A Lei
não diz apenas: “Não matarás”; “Não adulterarás”; Não furtarás”, e assim por
diante.
Ela
descreve, conforme podemos ver no 25º
capitulo de Deuteronômio, e nos muitos outros do Pentateuco o nível de trato
respeitoso que se deve ter com Deus e com o nosso próximo.
É
pelo nível de detalhamento dos mandamentos que chegamos a perceber o quanto
Deus é a favor de um comportamento santo, justo, responsável, honesto,
obediente, generoso, que é totalmente o contrário das coisas que são aprovadas
pela sociedade e cultura modernas.
Não é
de se admirar que o núnico Deus verdadeiro, o Deus da Bíblia, seja odiado por
tantos que amam as trevas, e que tentam desqualificá-lo, dizendo que é
rigoroso, odioso e usando tantos outros adjetivos da mesma ordem, procurando
justificar as suas próprias más obras e vão procedimento.
Deus
é o que a Lei revela.
É
imutável, puro e santo.
E
criou o homem para ser à Sua imagem e semelhança quanto a tais atributos. Não
foi dado ao homem, portanto, ser considerado aprovado, traçando um caminho
moral e comportamental diferente daquele que já está traçado por Deus.
À luz
dos mandamentos do Senhor, vemos o quanto é abominável a Ele, todo o tipo de
comportamento aparentemente inofensivo, como por exemplo, o que é próprio aos
lugares de má fama, e dentre estes, muitos programas de TV de nossos dias, que
não deixam de ser também, a rigor, um lugar onde tudo o que se aprende por
princípio ou diretamente, acerca da vontade de Deus, é afrontado e deliberadamente
transgredido.
As
demandas entre as pessoas não são casos artísticos para serem exibidos na
televisão de modo a se incrementar a audiência daqueles que vêem nisto uma
ocasião para diversão.
Na
verdade são transgressões do dever imposto por Deus de se amar e
respeitar o próximo.
Aos
Seus olhos, ainda que não seja avaliado assim aos olhos humanos, há sempre uma
parte culpada e outra inocente. A inocente será justificada e a culpada será
condenada.
Os
juízes de Israel deveriam agir por este princípio geral no julgamento das
demandas entre pessoas.
No
caso de ser imposto o castigo de açoites à parte culpada, esta não deveria ser
açoitada com mais de quarenta açoites, porque o objetivo do castigo não seria o
de envilecer o castigado, mas corrigi-lo (v. 2,3).
O
castigado deveria ser olhado, apesar da dura forma como foi disciplinado, como
um irmão (I Tes 3.15), e sua reputação deveria ser preservada por esta
limitação misericordiosa do seu castigo.
Devemos
guardar o nosso coração do rancor contra aqueles que disciplinamos,
especialmente depois de tê-los submetido à disciplina, porque Deus pode ainda lhes dar
graça para fazê-los preciosos à sua
vista.
Justificar
o culpado é tão abominável para Deus quanto condenar o inocente (Pv 17.15).
Por
este princípio do Seu atributo de Juízo
observamos que Ele jamais poderia justificar pecadores culpados, dignos da
morte eterna, se não fosse por meio do perdão de suas dívidas
para com Ele e com o próximo, por ter Jesus pago o
preço exato da redenção deles com o sangue que derramou na cruz.
O
espírito humanitário desta lei de não se humilhar o culpado que fosse submetido
ao castigo de açoites é confirmado pela lei breve que se lhe segue e que trata
do dever de se deixar o animal que trabalha na lavoura, comer
enquanto trabalha, e não deveria ser amordaçado por motivo de avareza, uma vez
que o seu trabalho o tornava digno de se alimentar dos frutos que ele estava
ajudando a produzir, por arar a terra para o agricultor.
De
igual modo, aqueles que são empenhados por Deus no ministério de tal forma que
ficam impedidos de se dedicarem a atividades seculares para obterem o próprio
sustento e de sua família, não devem deixar de ser assistidos por aqueles para
os quais estão trabalhando para produzir fruto espiritual em suas vidas (I Cor
9.9,10; I Tim 5.17,18).
Nos
versos 5 a 10 é confirmado por Lei um costume antigo (Gên 38.8) de se suscitar
descendência a um irmão casado que tivesse morrido sem deixar filhos (a
chamada Lei do Levirato).
O
cunhado da mulher que se negasse a cumprir para com ela este direito legal
deveria ser desonrado publicamente por ela à vista dos anciãos de Israel, por
lhe tirar o sapato e lhe cuspir na face, e a casa deste deveria ser chamada de
a casa do descalçado para que se soubesse que por sua recusa o nome do seu
irmão não foi perpetuado na terra.
