quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Amor Previne do Mal - Oseias 11


Ao contemplar qualquer pessoa, o Senhor não considera apenas o presente, mas tem em memória tudo o que é relativo a tal pessoa, desde o ventre, porque é Deus onisciente, e que nada esquece.
No 11º capítulo de Oseias, o Senhor se lembra de Israel, e como lhe havia amado quando entrou em aliança com ele quando o tirou do cativeiro do Egito.
Como eles se houveram valorosamente nas guerras que empreenderam em Seu nome contra as nações ímpias de Canaã, para entrarem na posse do território que lhes dera por herança.
Eles atendiam às Suas ordens, assim como um filho obedece ao seu pai.
Todavia, logo se desviaram da presença do Senhor, e quanto mais Ele os chamava, mais se afastavam dEle.
Contudo, é impossível que um pai deixe de amar um filho, ainda quando este anda de modo contrário à Sua vontade.
Um filho se esquece do seu pai, mas um pai de verdade jamais se esquecerá do seu filho.
Deus colocou em nós, homens, tais sentimentos, porque queria que entendêssemos quais são seus sentimentos em relação a nós, como Pai.
Ele nos gerou como suas criaturas, e espera que vivamos como seus filhos.
Com que pesar, por causa do atributo perfeito da Sua justiça, teria que corrigir tão duramente a Efraim, Seu filho.
Mas o faria sem esquecer do Seu amor e misericórdia para com ele, e sem deixar de trazer em lembrança o quanto havia amado Efraim, desde o tempo do Egito.
Israel havia abandonado o lar paterno e foi buscar abrigo na casa de um péssimo padrasto, a saber, Baal (Os 11.2). 
Mas quem havia ensinado Israel a andar, e quem o havia formado foi o Senhor e não Baal.
Não foi Baal que havia carregado em seus braços e curado suas feridas, mas o Senhor, contudo eles não atinaram com isto (v. 3).
O Senhor se inclinava para lhes dar de comer, e lhes falou e tratou com palavras humanas, se amoldando à humanidade deles, para que não fossem subjugados pelo peso da glória da Sua divindade, e foi para com Israel como quem alivia o jugo (v. 4).
Mas Israel era dado a se desviar do Senhor, e quando era chamado a se elevar pensando nas coisas do alto, ninguém o fazia (v. 7).
Por isso seriam consumidos à espada por causa dos seus caprichos.
Contudo, isto não seria motivo de nenhum prazer para o Senhor, mas de grande tristeza para o Seu coração de Pai, que sempre sofre ao ter que corrigir os seus filhos.
Se aquela geração não fosse corrigida por tais meios dolorosos, não haveria arrependimento, e todas as gerações seguintes ficariam entregues à ruína.
Então a correção viria como forma preventiva para preservar Israel, e não para destruí-lo.
Por isso o Senhor não deixaria e entregaria Efraim, a tribo que descendera de José, como se fosse  uma nação qualquer, porque Seu coração se comovia dentro de Si, e as Suas misericórdias estavam acendendo naquela hora triste (v. 8).
O Senhor não destruiria totalmente Efraim, por causa da Sua misericórdia e do Seu amor por ele.
Então, faria como faz o leão para juntar os leõezinhos.
Ele bramaria e eles voltariam a Ele, ainda que tremendo, por causa do temor dos Seus juízos, porque se afastaram por causa da sua rebeldia.
Eles voltariam voando como pássaros e como pombas das terras para onde seriam espalhados em cativeiro, e o Senhor faria com que habitassem em suas próprias casas.
Muitos foram os enganos e mentiras de Israel para com o Senhor, mas ainda assim usaria desta misericórdia para com eles,  para aqueles que dentre eles, se voltariam para Ele, quando os chamasse.
 Judá permaneceria em sua própria terra, porque ainda andava em fidelidade para com Deus, e o mesmo teria sucedido a Efraim, caso tivesse agido de igual forma.


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