segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

SALMO 119 – versos 121 a 176


“121 Tenho praticado juízo e justiça; não me entregues aos meus opressores.
122 Sê fiador do teu servo para o bem; não permitas que os soberbos me oprimam.”
O salmista vinha procedendo em justiça e juízo, mas debaixo da opressão não se confiou apenas nisto, mas clamou ao Senhor para que fosse livrado dos seus opressores, e lhe pediu também que fosse o Seu fiador para o bem, ou seja, quando lhe faltassem as forças para continuar na prática do bem, que o Senhor garantisse Ele mesmo, pelo Seu próprio poder, que ele continuasse em tal prática, de modo que não permitisse que os soberbos prevalecessem na opressão que lhe estavam fazendo. 

“123 Desfalecem-me os olhos à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça.”
O salmista esta desfalecido pela longa espera do livramento do Senhor e de fazer justiça à sua causa, todavia, continuava esperando, ou seja, na expectativa em fé de que  o Senhor o livraria.

“124 Trata o teu servo segundo a tua misericórdia e ensina-me os teus decretos.
125  Sou teu servo; dá-me entendimento, para que eu conheça os teus testemunhos.”
O salmista era pobre de espírito, ou seja reconhecia que era dependente de Deus para tudo, especialmente para conhecer os Seus mandamentos e testemunhos. De modo que Lhe orava suplicando que o tratasse segundo a Sua misericórdia, porque de si mesmo, não tinha como agradar ao Senhor e corresponder à Sua expectativa de perfeição em relação a ele. Então orava também para que recebesse de Deus entendimento quanto ao ensino que Lhe desse dos Seus decretos eternos. Se não chegamos a conhecer o que está determinado por tais decretos, jamais teremos uma fé que descanse completamente na soberana vontade de Deus, por não reconhecermos que tudo está debaixo do Seu controle.

“126 Já é tempo, SENHOR, para intervires, pois a tua lei está sendo violada.”
A tal ponto chegou a iniquidade nos dias do salmista, que ele orou por um avivamento, para que a lei do Senhor não continuasse sendo tão grandemente violada. 

“127 Amo os teus mandamentos mais do que o ouro, mais do que o ouro refinado.”
“128 Por isso, tenho por, em tudo, retos os teus preceitos todos e aborreço todo caminho de falsidade.”
Estes versos são semelhantes ao verso 72, e o comentário deste se aplica também aos versos em apreço.

“129 Admiráveis são os teus testemunhos; por isso, a minha alma os observa.”
A alma santificada e instruída nos caminhos de Deus ama os testemunhos do Senhor, não por mero dever ou obrigação, mas por amá-los, porque são admiráveis e maravilhosos, e encantam a alma santificada. Para o cristão consagrado a obra de Deus e o Seu culto não são um peso, mas um prazer.  

“130 A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.”
É justamente aos pequeninos que Deus revela a Sua grandeza, porque estes têm um coração contrito e humilde que faz com que se aproximem do Senhor. Os sábios segundo o mundo, e grandes a seus próprios olhos não se permitem tal coisa, porque se  julgam muito elevados para necessitarem de Deus. Então a revelação do Senhor é para os simples, para aqueles que confiam inteiramente nEle, como uma criança confia nos seu pais.   

“131 Abro a boca e aspiro, porque anelo os teus mandamentos.”
O salmista tinha grande ousadia no falar porque o poder do Espírito estava sobre ele, porque amava os mandamentos de Deus, e cumpri-los era todo o seu desejo.

“132 Volta-te para mim e tem piedade de mim, segundo costumas fazer aos que amam o teu nome.”
Por experiência própria, e pelo testemunho do que via o Senhor fazer em relação aos demais que O amavam, o salmista clamava para que o Senhor estivesse em comunhão com ele e tivesse misericórdia dele, porque sabia que era o que Ele costumava fazer com todos os que O amam. 

“133 Firma os meus passos na tua palavra, e não me domine iniquidade alguma.”
A santidade consiste basicamente em duas coisas: rejeitar o mal e praticar o bem. Praticar a palavra de Deus e não se deixar dominar por qualquer tipo de iniquidade. Então era por isso que o salmista orava a Deus para que lhe fosse dado por Ele. 

