Neste salmo toda a terra é conclamada a
salmodiar a glória do nome do Senhor, e a dar glória ao Seu louvor.
Os grandes feitos de Deus devem ser
exaltados e proclamados.
O salmista passa em revista as grandes
obras de Deus do passado para que Ele seja salmodiado por elas, tais como a
abertura do Mar Vermelho nos dias de Moisés, e a travessia a pé seco dos
israelitas no Rio Jordão, nos dias Josué, e Israel se alegrou sobremaneira nEle
em ambas ocasiões.
Como é Onisciente e governa eternamente,
os rebeldes das nações não deveriam se exaltar, mas temer.
É o Senhor que não permite que nossos
pés resvalem, e assim preserva a nossa alma.
Contudo, põe à prova o Seu povo, tal
como a prata é provada pelo fogo.
Ele permite que sejam afligidos pelos
homens ímpios, e que passem pelo fogo, tal como sucedeu aos três amigos de
Daniel, e pela água, mas no final da provação, conduz o Seu povo a um lugar
espaçoso onde são aliviados das suas opressões.
À vista de tal poder e bondade do
Senhor, o salmista se dispôs a ir ao templo para oferecer holocaustos e pagar
os votos que fizera com os seus lábios no dia da angústia.
O salmista queria dar testemunho no
templo daquilo que Deus havia feito à sua alma, dos clamores que havia feito, e
dos louvores que havia entoado.
E o Senhor ouviu suas orações porque não
havia vaidade no seu coração.
Então ele encerra o salmo bendizendo o
Senhor por ter ouvido suas orações, e por não lhe ter deixado desprovido da Sua
graça.
“Aclamai a Deus, toda a terra. Salmodiai a glória do
seu nome, dai glória ao seu louvor.
Dizei a Deus: Que tremendos são os teus feitos!
Pela grandeza do teu poder, a ti se mostram
submissos os teus inimigos.
Prostra-se toda a terra perante ti, canta salmos a
ti; salmodia o teu nome.
Vinde e vede as obras de Deus: tremendos feitos para
com os filhos dos homens!
Converteu o mar em terra seca; atravessaram o rio a
pé; ali, nos alegramos nele.
Ele, em seu poder, governa eternamente; os seus
olhos vigiam as nações; não se exaltem os rebeldes.
Bendizei, ó povos, o nosso Deus; fazei ouvir a voz
do seu louvor; o que preserva com vida a
nossa alma e não permite que nos resvalem os pés.
Pois tu, ó Deus, nos provaste; acrisolaste-nos como
se acrisola a prata.
Tu nos deixaste cair na armadilha; oprimiste as
nossas costas; fizeste que os homens
cavalgassem sobre a nossa cabeça; passamos pelo fogo e pela água; porém,
afinal, nos trouxeste para um lugar espaçoso.
Entrarei na tua casa com holocaustos; pagar-te-ei os
meus votos, que proferiram os meus
lábios, e que, no dia da angústia, prometeu a minha boca.
Oferecer-te-ei holocaustos de vítimas cevadas, com
aroma de carneiros; imolarei novilhos com cabritos.
Vinde, ouvi, todos vós que temeis a Deus, e vos
contarei o que tem ele feito por minha alma.
A ele clamei com a boca, com a língua o exaltei.
Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não
me teria ouvido.
Entretanto, Deus me tem ouvido e me tem atendido a
voz da oração.
Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem
aparta de mim a sua graça.”
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