quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

As Trevas Odeiam a Luz – Deuteronômio 25


A Lei não diz apenas: “Não matarás”; “Não adulterarás”; Não furtarás”, e assim por diante.
Ela descreve, conforme podemos ver no 25º capitulo de Deuteronômio, e nos muitos outros do Pentateuco o nível de trato respeitoso que se deve ter com Deus e com o nosso próximo.
É pelo nível de detalhamento dos mandamentos que chegamos a perceber o quanto Deus é a favor de um comportamento santo, justo, responsável, honesto, obediente, generoso, que é totalmente o contrário das coisas que são aprovadas pela sociedade e cultura modernas.
Não é de se admirar que o núnico Deus verdadeiro, o Deus da Bíblia, seja odiado por tantos que amam as trevas, e que tentam desqualificá-lo, dizendo que é rigoroso, odioso e usando tantos outros adjetivos da mesma ordem, procurando justificar as suas próprias más obras e vão procedimento.
Deus é o que a Lei revela.
É imutável, puro e santo.
E criou o homem para ser à Sua imagem e semelhança quanto a tais atributos. Não foi dado ao homem, portanto, ser considerado aprovado, traçando um caminho moral e comportamental diferente daquele que já está traçado por Deus.
À luz dos mandamentos do Senhor, vemos o quanto é abominável a Ele, todo o tipo de comportamento aparentemente inofensivo, como por exemplo, o que é próprio aos lugares de má fama, e dentre estes, muitos programas de TV de nossos dias, que não deixam de ser também, a rigor, um lugar onde tudo o que se aprende por princípio ou diretamente, acerca da vontade de Deus, é afrontado e deliberadamente transgredido.    
As demandas entre as pessoas não são casos artísticos para serem exibidos na televisão de modo a se incrementar a audiência daqueles que vêem nisto uma ocasião para diversão.
Na verdade são transgressões do dever imposto por Deus de se amar e respeitar o próximo.
Aos Seus olhos, ainda que não seja avaliado assim aos olhos humanos, há sempre uma parte culpada e outra inocente. A inocente será justificada e a culpada será condenada.
Os juízes de Israel deveriam agir por este princípio geral no julgamento das demandas entre pessoas.
No caso de ser imposto o castigo de açoites à parte culpada, esta não deveria ser açoitada com mais de quarenta açoites, porque o objetivo do castigo não seria o de envilecer o castigado, mas corrigi-lo (v. 2,3).
O castigado deveria ser olhado, apesar da dura forma como foi disciplinado, como um irmão (I Tes 3.15), e sua reputação deveria ser preservada por esta limitação misericordiosa do seu castigo.
Devemos guardar o nosso coração do rancor contra aqueles que disciplinamos, especialmente depois de tê-los submetido à disciplina, porque Deus pode ainda lhes dar graça para fazê-los preciosos à sua vista.
Justificar o culpado é tão abominável para Deus quanto condenar o inocente (Pv 17.15).
Por este princípio do Seu atributo de Juízo observamos que Ele jamais poderia justificar pecadores culpados, dignos da morte eterna, se não fosse por meio do perdão de suas dívidas para com Ele e com o próximo, por ter Jesus pago o preço exato da redenção deles com o sangue que derramou na cruz.   
O espírito humanitário desta lei de não se humilhar o culpado que fosse submetido ao castigo de açoites é confirmado pela lei breve que se lhe segue e que trata do dever de se deixar o animal que trabalha na lavoura, comer enquanto trabalha, e não deveria ser amordaçado por motivo de avareza, uma vez que o seu trabalho o tornava digno de se alimentar dos frutos que ele estava ajudando a produzir, por arar a terra para o agricultor.
De igual modo, aqueles que são empenhados por Deus no ministério de tal forma que ficam impedidos de se dedicarem a atividades seculares para obterem o próprio sustento e de sua família, não devem deixar de ser assistidos por aqueles para os quais estão trabalhando para produzir fruto espiritual em suas vidas (I Cor 9.9,10; I Tim 5.17,18).         
Nos versos 5 a 10 é confirmado por Lei um costume antigo (Gên 38.8) de se suscitar descendência a um irmão casado que tivesse morrido sem deixar filhos (a chamada Lei do Levirato).
O cunhado da mulher que se negasse a cumprir para com ela este direito legal deveria ser desonrado publicamente por ela à vista dos anciãos de Israel, por lhe tirar o sapato e lhe cuspir na face, e a casa deste deveria ser chamada de a casa do descalçado para que se soubesse que por sua recusa o nome do seu irmão não foi perpetuado na terra. 
Nos versos 11 e 12 é prescrita uma lei bastante severa que determinava que fosse decepada a mão da mulher que porventura se intrometesse numa briga de homens em que estivesse envolvido o seu marido, e esta na tentativa de subjugar o inimigo do marido viesse a apertar os seus órgãos genitais.
Esta lei severa tinha em vista preservar a virtude e a honra, e para evitar que os juízes usassem de compaixão e não aplicassem a lei, lhes foi ordenado que não deveriam ter pena no caso, porque era uma ordem expressa que deveria ser ensinada em Israel e para a qual todas as israelitas deveriam atentar seriamente a bem de sua própria preservação pessoal.
Os magistrados não deveriam fingir que eram mais misericordiosos do que Deus, porque preservar a humanidade de ser afligida pelo espaçlhar do mal, é uma grande misericórdia.
 Nos versos 13 a 16 é determinada a honestidade nos negócios de todas as famílias de Israel, de modo que não se tivesse em casa pesos e medidas diferentes dos padrões, com o fim de ludibriar o próximo na venda de produtos que deveriam ser medidos ou pesados. 
Finalmente, nos versos 17 a 19 é recordado o dever de se destruir totalmente os amalequitas depois que eles tivessem conquistado Canaã, na ocasião que fosse determinada por Deus, e isto viria a ocorrer somente nos dias do rei Saul, cerca de quatrocentos anos depois, indicando que Deus é longânimo na execução de Seus juízos, e isto deve nos ensinar a não abusarmos da Sua misericórdia e longanimidade, de modo a andarmos desordenadamente pela falta de juízos imediatos à nossa vista.
Muitos acumulam ira para o dia da ira do justo juízo de Deus, quando que deveriam ser sábios se arrependendo de seus pecados, porque um terrível juízo já está determinado sobre todos aqueles que permanecerem deliberadamente na prática do pecado se recusando a lavarem as suas vestes no sangue de Cristo.  