“134 Livra-me da opressão do homem, e guardarei os teus preceitos.”
O salmista não guardaria os preceitos de Deus caso somente Ele o livrasse da opressão dos homens. Ele então Lhe pediu neste verso para que o livrasse da opressão dos homens porque guardava os Seus preceitos. 

“135 Faze resplandecer o rosto sobre o teu servo e ensina-me os teus decretos.”
É a presença do Senhor que nos santifica. É diante da Sua glória que somos transformados. Por isso o salmista Lhe pedia que fizesse resplandecer o Seu rosto sobre Ele, porque é assim que se aprende como convém os decretos de Deus, a saber, em íntima experiência pessoal com Ele.  

“136 Torrentes de água nascem dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei.”
Entristecia o salmista o pecado que via nos homens que não guardavam a lei de Deus. Todo cristão que estiver santificado terá o mesmo sentimento, por ver o nome do Senhor sendo desonrado na terra.

“137 Justo és, SENHOR, e retos, os teus juízos.
138 Os teus testemunhos, tu os impuseste com retidão e com suma fidelidade.”
Os testemunhos e juízos do Senhor são retos, porque o próprio Deus é perfeitamente justo. A Sua lei não é portanto uma imposição mas uma consequência daquilo que Ele próprio é. De modo que não imporá a Sua retidão por obrigação involuntária, porque é amor em Sua própria essência, e o amor demanda relacionamento e obediência voluntários. 

“139 O meu zelo me consome, porque os meus adversários se esquecem da tua palavra.”
Quando a Palavra de Deus é esquecida por aqueles que se nos opõem, o Espírito Santo faz com que o nosso zelo aumente muito, para que defendamos a Palavra diante da negação deles. Isto faz com que fiquemos ainda mais apegados à verdade, e que o testemunho seja dado com o espírito de ousadia, amor e moderação com o qual convém ser dado.  

“140 Puríssima é a tua palavra; por isso, o teu servo a estima.”
Não há erro na Palavra de Deus. Sua verdade é absoluta. Por isso é digna de inteira aceitação.

“141 Pequeno sou e desprezado; contudo, não me esqueço dos teus preceitos.”
O homem nada é diante do Senhor. Todavia lhe está imposto o dever de buscar a semelhança de Deus, e isto é feito por meio da prática da Palavra. Daí o nosso dever de nunca esquecê-la. Porque é a Palavra que dá testemunho de Deus, e por meio de quem nos vem a fé.  

“142 A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é a própria verdade.”
A justiça com a qual somos justificados é a de Cristo, que sendo eterna, jamais poderá nos ser tirada. A própria justiça de Adão foi perdida por ele quando pecou no Éden. Mas a justiça de Cristo com a qual estamos vestidos não será maior ou melhor do que a que temos agora, porque é perfeita e eterna, conforme a Palavra de Deus testifica dela, sendo a Palavra, a verdade.   

“143 Sobre mim vieram tribulação e angústia; todavia, os teus mandamentos são o meu prazer.
144 Eterna é a justiça dos teus testemunhos; dá-me a inteligência deles, e viverei.”
O salmista tinha tão elevado apreço pela Palavra de Deus, que ela continuava sendo o seu prazer mesmo quando lhe sobrevinha a tribulação e a angústia. Ele vivia pela justiça dos testemunhos de Deus, e por isso Lhe pedia que lhe desse um conhecimento cada vez maior deles, para que tivesse uma vida espiritual cada vez mais plena, cheia da Sua presença.

“145 De todo o coração eu te invoco; ouve-me, SENHOR; observo os teus decretos.
146 Clamo a ti; salva-me, e guardarei os teus testemunhos.”
É o mesmo ensino que se repete em todo o livro dos Salmos: os salmistas invocavam o Senhor com plena inteireza de fé e de coração, na certeza de serem ouvidos, porque guardavam com sinceridade os decretos de Deus. Não se tratava de uma simples observância externa dos mandamentos de Deus, conforme costumavam fazer os escribas e fariseus, mas obediência voluntária de coração. 

