sexta-feira, 10 de março de 2023

Quão Triste Foi e Ainda Pode Ser!

 

Após o triste e terrível acontecimento no Jardim do Éden, com a expulsão de Adão e Eva do mesmo por Deus, o passar do tempo viria a justificar plenamente ao Senhor quanto àquela expulsão, porque a raça humana se degenerou de tal forma depois da queda no pecado, que não restou a Deus senão a alternativa de destruir toda carne sobre a face da Terra com as águas do dilúvio, com exceção de Noé e sua família, com os quais repovoaria de novo o mundo.

Alguns consideram que foi muito extrema a decisão de Deus quanto a Adão e Eva porque afinal haviam apenas cometido um só ato de desobediência comendo o fruto proibido, e além disso encerrou toda a descendência de ambos à pena de maldição e de morte, mas, se considerarmos devidamente o que passou a ocorrer com o homem desde a queda, veremos que não se tratou de um ato que um mero pedido de desculpas poderia trazer todas as coisas à ordem normal anterior, pois uma vez que o pecado entra no homem ele passa a dominá-lo gerando todo tipo de coisas perversas, pois o coração e a mente são corrompidos, e entram automaticamente no modo de aversão a Deus e à Sua vontade, buscando fazer a própria vontade e não a dEle. Inimizade esta que somente pode ser rompida pela graça divina, e mediante a fé em Jesus Cristo.

Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 5.1)

Mesmo depois do repovoamento da Terra a partir da família de Noé, o pecado mostrou o seu poder de dominar, e o homem continuou revelando a sua inclinação para a carne, e não seguindo a influência do Espírito Santo para que vivesse de modo espiritual e santo, para o qual foi projetado na criação por Deus. A idolatria e a arrogância do homem chegou a tal ponto que houve necessidade de se trazer a confusão de línguas em Babel, para que desde então pudessem se comunicar apenas no próprio idioma os grupos que haviam assim sido separados. Mas, esta não seria uma medida tomada por Deus para resolver definitivamente o problema do pecado, senão para evitar que os poucos fiéis que ainda existiam não fossem por fim desviados pela influência do grupo em que convivessem.

Assim, a paciência e longanimidade do Senhor aguardou ainda por muito tempo até que começasse a formar um povo exclusivamente seu, que vivesse sob o seu governo, através dos líderes fiéis que nele seriam levantados pela Sua graça para que os conduzisse em toda a Sua vontade.

Seria por este povo que seria trazido ao mundo o descendente da mulher que foi revelado a Adão e Eva que esmagaria a cabeça da serpente.

Eva foi a mulher mais remota da qual ele descenderia, mas teria em sua genealogia outras mulheres como por exemplo Sara, esposa de Abraão, Raabe, Rute, etc., até que se chegasse à virgem Maria, que foi a escolhida para que o corpo do Messias fosse gerado, para que pudesse ser oferecido em sacrifício pela humanidade.

É somente através da obra do Messias, em Sua morte, ressurreição e ascensão, e operações em favor dos eleitos, que a justiça de Deus pode ser satisfeita, para que Ele seja apaziguado e reconciliado com aqueles que creem em Jesus.

Todavia, o fato de ser salvo da ira vindoura e condenação eterna, não significa que o crente tenha um passe livre para poder pecar, pois o ódio de Deus contra o pecado há de permanecer eternamente, por ser o pecado a causa de se fazer separação entre Deus e o homem que Ele criou. E o pecado traz como consequência esta morte que é muito detestável para aquele que não é Deus de mortos, mas de vivos.

Jesus veio para destruir o pecado, porque o Pai o enviou a nós por ter amado o mundo no qual Ele sabia que muitos viriam a se converter a Ele, e a obedecê-lo em amor de todo coração.

Santifiquemo-nos pois!