sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Para que Viesse o Messias – Neemias 11



Nós vimos no sétimo capítulo, que Neemias havia feito um exame do livro de genealogias, especialmente dos que haviam subido de Babilônia para Judá nos dias de Zorobabel, para tomar providências quanto ao modo de se repovoar a cidade de Jerusalém, porque havia até aquela ocasião poucos habitantes, em relação à área que poderia ser efetivamente ocupada na cidade.
E neste 11º capítulo nós vemos o método que foi usado (tirar por sortes um em cada dez para habitar em Jerusalém - v. 1,2).
Até o verso 19 estão relacionados os que foram designados para habitar  em Jerusalém; e do 25 em diante, o modo como as demais cidades, campos e aldeias de Judá foram habitados.
Com esta medida de repovoar Jerusalém, a cidade estava agora devidamente fortificada, não somente com o seu muro restaurado e suas portas, como também com uma população que pudesse efetivamente fazer face aos ataques dos seus inimigos.
Cabe lembrar que em razão da dominação imperial, que passou a existir com Babilônia, e que se estenderia até a dominação romana, nesta ordem: Babilônia, Pérsia, Grécia, Roma, as guerras que eram comuns contra o território de Israel (filisteus, amonitas, moabitas, edomitas, sírios, assírios, etc) seriam abafadas em razão de todas as nações estarem sob o domínio destes grandes impérios, que se sucederiam uns após outros.
Por conseguinte, até que Jesus viesse, Israel não seria mais uma nação soberana em seu próprio território, mas Deus em Sua Providência, criou as condições históricas que garantiriam a sobrevivência da nação até que o Messias viesse.
E cabe destacar que no tempo determinado, em 70 d.C. todos os judeus foram expatriados, sendo espalhados por todo o mundo pelos próprios romanos, e este é um fato indicativo de que foi pela Providência de Deus que eles haviam sido mantidos em Judá, e que dali não poderiam ser removidos de maneira nenhuma, até que Jesus viesse e o evangelho fosse anunciado a eles por cerca de 40 anos, no próprio território de Israel.
Por causa da rejeição do Messias, foram então expulsos da Sua terra, conforme Deus havia predito através dos profetas.
Não devemos esquecer também que a fidelidade demonstrada pelo povo judeu, especialmente pelos sacerdotes e levitas, nos dias de Neemias não perduraria até os dias do ministério terreno de Jesus, porque do final do governo de Neemias, até a vinda de Jesus, houve um período de cerca de 400 anos, conhecido por período interbíblico, no qual surgiram diversas seitas religiosas em Israel, como a dos fariseus, saduceus e essênios; e os escribas, em vez de seguirem o exemplo de fidelidade de Esdras à Palavra de Deus, tornaram-se rabinos, ou doutores da Lei, que acrescentaram mandamentos de homens à Palavra e distorceram completamente a sua interpretação, para atender principalmente aos interesses políticos dos sacerdotes e governantes de Israel. 
Por conseguinte, podemos concluir com acerto, que o desejo que Deus havia colocado no coração de Neemias, de restaurar o muro de Jerusalém e suas portas, tinha a ver muito mais com o propósito divino de reorganizar a nação israelita e fortalecê-la no cumprimento da Lei, até que Jesus viesse, porque o testemunho da verdade, depois dEle, seria mantido pela Igreja, e não mais pelo judaísmo.
Veja que a tribo de Benjamim, que quase foi extinta nos dias dos juízes, havia aumentado muito em número, nos dias de Neemias, e muitos deles se dispuseram a vir com Zorobabel para a Palestina, quando do decreto de Ciro, determinando o seu retorno de Babilônia, para a sua própria terra.
Isto se depreende do fato de as famílias da tribo de Judá, que habitaram em Jerusalém, nos dias de Neemias, terem totalizado 468 (v. 6); enquanto as da tribo de Benjamim somaram 928 famílias (v. 7,8), isto é, quase o dobro de famílias em relação a Judá.
Mas apesar de a tribo de Benjamim ser mais numerosa, se diz em relação aos homens da tribo de Judá, que eram valentes, preparados para defenderem a cidade, no caso de um ataque (v.6).
O mesmo se pode dizer em relação à Igreja que é composta de muitos membros, mas é um número relativamente pequeno deles, conforme comprova a história do cristianismo, dos quais se pode dizer que foram ou que têm sido valentes ou valorosos na defesa da verdade, que todos os cristãos foram incumbidos por Cristo para pregarem, ensinarem, testemunharem, viverem e defenderem.