“147 Antecipo-me ao alvorecer do dia e clamo; na tua palavra, espero confiante.
148 Os meus olhos antecipam-se às vigílias noturnas, para que eu medite nas tuas palavras.”
Antes que o dia raiasse, o salmista se levantava e clamava segundo a Palavra de Deus, e ficava em espera confiante, sabendo que a esperança dos santos não será frustrada jamais. E antes de dormir ele sempre meditava na Palavra do Senhor. É este apego à Palavra que mantém o coração puro. Não a simples leitura, mas a meditação e prática, conforme iluminação recebida do Espírito Santo, em nossa comunhão com Ele.  

“149 Ouve, SENHOR, a minha voz, segundo a tua bondade; vivifica-me, segundo os teus juízos.”
O salmista sabia que era ouvido e vivificado pelo Espírito de Deus, não por causa da sua própria justiça, mas por causa da Sua bondade e misericórdia divina. No entanto, também sabia que sem um viver reto perante Ele, não se pode ter a certeza de ser ouvido.

“150 Aproximam-se de mim os que andam após a maldade; eles se afastam da tua lei.
151 Tu estás perto, SENHOR, e todos os teus mandamentos são verdade.”
Há muitos teólogos liberais no mundo que afirmam pregar e ensinar a Palavra de Deus, mas negam a Sua verdade. Estes são os que praticam a iniquidade, e aos quais Jesus se referirá que nunca os conheceu, porque não andam de fato segundo a Palavra. O fruto deles não é bom. Todavia, o Senhor está perto, em comunhão com todos aqueles que andam segundo a verdade dos Seus mandamentos.  

“152 Quanto às tuas prescrições, há muito sei que as estabeleceste para sempre.”
A Palavra de Deus é eterna, e durará para sempre. Tudo passará, mas não a Sua Palavra. Então não é para ser guardada por um tempo, mas por toda a vida e por toda a eternidade.

“153 Atenta para a minha aflição e livra-me, pois não me esqueço da tua lei.
154 Defende a minha causa e liberta-me; vivifica-me, segundo a tua promessa.”
Cabe aqui o mesmo comentário relativo ao verso 149. Conforme se afirma constantemente nos Salmos, é pela graça e misericórdia de Deus que somos libertados, mas há uma condicional “se” que deve ser atendida para que a graça seja eficaz. A saber, que guardemos os mandamentos do Senhor. Jesus mesmo ensinou isto claramente, quando dizia que “se” guardássemos a Sua Palavra, se cumpríssemos os Seus mandamentos, então pediríamos a petição que quiséssemos (ou seja, independente do grau de impossibilidade) e que seríamos atendidos pelo Pai. 

“155 A salvação está longe dos ímpios, pois não procuram os teus decretos.”
A afirmação deste verso confirma o que foi dito antes. Os ímpios não podem contar com a fidelidade dos livramentos de Deus justamente por não se submeterem à Sua vontade.  Isto é fundamental (se submeter a Deus) se desejamos ser ouvidos por Ele, porque somente honra quem Lhe honra.  E tem dito que se alguém não honra a Jesus Cristo, Seu Filho unigênito, consequentemente também não poderá honrá-lO. Honra-se portanto a Deus Pai, honrando-se a Deus Filho.   

“156 Muitas, SENHOR, são as tuas misericórdias; vivifica-me, segundo os teus juízos.”
O salmista sempre buscava ser vivificado em espírito baseado nas misericórdias de Deus, e segundo os critérios estabelecidos por Ele, e não segundo os seus méritos, justiça própria ou por quaisquer outras convicções. Este é de fato o único caminho para sermos vivificados pelo Senhor, porque sempre o fará pelos méritos de Cristo, e consoante a Sua misericórdia, porque jamais o fará por causa das nossas boas obras. Elas são necessárias como condição para que a graça seja eficaz, conforme já temos comentado, mas isoladamente, nada poderão fazer por nós diante de Deus, que exige uma justiça perfeita para nos abençoar, e somente em Cristo podemos achar tal justiça.    