Nos
versos 11 e 12 é prescrita uma lei bastante severa que determinava que fosse
decepada a mão da mulher que porventura se intrometesse numa briga de homens em
que estivesse envolvido o seu marido, e esta na tentativa de subjugar o inimigo
do marido viesse a apertar os seus órgãos genitais.
Esta
lei severa tinha em vista preservar a virtude e a honra, e para evitar que os
juízes usassem de compaixão e não aplicassem a lei, lhes foi ordenado que não
deveriam ter pena no caso, porque era uma ordem expressa que deveria ser
ensinada em Israel e para a qual todas as israelitas deveriam atentar
seriamente a bem de sua própria preservação pessoal.
Os
magistrados não deveriam fingir que eram mais misericordiosos do que Deus,
porque preservar a humanidade de ser afligida pelo espaçlhar do mal, é uma
grande misericórdia.
Nos versos 13 a 16 é determinada a honestidade
nos negócios de todas as famílias de Israel, de modo que não se tivesse em casa
pesos e medidas diferentes dos padrões, com o fim de ludibriar o próximo na
venda de produtos que deveriam ser medidos ou pesados.
Finalmente,
nos versos 17 a 19 é recordado o dever de se destruir totalmente os amalequitas
depois que eles tivessem conquistado Canaã, na ocasião que fosse determinada
por Deus, e isto viria a ocorrer somente nos dias do rei Saul, cerca de
quatrocentos anos depois, indicando que Deus é longânimo na execução de Seus
juízos, e isto deve nos ensinar a não abusarmos da Sua misericórdia e
longanimidade, de modo a andarmos desordenadamente pela falta de juízos
imediatos à nossa vista.
Muitos
acumulam ira para o dia da ira do justo juízo de Deus,
quando que deveriam ser sábios se arrependendo de seus pecados,
porque um terrível juízo já está determinado sobre todos aqueles que
permanecerem deliberadamente na prática do pecado se recusando
a lavarem as suas vestes no sangue de Cristo.
“1 Se
houver contenda entre alguns, e vierem a juízo para serem julgados,
justificar-se-á ao inocente, e ao culpado condenar-se-á.
2 E
se o culpado merecer açoites, o juiz fará que ele se deite e seja açoitado na
sua presença, de acordo com a gravidade da sua culpa.
3 Até
quarenta açoites lhe poderá dar, não mais; para que, porventura, se lhe der
mais açoites do que estes, teu irmão não fique envilecido aos teus olhos.
4 Não
atarás a boca ao boi quando estiver debulhando.
5 Se
irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem deixar filho, a mulher do falecido
não se casará com homem estranho, de fora; seu cunhado estará com ela, e a
tomará por mulher, fazendo a obrigação de cunhado para com ela.
6 E o
primogênito que ela lhe der sucederá ao nome do irmão falecido, para que o nome
deste não se apague de Israel.
7
Mas, se o homem não quiser tomar sua cunhada, esta subirá à porta, aos anciãos,
e dirá: Meu cunhado recusa suscitar a seu irmão nome em Israel; não quer
cumprir para comigo o dever de cunhado.
8
Então os anciãos da sua cidade o chamarão, e falarão com ele. Se ele persistir,
e disser: Não quero tomá-la;
9 sua
cunhada se chegará a ele, na presença dos anciãos, e lhe descalçará o sapato do
pé, e lhe cuspirá ao rosto, e dirá: Assim se fará ao homem que não edificar a
casa de seu irmão.
10 E
sua casa será chamada em Israel a casa do descalçado.
11
Quando pelejarem dois homens, um contra o outro, e a mulher de um chegar para
livrar a seu marido da mão daquele que o fere, e ela, estendendo a mão, lhe
pegar pelas suas vergonhas,
12
decepar-lhe-á a mão; o teu olho não terá piedade dela.
13
Não terás na tua bolsa pesos diferentes, um grande e um pequeno.
14
Não terás na tua casa duas efas, uma grande e uma pequena.
15
Terás peso inteiro e justo; terás efa inteira e justa; para que se prolonguem
os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
16
Porque é abominável ao Senhor teu Deus todo aquele que faz tais coisas, todo
aquele que pratica a injustiça.
17
Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saías do Egito;
18
como te saiu ao encontro no caminho e feriu na tua retaguarda todos os fracos
que iam após ti, estando tu cansado e afadigado; e não temeu a Deus.
19
Quando, pois, o Senhor teu Deus te houver dado repouso de todos os teus
inimigos em redor, na terra que o Senhor teu Deus te dá por herança para a
possuíres, apagarás a memória de Amaleque de debaixo do céu; não te
esquecerás.“ (Dt 25.1-19).
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