Nós vemos no sexto capítulo de Esdras, que os governadores das províncias
dominadas pela Pérsia, vizinhos de Judá, e que enviaram cartas ao rei Dario
pedindo que se investigasse nos arquivos reais se havia de fato um decreto de
Ciro ordenando que um templo fosse construído em Jerusalém para o culto ao Deus
dos judeus, com o intuito de que as obras fossem de novo paralisadas, porque
pensavam que os judeus estavam mentindo, acabou por contribuir para fazer com
que a verdade triunfasse e que pudessem dar prosseguimento à obra, inclusive
contando com os recursos provenientes dos tributos pagos à Pérsia por aquelas
mesmas nações que lhes estavam perseguindo.
Deus sempre honrará o testemunho vigoroso em prol da defesa da verdade.
Aqueles que estão encarregados da pregação do evangelho devem se esforçar
para serem achados fiéis na transmissão exata da sã doutrina, tal como se
encontra revelada na Bíblia, porque isto fará com que haja a aprovação de Deus
do trabalho que realizam a Seu serviço.
Deus permite as oposições e que o erro doutrinário provindos do inferno
ataquem a verdade, para que possa receber glória e honra no testemunho corajoso
dos Seus filhos, na defesa da verdade bíblica.
Nós não podemos deixar de observar na parte final deste capítulo (v. 18 a
22), que é mencionado o cuidado que os judeus tiveram de fazer tudo conforme o
que estava prescrito na Lei de Moisés, e que na dedicação do templo, que haviam
acabado de construir e na celebração da Páscoa, os sacerdotes e levitas se
tinham purificado como se fossem um só homem, e todos estavam limpos
cerimonialmente, conforme exigido pela Lei de Deus, para poderem oficiar o
culto sagrado no templo.
Ora, isto fala da necessidade de se cumprir integralmente a Palavra do
Senhor, para uma verdadeira santificação e consagração a Ele.
Nós vemos assim que um dos grandes objetivos do diabo é o de adulterar a
Palavra do Senhor, com o fim expresso de impedir uma verdadeira santificação do
povo de Deus, porque toda santificação é operada pelo Espírito Santo, mediante
a instrumentalidade da Palavra de Deus (João 17.17).
É também digno de destaque o fato que é mencionado no verso 21, que
aqueles que celebraram a Páscoa com os judeus eram os que haviam se apartado da
imundícia das nações da terra, para buscarem o Senhor Deus de Israel.
Deste modo, está revelado claramente, que Deus deve ser adorado nos
termos estritos que Ele próprio estabeleceu na Sua Palavra.
O único e verdadeiro Deus é o que Se revelou na Bíblia, e que portanto,
somente pode ser adorado e servido conforme o que tem prescrito na mesma
Bíblia.
“1 Então o rei Dario o decretou, e foi feita uma busca nos arquivos onde
se guardavam os tesouros em Babilônia.
2 E em Ecbatana, a capital, que está na província da Média, se achou um
rolo, e nele estava escrito um memorial, que dizia assim:
3 No primeiro ano do rei Ciro, o rei Ciro baixou um decreto com respeito
à casa de Deus em Jerusalém: Seja edificada a casa, o lugar em que se oferecem
sacrifícios, e sejam os seus fundamentos bem firmes; a sua altura será de
sessenta côvados, e a sua largura de sessenta côvados,
4 com três carreiras de grandes pedras, e uma carreira de madeira nova; e
a despesa se fará do tesouro do rei.
5 Além disso sejam restituídos os utensílios de ouro e de prata da casa
de Deus, que Nabucodonosor tirou do templo em Jerusalém e levou para Babilônia,
e que se tornem a levar para o templo em Jerusalém, cada um para o seu lugar, e
tu os porás na casa de Deus.
6 Agora, pois, Tatenai, governador de além do Rio, Setar-Bozenai, e os
vossos companheiros, os governadores, que estais além do Rio, retirai-vos desse
lugar;
7 deixai de impedir a obra desta casa de Deus; edifiquem o governador dos
judeus e os seus anciãos esta casa de Deus no seu lugar.
8 Além disso, por mim se decreta o que haveis de fazer para com esses
anciãos dos judeus, para a edificação desta casa de Deus, a saber, que da
fazenda do rei, dos tributos da província dalém do Rio, se pague prontamente a
estes homens toda a despesa.
9 Igualmente o que for necessário, como novilhos, carneiros e cordeiros,
para holocaustos ao Deus do céu; também trigo, sal, vinho e azeite, segundo a
palavra dos sacerdotes que estão em Jerusalém, dê-se-lhes isso de dia em dia
sem falta;
10 para que ofereçam sacrifícios de cheiro suave ao Deus do céu, e orem
pela vida do rei e de seus filhos.
11 Também por mim se decreta que a todo homem que alterar este decreto,
se arranque uma viga da sua casa e que ele seja pregado nela; e da sua casa se
faça por isso um monturo.
12 O Deus, pois, que fez habitar ali o seu nome derribe todos os reis e
povos que estenderem a mão para alterar o decreto e para destruir esta casa de
Deus, que está em Jerusalém. Eu, Dario, baixei o decreto. Que com diligência se
execute.
13 Então Tatenai, o governador a oeste do Rio, Setar-Bozenai, e os seus
companheiros executaram com toda a diligência o que mandara o rei Dario.
14 Assim os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando pela profecia
de Ageu o profeta e de Zacarias, filho de Ido. Edificaram e acabaram a casa de
acordo com o mandado do Deus de Israel, e de acordo com o decreto de Ciro, e de
Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia.
15 E acabou-se esta casa no terceiro dia do mês de Adar, no sexto ano do
reinado do rei Dario.
16 E os filhos de Israel, os sacerdotes e os levitas, e o resto dos
filhos do cativeiro fizeram a dedicação desta casa de Deus com alegria.
17 Ofereceram para a dedicação desta casa de Deus cem novilhos, duzentos
carneiros e quatrocentos cordeiros; e como oferta pelo pecado por todo o
Israel, doze bodes, segundo o número das tribos de Israel.
18 E puseram os sacerdotes nas suas divisões e os levitas nas suas
turmas, para o serviço de Deus em Jerusalém, conforme o que está escrito no
livro de Moisés.
19 E os que vieram do cativeiro celebraram a páscoa no dia catorze do
primeiro mês.
20 Pois os sacerdotes e levitas se tinham purificado como se fossem um só
homem; todos estavam limpos. E imolaram o cordeiro da páscoa para todos os
filhos do cativeiro, e para seus irmãos, os sacerdotes, e para si mesmos.
21 Assim comeram a páscoa os filhos de Israel que tinham voltado do
cativeiro, com todos os que, unindo-se a eles, se apartaram da imundícia das
nações da terra para buscarem o Senhor, Deus de Israel;
22 e celebraram a festa dos pães ázimos por sete dias com alegria; porque
o Senhor os tinha alegrado, tendo mudado o coração do rei da Assíria a favor
deles, para lhes fortalecer as mãos na obra da casa de Deus, o Deus de Israel.”
(Ed 6.1-22).
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