“157 São muitos os meus perseguidores e os meus adversários; não me desvio, porém, dos teus testemunhos.”
Cabe aqui o mesmo comentário relativo aos versos 69 e 70.

“158 Vi os infiéis e senti desgosto, porque não guardam a tua palavra.”
Cabe aqui o mesmo comentário relativo ao verso 136.

“159 Considera em como amo os teus preceitos; vivifica-me, ó SENHOR, segundo a tua bondade.”
Cabe aqui o mesmo comentário relativo aos versos 153, 154 e 156, dentre outros deste mesmo salmo.

“160 As tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um dos teus justos juízos dura para sempre.”
Cabe aqui o mesmo comentário relativo aos versos 89 a 91, 142 e 152.

“161 Príncipes me perseguem sem causa, porém o que o meu coração teme é a tua palavra.”
Quem tem o temor do Senhor e da Sua Palavra não temerá a perseguição injusta dos poderosos da terra, porque terão ao Senhor por Seu refúgio e proteção.

“162 Alegro-me nas tuas promessas, como quem acha grandes despojos.”
Há riquezas escondidas nas promessas da Palavra que são cavadas e achadas pela fé e pela prática desta mesma Palavra. E o ser alvo do cumprimento destas promessas traz grande alegria tal como quem acha grandes riquezas escondidas.

“163 Abomino e detesto a mentira; porém amo a tua lei.”
Quem ama verdadeiramente a Palavra de Deus, detesta e abomina toda forma de mentira. Tal pessoa sabe que Satanás é o pai da mentira e que tudo que passa do sim, sim, não, não, procede do diabo, e não de Deus. Por isso se afirma que os mentirosos não herdarão o reino do céu. 

“164 Sete vezes no dia, eu te louvo pela justiça dos teus juízos.”
O salmista separava sete momentos específicos durante cada dia, para louvar a Deus pela justiça dos Seus juízos. Era uma forma de agradecimento constante por todos os livramentos que recebia de Deus. Daí haver fortes evidências de que este Salmo seja de autoria de Davi, porque não se conhece nenhum salmista que tenha sido tão afligido e perseguido, quanto ele. 

“165 Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço.”
O efeito da prática da justiça é a paz. É nos que têm sobre si o jugo da obediência de Jesus, que se cumpre a Sua promessa de acharem paz e descanso para suas almas. Estes não tropeçarão andando em dúvidas e em mau procedimento porque terão a instrução e o poder do Espírito Santo, para andarem somente nas veredas aplanadas. O caminho que conduz ao céu é estreito mas é perfeitamente aplanado, de forma que aqueles que andam por ele, não tropeçarão em alguma pedra.   

“166 Espero, SENHOR, na tua salvação e cumpro os teus mandamentos.”
Como já comentado fartamente o salmista sempre esperava no livramento do Senhor, guardando os Seus mandamentos. Ele não permitia que o abatimento de sua alma, por causa das aflições, o afastasse do caminho da verdade. 

“167 A minha alma tem observado os teus testemunhos; eu os amo ardentemente.
168 Tenho observado os teus preceitos e os teus testemunhos, pois na tua presença estão todos os meus caminhos.”
O salmista chama ao próprio Senhor como testemunha de que andava na Sua presença e nos Seus caminhos, porque tinha a testificação do próprio Espírito, em aprovação em paz e alegria em sua consciência e coração, de que tudo ia bem com a sua alma, porque guardava de fato a vontade e os mandamentos de Deus, o que se comprovava também no seu grande amor por eles. Quando a alma não é santificada, as ordenanças da Palavra, especialmente aquelas que consistem em verdadeira crucificação do nosso ego e vontade, são um fardo, um peso, mas os mandamentos não são nada penosos para aqueles que andam no Espírito.  

