“Ao
SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele
habitam. Fundou-a ele sobre os mares e
sobre as correntes a estabeleceu. Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de
permanecer no seu santo lugar? O que é
limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem
jura dolosamente. Este obterá do SENHOR
a bênção e a justiça do Deus da sua salvação. Tal é a geração dos que o buscam,
dos que buscam a face do Deus de Jacó. Levantai, ó portas, as vossas cabeças;
levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória. Quem é o Rei
da Glória? O SENHOR, forte e poderoso, o SENHOR, poderoso nas batalhas. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos,
ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória. Quem é esse Rei da Glória? O
SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória.”
Comentário:
O salmista declara a posse de Deus da terra, de todas as coisas
que ela contém e de todos os que nela habitam.
Ele considera como o Senhor fez surgir a porção seca dos
continentes a partir das águas, para que esta ficasse firmemente estabelecida.
Mas tão logo fizera tal consideração, o seu coração foi movido
para uma morada ainda mais firme do que a própria terra.
Deus havia estabelecido o seu templo no monte Sião em Jerusalém
para ser um sinal da Sua morada eterna.
Não podiam entrar no Seu santuário terreno em Israel (o
tabernáculo e o templo) senão somente aqueles que fossem considerados limpos
pela Lei, e isto serviu de ilustração para a grande verdade de que no templo eterno celestial, que não é deste
mundo, poderão entrar para lá permanecer para sempre, somente aqueles que são
limpos de mãos e puros de coração, e que não entregam a sua alma à falsidade e
que não juram com dolo.
O salmista não cita a pureza de atos e de intenções do
coração, para se referir à perfeição
moral absoluta, mas à necessidade de se levar a sério a causa da justiça, do
amor e da bondade, que se encontram em Deus, buscando o perdão do pecado pela
fé nEle, e a retidão espiritual que é implantada nos que o temem, pelo Espírito
Santo.
Ao ter feito posteriormente, um cântico de exaltação ao Rei da
Glória, parece que Davi o compôs quando trouxe a arca de volta a Jerusalém, e
que o tenha cantado quando esta se aproximou das portas de Jerusalém, ordenando
que estas fossem levantadas para que entrasse Aquele que era representado pela
presença da arca no meio do Seu povo, o Senhor que habita na glória.
Sião não é um lugar especifico, Sião é em todo lugar onde o Senhor ordena a sua benção, ali será sempre a Sião.
ResponderExcluirO comentário alude a Sião como um lugar, como se vê em 2 Reis 19.31; Lam 5.18. Salmos 2.6; 48.4; 78.68; 133.3, sem entrar na consideração do uso espiritual do termo.
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