“1 Ora, os príncipes do povo habitaram em Jerusalém; e o restante do povo lançou sortes, para tirar um de cada dez que habitasse na santa cidade de Jerusalém, ficando nove nas outras cidades.
2 E o povo bendisse todos os homens que voluntariamente se ofereceram para habitar em Jerusalém.
3 Estes, pois, são os chefes da província que habitaram em Jerusalém; porém nas cidades de Judá habitou cada um na sua possessão, nas suas cidades, a saber, Israel, os sacerdotes, os levitas, os netinins e os filhos dos servos de Salomão.
4 E habitaram em Jerusalém alguns dos filhos de Judá e dos filhos de Benjamim. Dos filhos de Judá: Ataías, filho de Uzias, filho de Zacarias, filho de Amarias, filho de Sefatias, filho de Maalelel, dos filhos de Pérez;
5 e Maaseias, filho de Baruque, filho de Col-Hoze, filho de Hazaías, filho de Adaías, filho de Joiaribe, filho de Zacarias, filho de Silôni.
6 Todos os filhos de Pérez que habitaram em Jerusalém foram quatrocentos e sessenta e oito homens valentes.
7 São estes os filhos de Benjamim: Salu, filho de Mesulão, filho de Joede, filho de Pedaías, filho de Colaías, filho de Maaseias, filho de Itiel, filho de Jesaías.
8 E depois dele Gabai, Salai, ...novecentos e vinte e oito.
9 Joel, filho de Zicri, superintendente sobre eles; e Judá, filho de Senua, o segundo sobre a cidade.
10 Dos sacerdotes: Jedaías, filho de Joiaribe, Jaquim,
11 Seraías, filho de Hilquias, filho de Mesulão, filho de Zadoque, filho de Meraiote, filho de Altube, príncipe sobre a casa de Deus;
12 e seus irmãos que faziam a obra da casa, oitocentos e vinte e dois; e Adaías, filho de Jeroão, filho de Pelalias, filho de Anzi, filho de Zacarias, filha de Pasur, filho de Malquias,
13 e seus irmãos, cabeças de casas paternas, duzentos e quarenta e dois; e Amassai, filho de Azarel, filho de Aazai, filho de Mesilemote, filho de Imer,
14 e os irmãos deles, homens valentes, cento e vinte e oito; e o superintendente sobre eles era Zabdiel, filho de Hagedolim.
15 Dos levitas: Semaías, filho de Hassube, filho de Azricão, filho de Hasabias, filho de Buni;
16 Sabetai e Jozabade, dos cabeças dos levitas, presidiam o serviço externo da casa de Deus;
17 Matanias, filho de Mica, filho de Zabdi, filho de Asafe, o dirigente que iniciava as ações de graças na oração, e Baquebuquias, o segundo entre seus irmãos; depois Abda, filho de Samua, filho de Galal, filho de Jedútun.
18 Todos os levitas na santa cidade foram duzentos e oitenta e quatro.
19 Também os porteiros, Acube, Talmom, e seus irmãos, os guardas das portas, foram cento e sessenta e dois.
20 O resto de Israel e dos sacerdotes e levitas, habitou em todas as cidades de Judá, cada um na sua herança.
21 Os netinins, porém, habitaram em Ofel; e Ziá e Gispa presidiram sobre eles.
22 O superintendente dos levitas em Jerusalém era Uzi, filho de Bani, filho de Hasabias, filho de Matanias, filho de Mica, dos filhos de Asafe, os cantores; ele estava encarregado do serviço da casa de Deus.
23 Pois havia uma ordem da parte do rei acerca deles, e uma norma para os cantores, estabelecendo o dever de cada dia.
24 E Petaías, filho de Mesezabel, dos filhos de Zerá, filho de Judá, estava às ordens do rei, em todos os negócios concernentes ao povo.
25 E quanto às aldeias com os seus campos, alguns dos filhos de Judá habitaram em Quiriate-Arba e seus arrabaldes, em Dibom e seus arrabaldes, e em Jecabzeel e suas aldeias;
26 em Jesuá, em Molada, em Bete-Pelete,
27 Em Hazar-Sual, em Berseba e seus arrabaldes,
28 em Ziclague, em Mecona e seus arrabaldes,
29 em En-Rimom, em Zorá, em Jarmute,
30 em Zanoa, em Adulão e suas aldeias, em Laquis e seus campos, e em Azeca e seus arrabaldes. Acamparam-se, pois, desde Berseba até o vale do Hinom.
31 Os filhos de Benjamim também habitaram desde Geba em diante, em Micmás e Aíja, em Betel e seus arrabaldes,
32 em Anatote, em Nobe, em Ananias,
33 em Hazor, em Ramá, em Gitaim,
34 em Hadide, em Zeboim, em Nebalate,
35 em Lode, e em Ono, vale dos artífices.
36 E dos levitas que habitavam em Judá, algumas turmas foram unidas a Benjamim.” (Ne 11.1-36).

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