Este salmo foi escrito provavelmente depois de Jerusalém ter sido
assolada pelos babilônios, e o povo de Judá sido levado para o cativeiro.
O salmista lamenta pela condição de ruína a que foi deixada a
cidade santa, mas ao mesmo tempo vislumbra o futuro, quanto à promessa de Deus
de restaurar o Seu povo no próprio monte Sião, para reinarem juntamente com o
Messias.
Os profetas haviam feito menção a isto e o salmista escreve
confiado em tais promessas de restauração e consolação futuras para Israel.
“Ouve,
SENHOR, a minha súplica, e cheguem a ti os meus clamores.
Não me
ocultes o rosto no dia da minha angústia; inclina-me os ouvidos; no dia em que
eu clamar, dá-te pressa em acudir-me.
Porque os
meus dias, como fumaça, se desvanecem, e os meus ossos ardem como em fornalha.
Ferido
como a erva, secou-se o meu coração; até me esqueço de comer o meu pão.
Os meus
ossos já se apegam à pele, por causa do meu dolorido gemer.
Sou como
o pelicano no deserto, como a coruja das ruínas.
Não durmo
e sou como o passarinho solitário nos telhados.
Os meus
inimigos me insultam a toda hora; furiosos contra mim, praguejam com o meu
próprio nome.
Por pão
tenho comido cinza e misturado com lágrimas a minha bebida, por causa da tua
indignação e da tua ira, porque me elevaste e depois me abateste.
Como a
sombra que declina, assim os meus dias, e eu me vou secando como a relva.
Tu,
porém, SENHOR, permaneces para sempre, e a memória do teu nome, de geração em
geração.
Levantar-te-ás
e terás piedade de Sião; é tempo de te compadeceres dela, e já é vinda a sua
hora; porque os teus servos amam até as
pedras de Sião e se condoem do seu pó.
Todas as
nações temerão o nome do SENHOR, e todos os reis da terra, a sua glória; porque o SENHOR edificou a Sião, apareceu na
sua glória, atendeu à oração do desamparado e não lhe desdenhou as preces.
Ficará
isto registrado para a geração futura, e um povo, que há de ser criado, louvará
ao SENHOR; que o SENHOR, do alto do seu
santuário, desde os céus, baixou vistas à terra, para ouvir o gemido dos cativos e libertar os
condenados à morte, a fim de que seja
anunciado em Sião o nome do SENHOR e o seu louvor, em Jerusalém, quando se
reunirem os povos e os reinos, para servirem ao SENHOR.
Ele me
abateu a força no caminho e me abreviou os dias.
Dizia eu:
Deus meu, não me leves na metade de minha vida; tu, cujos anos se estendem por
todas as gerações.
Em tempos
remotos, lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas mãos.
Eles
perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste, como
roupa os mudarás, e serão mudados.
Tu,
porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.
Os filhos
dos teus servos habitarão seguros, e diante de ti se estabelecerá a sua
descendência.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário