quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Deus Nunca Esquecerá de Seus Filhos - Isaías 50


Messias continua falando através de Isaías no 50º capitulo do seu livro, e agora afirma que não era procedente a reclamação de Israel de que havia sido esquecido por Ele.
Ele não lhes havia dado nenhuma carta de divórcio para que fizessem tal afirmação.
E também não lhes apresentou nenhum documento de débito pelo qual se comprovasse que lhes havia vendido para um outro, em troca de dinheiro.
Se algo lhes havia repudiado ou vendido, havia sido a própria maldade deles, mas não o fato de terem sido abandonados pelo Senhor (v. 1).
Foram eles que Lhe haviam rejeitado e não Ele a eles. 
Até hoje ocorre o mesmo.
São os homens que apostatam de Deus e que Lhe viram as costas e não o Senhor a Eles.
São sempre os homens que tomam esta iniciativa, e nunca o Senhor.
Porque seria contraditório para o ministério de quem veio buscar e salvar quem havia se perdido, e para tornar amigos de Deus, aqueles que eram Seus inimigos. 
 Tão verdadeiro é o argumento que Jesus apresentou para responder a ingratidão de Israel, que Ele o reforçou no verso 2 com outras perguntas na forma de arrazoamento para nos convencer da verdade que somos sempre nós que o deixamos primeiro, quando interrompemos a nossa comunhão com Ele, por causa dos nossos pecados, ou por motivo de não desejarmos confessar nossas faltas e voltarmos para Ele, para obedecermos à Sua vontade.   
Mesmo quando o Senhor fala pelo Espírito, diretamente, ou pela boca dos Seus ministros, convocando as pessoas a se reconciliarem com Deus, não raro, o Seu clamor não é atendido.
De quem é então a culpa pelo afastamento? Do Senhor?
Ele continua argumentando no verso 2 que tem prazer em salvar e que Seu braço nunca se recolherá para que não possa remir.
E nunca lhe faltará poder para livrar do mal.
Então a consequência de falta de atendimento à convocação à reconciliação, o resultado é principalmente morte espiritual, que é a condição de espírito resultante da falta de comunhão com Deus, e por isso o Senhor afirma no final do verso 2 e no verso 3 o seguinte:
“Eis que com a minha repreensão faço secar o mar, e torno os rios em deserto; cheiram mal os seus peixes, pois não há água, e morrem de sede: 3 Eu visto os céus de negridão, e lhes ponho pano de saco por sua cobertura.”.
Os que buscam o Senhor Jesus sempre receberão dEle palavras boas para instrução e para edificação e consolação porque não fala por Si mesmo, mas pelo Pai (v. 4).
E demonstrou isto fartamente em Seu  ministério terreno.
O Pai Lhe sustentou na angústia, especialmente nos momentos que acompanharam a Sua morte, de modo que não recuou, ao contrário, se ofereceu voluntariamente para ser ferido em suas costas com as chibatadas que recebeu dos soldados romanos, e para que sua barba fosse arrancada e  não se envergonhou e não deixou de contemplar corajosamente os rostos daqueles que lhe cuspiam na face (v. 6).
O Pai lhe amparou naquela hora difícil e por isso não se sentiu confundido, e pôde assim fazer o seu rosto como uma rocha inabalável, porque sabia que não seria envergonhado, antes glorificado e engrandecido pela Sua aflição e morte (v. 7).
Não foram os homens os seu juízes naquela hora, porque a Sua morte foi injusta da parte dos homens, mas justa aos olhos de Deus, não propriamente por ter cometido alguma transgressão, ou por ter algum pecado, mas porque carregou os nossos pecados sobre Si, e era a ofensa dos nossos pecados que estava sendo visitada pelo juízo de Deus naquela hora de terrível angústia e dor, que o Senhor suportou por nós e em nosso lugar.   
Foi o Pai que fez com que Ele fosse feito pecado por nós, para que pudéssemos ser feitos justiça para Deus.
Quem quiser contestar esta justiça divina deve se apresentar ao próprio Cristo para que juntos sejam julgados por Deus.
Afinal foi justo o que o Pai fez por nós pelo Filho?
O Filho afirma que Ele foi justificado pelo Pai em tudo o que fez (v. 8).
Quem é então o homem para contender com Deus e para contestar tal obra, se apresentado como adversário de Cristo?
Se é o Pai que justifica o Filho, então aqueles que foram alvo da obra do Filho em Suas vidas, convertendo-se a Ele, são também justificados por Deus.
Assim quem intentará acusação contra eles?
Quem os condenará?
Os que ousarem fazer isto perecerão e envelhecerão como um vestido e serão consumidos pela traça do pecado, que destrói oculta, silenciosa e progressivamente (v. 9).
Então, aqueles que temem a Deus devem ouvir a voz do Messias.
Os que andam em trevas e que não têm luz devem simplesmente confiar no nome de Jesus e se firmarem, não em suas próprias convicções, mas no seu Deus (v. 10).
Agora, aqueles que não atenderem tal convocação e continuarem se cingindo com o fogo do inferno, permanecerão andando em tais labaredas de tormento e serão atormentados para sempre pelo Senhor na morte espiritual eterna (v. 11).
Porque o evangelho, é aroma de vida para a vida nos que se salvam, e cheiro de morte para a morte nos que se perdem, conforme dizer do apóstolo Paulo.


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