segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

SALMO 103 – Salmo de Davi


Desde que Adão se escondeu atrás de uma árvore no Éden, com medo de Deus, e quando este veio ao Seu encontro para lhe oferecer redenção e perdão, também trouxe, por causa do pecado, maldições sobre a serpente, o homem, a mulher e a terra.
Esta seria a condição de se viver neste mundo desde então, como por exemplo a de o homem comer o seu pão como suor do rosto, apesar de se ter esta possibilidade de redenção do pecado, por causa do amor e misericórdia de Deus.
Davi era uma pessoa redimida e especial para o Senhor, mas teve que compartilhar muitas das misérias a que estão sujeitos todos os homens, por causa do pecado original.
Por isso nós o vemos neste Salmo bendizendo ao Senhor com todo o seu ser, e ordenando à própria alma que nunca se esquecesse de um só dos Seus benefícios.
Davi sabia que não eram suas boas obras e própria justiça que perdoavam as suas iniquidades, mas o próprio Deus.
Como também era Ele que sarava todas as usas enfermidades, e que livrava a sua vida da morte, e a coroava de graça e misericórdia, fartando de bens a sua velhice, de maneira que era renovado em mocidade tal como a águia.
É o Senhor que faz justiça e julga a todos os oprimidos, porque julga todas as suas causas e até mesmo atos de suas vidas, que na grande maioria, jamais serão julgados pelos magistrados da terra, e não é comum, que pessoas necessitadas sejam julgadas com justiça e misericórdia por muitos deles.
Todavia, não há verdadeiro e perfeito juiz humano, senão somente o Senhor.
Nós podemos contemplar a perfeição da Sua Lei, conforme a revelou a Moisés, para ser dada aos filhos de Israel.
Deus é cheio de misericórdia e longânimo, ou seja, tardio em se irar, e grandemente benigno.
Davi podia falar destas virtudes de Deus por tê-las experimentado abundantemente em sua própria vida.
Além disso, ele tivera a experiência de que o Senhor não repreende perpetuamente, e nem conserva para sempre a sua ira, porque se mostra perdoador e consolador para todo aquele que se arrepende.
Deus não trata conosco segundo os nossos pecados e nem nos retribui segundo as nossas iniquidades, caso contrário não nos deixaria viver tantos anos na terra, e logo executaria um juízo de condenação sobre nós, porque a Sua justiça não pode tolerar um só pecado, no entanto, Ele equilibra a justiça com a misericórdia e o Seu grande amor, bondade e longanimidade.
Especialmente aqueles que O têm são beneficiados por tal misericórdia que é elevada, tal o como o céu está acima da terra, porque é do alto que ela nos vem, do Seu trono de graça.
Por isso pode afastar as nossas transgressões de nós, tal como o Oriente está distante do Ocidente.
A compaixão que ele tem por nós é maior do que a de um pai por seus filhos, porque conhece perfeitamente a nossa estrutura, e sabe que somos pó.
Que não temos em nós mesmos o poder de vencer e resistir ao mal.
E que dependemos inteiramente dEle e da Sua graça para poder vencê-lo.
Somos responsabilizados portanto, por Ele, quanto ao pecado, por não buscarmos tal auxílio e socorro que estão disponíveis nEle para todo pecador.
Esta é portanto a base da condenação: a rejeição da Sua graça, o ato de se voltar as costas para Ele, e tentar se esconder atrás de alguma coisa, tal como Adão no passado, para não irmos a Jesus Cristo para termos vida, assim como os escribas e fariseus haviam feito nos dias do Seu ministério terreno, escondendo-se atrás da descendência de Abraão, e até mesmo das próprias Escrituras, afirmando que já conheciam a Deus porque conheciam os mandamentos, quando na verdade nunca estiveram de fato na Sua presença, porque sempre haviam rejeitado a Sua própria pessoa e graça, para serem perdoados e salvos, e continuavam confiando na própria justiça pessoal deles (Jo 5.40).
Eis porque a incredulidade, a rejeição da misericórdia e graça de Deus serão a grande base da condenação futura, porque Deus sabe que o homem não tem o poder de si mesmo para viver a vida celestial e divina para a qual ele foi criado.
Esta inabilidade e impotência do homem estão bem reveladas em estar Deus demonstrando qual tem sido a consequência do pecado, relativamente à morte.
Os anos de vida do homem na terra foram abreviados drasticamente.
E mesmo tendo permitido que se vivesse até cerca de 900 anos no mundo antigo, à medida que a iniquidade foi se multiplicando na terra o tempo de existência foi sendo progressivamente reduzido para ser um sinal para o homem de que ele é impotente por si mesmo para ter vida abundante, por causa do pecado, e ser-lhe-á possível recuperar tal vida somente pela via da redenção em Jesus Cristo.
Então se o homem alcança a misericórdia de Deus para a salvação, ele viverá eternamente porque a misericórdia divina dura de eternidade a eternidade, isto é, ela sempre será renovada garantindo a eternidade da nossa redenção e salvação.
Estas bênçãos espirituais e eternas nos são garantidas desde o céu, onde está estabelecido o trono do Senhor, e do qual manifesta o seu reino, que domina sobre tudo.
Motivo  pelo qual devem Lhe bendizer os seus anjos valorosos em poder, e que executam as suas ordens e obedecem à Sua Palavra, a saber, os anjos eleitos.
Todos os exércitos do Senhor, tanto os celestiais, quanto os da terra, especialmente os seus ministros, que fazem a Sua vontade, devem bendizê-lo.
Na verdade, tudo o que foi criado deve bendizer ao Senhor, porque Ele tudo criou para o louvor da glória da Sua graça.             


“Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. 
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios.
Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.
O SENHOR faz justiça e julga a todos os oprimidos. Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel.
O SENHOR é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno.
Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira.
Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades.
Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.
Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.
Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem.
Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. 
Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar.
Mas a misericórdia do SENHOR é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos,  para com os que guardam a sua aliança e para com os que se lembram dos seus preceitos e os cumprem.
Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo.
Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra.
Bendizei ao SENHOR, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade.
Bendizei ao SENHOR, vós, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio.
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR.”


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