“1 Se houver contenda entre alguns, e vierem a juízo para serem julgados, justificar-se-á ao inocente, e ao culpado condenar-se-á.
2 E se o culpado merecer açoites, o juiz fará que ele se deite e seja açoitado na sua presença, de acordo com a gravidade da sua culpa.
3 Até quarenta açoites lhe poderá dar, não mais; para que, porventura, se lhe der mais açoites do que estes, teu irmão não fique envilecido aos teus olhos.
4 Não atarás a boca ao boi quando estiver debulhando.
5 Se irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem deixar filho, a mulher do falecido não se casará com homem estranho, de fora; seu cunhado estará com ela, e a tomará por mulher, fazendo a obrigação de cunhado para com ela.
6 E o primogênito que ela lhe der sucederá ao nome do irmão falecido, para que o nome deste não se apague de Israel.
7 Mas, se o homem não quiser tomar sua cunhada, esta subirá à porta, aos anciãos, e dirá: Meu cunhado recusa suscitar a seu irmão nome em Israel; não quer cumprir para comigo o dever de cunhado.
8 Então os anciãos da sua cidade o chamarão, e falarão com ele. Se ele persistir, e disser: Não quero tomá-la;
9 sua cunhada se chegará a ele, na presença dos anciãos, e lhe descalçará o sapato do pé, e lhe cuspirá ao rosto, e dirá: Assim se fará ao homem que não edificar a casa de seu irmão.
10 E sua casa será chamada em Israel a casa do descalçado.
11 Quando pelejarem dois homens, um contra o outro, e a mulher de um chegar para livrar a seu marido da mão daquele que o fere, e ela, estendendo a mão, lhe pegar pelas suas vergonhas,
12 decepar-lhe-á a mão; o teu olho não terá piedade dela.
13 Não terás na tua bolsa pesos diferentes, um grande e um pequeno.
14 Não terás na tua casa duas efas, uma grande e uma pequena.
15 Terás peso inteiro e justo; terás efa inteira e justa; para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
16 Porque é abominável ao Senhor teu Deus todo aquele que faz tais coisas, todo aquele que pratica a injustiça.
17 Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saías do Egito;
18 como te saiu ao encontro no caminho e feriu na tua retaguarda todos os fracos que iam após ti, estando tu cansado e afadigado; e não temeu a Deus.
19 Quando, pois, o Senhor teu Deus te houver dado repouso de todos os teus inimigos em redor, na terra que o Senhor teu Deus te dá por herança para a possuíres, apagarás a memória de Amaleque de debaixo do céu; não te esquecerás.“ (Dt 25.1-19).


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