendimento e do conhecimento porque somente Ele conhece perfeitamente ao Pai, e toda a Sua vontade, de maneira a poder instruir o seu povo a caminhar na verdade e a ter entendimento dos caminhos de Deus.
Nenhum julgamento dEle seria por isso feito de modo diferente, em qualquer aspecto, fora da vontade do Pai, e do conhecimento correto desta vontade.
É preciso pois buscar tal conhecimento e entendimento, em humilde oração e por um viver em verdadeira santidade de vida, em plena dependência do Senhor. 
Cristo conhece os segredos dos corações dos homens e por isso somente Ele está habilitado a fazer uma julgamento correto do que há verdadeiramente neles.
Jesus não julga de acordo com as opiniões que as pessoas têm de si mesmas, nem pelo que ouve dizerem de outros, porque seu julgamento é sempre de acordo com a verdade do que somos de fato à luz de Deus revelada  nas Escrituras.
Por isso Seu julgamento é sempre justo e correto.
Por ser um governante perfeitamente justo, não favorecerá o poderoso em detrimento do fraco.
Ao contrário, pela Sua força será o protetor e o defensor do pobre.
Ele será o advogado de defesa daqueles que não têm como se defender dos poderosos, que agem com injustiça, ou lhes oprimindo.
Ele os defenderá porque são pobres de espírito e sabem que dependem da força do Seu Senhor para sobreviverem num mundo de trevas como este.    
A paz do Seu reino é referida nos versos 6 a 9 e enfatiza especialmente as condições do milênio, quando Ele estabelecer o Seu governo na terra, depois de ter subjugado Satanás e o Anticristo, mas se aplica também ao nosso tempo, significando o seguinte:
Unidade ou acordo com partes inconciliáveis, ilustradas na paz do lobo com o cordeiro. Os homens de disposições mais violentas e furiosas que se mordiam e se devoravam mutuamente poderão ser transformados em seus temperamentos pela eficácia da graça do evangelho de Cristo, que o forte amará e respeitará o fraco, em vez de tentar oprimi-lo ou destruí-lo, como teria feito no passado.  
Cristo derrubaria várias barreiras de separação, como por exemplo a que havia entre judeus e gentios. Multidões de ambos os lados se converteriam a Ele.  
E todos os seres de naturezas antagônicas deixarão de sê-lo debaixo do governo milenal do Messias.
O leão por exemplo deixará de ser carnívoro e também pastará como o boi.
As serpentes peçonhentas perderão o veneno de maneira que uma criança poderá brincar com elas.
Muito da maldição que foi trazida à terra por causa do pecado original, será removida pela destruição da impiedade, e pela restauração que será operada pelo poder do Messias em Seu reino.  
Todos os que estiverem no monte santo de Deus, debaixo do governo do Messias, viverão em verdadeira amizade, sem ruins suspeitas, dissensões, invejas, ciúmes ou qualquer outro tipo de condição, que ainda prevalecem no mundo, e que somente serão subjugadas quando Ele tiver restaurado todas as coisas.
Além de garantia de unidade, a  paz do Messias significa segurança.
Cristo conduzirá Seu rebanho de tal maneira, que aqueles que tocarem nos seus ungidos terão que prestar contas a Ele.
Nenhum mal pode ser feito ao cristão fiel se não for permitido por Cristo para um propósito específico, porque Ele os guarda e protege como o Seu tesouro mais precioso.
E toda oposição será removida no futuro contra os filhos de Deus, porque Ele tem feito a promessa que não permitirá que nenhum dano seja feito no seu santo monte.
Isto se aplica também de  modo particular em situações terrenas presentes, em que Deus determina que fará uma obra no meio de grandes oposições, mas ela seguirá adiante porque repreenderá a todos que se levantarem contra ela, e fará isto por amor do Seu povo e da Sua própria glória e nome.  
Há um falso conhecimento que semeia discórdia entre os cristãos, mas estes que semeiam discórdias serão julgados por Deus que sempre defenderá a causa da paz, porque tem chamado o Seu povo à unidade e não à divisão. 
A inimizade que havia na antiga aliança entre Judá e Efraim, isto é entre o Reino do Norte e do Sul, sendo ambos parte do mesmo povo de Deus, seria removida somente com a manifestação do Messias, porque a carne é inimizade contra Deus, e também de uns para com os outros.
Somente um andar no Espírito pode vencer a carne e promover a união de corações que é tão almejada por Deus.
Judá e Efraim deveriam estar unidos para lutarem contra os filisteus e contra todos os povos inimigos de Israel.
Mas eram impedidos frequentemente de fazê-lo por causa da inveja que havia entre eles.
E assim acabavam muitas vezes sendo subjugados pelos povos inimigos.
E quando na Igreja acontece o mesmo, Satanás sempre levará vantagem sobre os cristãos, por se deixarem vencer pela inveja, em vez de viverem em unidade.  
Contudo, a promessa é que após a manifestação do Messias Judá e Efraim estariam reconciliados.
Assim como podem viver os cristãos em divisões carnais?
Como Deus poderia se agradar disto, quando tem feito a promessa que no Messias haveria paz entre aqueles que estivessem debaixo do Seu governo?
Que glória pode Deus receber com estes que promovem divisões no corpo de Cristo, por andarem contrariamente à verdade?
Por não desejarem viver em santidade de vida, obedecendo os mandamentos de Cristo, tal como se encontram revelados na Bíblia?
 Mas tudo e todos, que se levantam contra o progresso e sucesso do evangelho, especialmente neste seu caráter de promover a paz em amor, será removido.
Assim como Deus retirou os judeus da própria terra deles para serem levados para Babilônia, por estarem vivendo contrariamente à Sua vontade e amando o mundo. 

Baseado em Isaías 12