“169 Chegue a ti, SENHOR, a minha súplica; dá-me entendimento, segundo a tua palavra.
170 Chegue a minha petição à tua presença; livra-me segundo a tua palavra.”
A base de livramento que o salmista usava era a própria Palavra, os critérios de Deus estabelecidos nela, e não seus sentimentos, méritos, emoções, obras, etc. Era por isso que tinha firme convicção de que suas súplicas seriam ouvidas pelo Senhor, porque agia em conformidade com a Palavra, e por isso também orava pedindo-Lhe um entendimento  cada vez maior desta Palavra, uma vez que era por ela que era abençoado.  

“171 Profiram louvor os meus lábios, pois me ensinas os teus decretos.”
O salmista louvava ao Senhor quando era ensinado por Ele quanto aos Seus decretos. De fato é coisa maravilhosa ter revelações da parte de Deus quanto à Sua vontade, especialmente no caso de Davi, a quem Deus revelou coisas futuras, especialmente as que se cumpririam no ministério do Messias. O grande General do céu, confiou os Seus segredos ao seu general na terra. Quão grande honra havia nisto, e por isto Davi não somente se alegrava, como também louvava a Deus por tais revelações.

“172 A minha língua celebre a tua lei, pois todos os teus mandamentos são justiça.”
Não há nenhuma lei na terra, produzida pelos homens, que seja tão sucinta e ao mesmo tempo tão perfeita como a Lei do Senhor. Caso a humanidade se aplicasse de fato a amar e a cumprir a Lei de Deus, teríamos um paraíso na terra, caso os praticantes dos Seus mandamentos se sujeitassem ao principal deles de crerem em Cristo e mortificarem a natureza terrena pelo Espírito.   

“173 Venha a tua mão socorrer-me, pois escolhi os teus preceitos.
174 Suspiro, SENHOR, por tua salvação; a tua lei é todo o meu prazer.”
A escolha que o cristão, e qualquer pessoa deve fazer é a de guardar a Palavra do Senhor, cumprir os Seus mandamentos, fazer a Sua vontade, e não propriamente buscar a Deus para somente resolver seus problemas. Com isto se inverte a ordem das coisas, porque Deus tem determinado que busquemos antes o Seu reino e a Sua justiça, e tudo mais que nos for necessário será acrescentado por Ele. Devemos lembrar que antes de tudo, quem deve ser buscado é o próprio Rei deste reino celestial e divino, a saber, nosso Senhor Jesus Cristo.  Quando o Senhor e a Sua Palavra forem todo o nosso prazer, até mesmo deixaremos de buscar aquelas coisas que antes ocupavam tanto a nossa mente e coração, porque veremos o quão insignificantes são quando Jesus estabelece o Seu domínio completo sobre o nosso coração e vontade. 

“175 Viva a minha alma para louvar-te; ajudem-me os teus juízos.
176 Ando errante como ovelha desgarrada; procura o teu servo, pois não me esqueço dos teus mandamentos.”
Este extenso salmo termina com uma grande nota de humildade. O salmista reconhece que todos somos como ovelhas desgarradas que necessitam continuamente estarem sendo procuradas pelo Senhor, porque, de outro modo, em razão da natureza terrena, fugiremos da Sua santa presença. É por esta procura contínua do Espírito Santo, que não desiste e não abre mão da nossa presença por um só dia, que perseveramos e podemos fazer a vontade de Deus. Se não fosse isto, não poderíamos permanecer firmes diante dEle, vivendo de modo digno na Sua presença. Fomos criados para o louvor da glória da graça de Deus, que nos foi concedida abundantemente em Cristo. Isto é um dever que deve ser realizado voluntariamente e por amor. Para tanto, necessitamos ser ajudados pelo próprio Senhor, o qual tem prometido, para tal propósito, estar conosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Se não nos esquecermos da Palavra do Senhor, Ele sempre nos encontrará, e não andaremos errantes. Por isso nunca devemos deixar de meditar na Palavra e de nos esforçarmos em plena diligência, para cumprirmos os Seus mandamentos, porque ainda que fracos, o Senhor nos fortalecerá, porque a Palavra tem este poder de vivificar os nossos corações. Mas se deixarmos o remédio de lado, o qual é a Palavra, não podemos contar com a cura. É precisamente isto que o salmista quis deixar registrado ao fechar este precioso salmo.       


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