terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SALMO 77 – Salmo de Asafe


Neste salmo é descrito o estado no qual é muito comum em se achar a alma abatida: ela recusa ser consolada e busca se alimentar ainda mais das amarguras que lhe têm abatido.
Todos passam de algum modo por esta experiência, uns mais e outros menos.
Caso a pessoa não traga à memória que há no Senhor boa vontade para perdoar, restaurar, animar e levantar, certamente não poderá sair de tal estado.
Por isso o salmista passou em revista os poderosos feitos do Senhor e da Sua grande misericórdia manifestada para com Israel no passado, especialmente nos dias de Moisés e Arão, e achou nisto ajuda, para que seu ânimo no Senhor fosse renovado; e pôde entender que Deus nunca procurará nos desanimar, e por isso nos tem dado um Espírito que é chamado de Consolador e não de Desanimador.
Se não fosse Seu propósito que sejamos sempre achados de bom ânimo em Sua presença, Jesus não nos teria advertido para termos bom ânimo nas aflições.    

“Elevo a Deus a minha voz e clamo, elevo a Deus a minha voz, para que me atenda. 
No dia da minha angústia, procuro o Senhor; erguem-se as minhas mãos durante a noite e não se cansam; a minha alma recusa consolar-se.
Lembro-me de Deus e passo a gemer; medito, e me desfalece o espírito.
Não me deixas pregar os olhos; tão perturbado estou, que nem posso falar.  Penso nos dias de outrora, trago à lembrança os anos de passados tempos.
De noite indago o meu íntimo, e o meu espírito perscruta. 
Rejeita o Senhor para sempre?
Acaso, não torna a ser propício? 
Cessou perpetuamente a sua graça?
Caducou a sua promessa para todas as gerações?
Esqueceu-se Deus de ser benigno?
Ou, na sua ira, terá ele reprimido as suas misericórdias? 
Então, disse eu: isto é a minha aflição; mudou-se a destra do Altíssimo.
Recordo os feitos do SENHOR, pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade.
Considero também nas tuas obras todas e cogito dos teus prodígios.
O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus?
Tu és o Deus que operas maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder.
Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José. 
Viram-te as águas, ó Deus; as águas te viram e temeram, até os abismos se abalaram. 
Grossas nuvens se desfizeram em água; houve trovões nos espaços; também as suas setas cruzaram de uma parte para outra.
O ribombar do teu trovão ecoou na redondeza; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu. 
Pelo mar foi o teu caminho; as tuas veredas, pelas grandes águas; e não se descobrem os teus vestígios.
O teu povo, tu o conduziste, como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão.” 


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