quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

De Graça Recebestes De Graça Dai – II Reis 5



Os dons de Deus não podem ser comprados pelo homem.
A Sua graça não pode ser vendida pelos Seus ministros, porque eles têm recebido de graça da parte do Senhor os dons com os quais devem servir aos homens.
O que foi recebido pela graça deve ser ministrado pela mesma graça.
É basicamente este ensino que nos é dado  em quase tudo o que é narrado no quinto capítulo de II Reis.
Não é dito qual era o rei de Israel na época em que Naamã foi curado da sua lepra, e não podemos fazer qualquer afirmação neste sentido, porque o ministério de Eliseu foi extenso e durou cerca de cinquenta anos, abrangendo os reinados de Jorão, Jeú e Jeoacaz, e nenhum destes reis andou nos caminhos do Senhor, de modo que não ficassem sujeitados ao juízo determinado do Senhor de entregá-los nas mãos da Síria, por causa do pecado de Israel, que nunca se desviou do pecado de adoração dos bezerros de ouro, que havia sido introduzido por Jeroboão, desde a inauguração do Reino do Norte.
E nós vemos no primeiro versículo deste 5º capítulo, que fora pela graça de Deus, que Naamã, general da Síria, obteve vitória sobre o próprio povo de Israel, em razão de ter sido o instrumento escolhido do Senhor para castigar o pecado do Seu povo.
Na expressão que lemos no referido verso: “porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios”, a palavra usada para livramento no original hebraico é teshuah, que significa vitória, livramento, socorro, salvação. 
Sendo ele general do exército da Síria veio a obter com isto a reputação de ser um grande homem diante do seu rei, e era muito respeitado por todos.
Apesar de ser leproso o Senhor fizera dele um valente na guerra (v 1b).
E do verso 2 nós depreendemos que havia sido feito por Naamã mais do que uma investida sobre o território de Israel, e alguns israelitas haviam sido tomados como escravos, e dentre estes Naamã colocou uma jovem israelita a serviço de sua esposa.
A preocupação desta jovem com a saúde de Naamã dá testemunho do tratamento humano e bondoso que ela recebia na sua casa, pois não somente se preocupou pelo bem estar dele como disse à sua senhora que se ele procurasse o profeta que estava em Samaria, fazendo referência a Eliseu, certamente seria curado da sua lepra (v. 2, 3).
 Naamã reportou ao rei da Síria todas as palavras da sua serva (v. 4), tendo obtido não apenas permissão do rei para ir a Israel como também se dispôs a escrever uma carta ao rei de Israel (v. 5), na suposição de que ele saberia o que fazer em relação à cura de Naamã.
Os reis de Israel não tinham em alta estima o ministério dos profetas, porque estes protestavam contra os seus pecados, e do povo, mas seria de se esperar o contrário, porque aqueles que falam da parte de Deus para o Seu próprio povo deveriam ser não apenas estimados como também ouvidos e obedecidos, porque profetizam para o bem deles.
Naamã estava tão esperançoso da sua cura, que levou consigo, como forma de demonstrar sua gratidão ao profeta, ao qual esperava ser enviado pelo rei de Israel, dez talentos de prata, e seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa (v. 5).
Quando o rei de Israel leu a carta que lhe enviara o rei da Síria, que dizia: “Logo, em chegando a ti esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra.”, ele rasgou as suas vestes e pensou que ele estava procurando um pretexto para guerrear contra ele.
Ele declarou que não era Deus para que pudesse fazê-lo, mas não havia nenhuma verdadeira humildade e reconhecimento da parte dele nisto, da glória que é devida ao Senhor, porque se tivesse de fato o verdadeiro temor de Deus ele saberia a quem deveria recorrer para que a cura fosse efetuada.
Aquela atitude de rasgar as vestes não estava dando nenhuma honra ao Senhor, senão apenas demonstrando a sua indignação e preocupação de ter que guerrear contra a Síria (v. 6, 7).
Todavia, alguém na corte sabia o que fazer, apesar de o rei ímpio não sabê-lo, e o fato chegou ao conhecimento de Eliseu, e não seria de se estranhar que ele tivesse enviado uma mensagem ao rei de Israel repreendendo-o por ter rasgado as suas vestes, em vez de ter enviado Naamã a ele, para que soubesse que os verdadeiros profetas de Deus viviam em Israel (v. 8).
Iniciamos o comentário deste quinto capítulo afirmando que os dons de Deus são gratuitos mas a concessão deles raramente deixa de colocar à prova a nossa fé.
O Senhor faz com isto, que valorizemos estes dons, que façamos aquilo que muitas vezes contraria a própria natureza, como prova de demonstração da nossa completa confiança nas Suas promessas.
E com Naamã a bênção seguiria a regra da provação da fé, e não a exceção, do recebimento do dom e da misericórdia sem a necessidade do concurso da fé.
O nome do Deus de Israel seria glorificado naquela cura, a ponto de ela vir a ser referida no futuro pelo próprio Jesus, como prova da fé que se espera daqueles que se aproximam de Deus (Lc 4.27).
E não somente a fé de Naamã seria provada, como ele seria curado ao mesmo tempo de uma religiosidade falsa, de orgulho, de presunção e de outras atitudes pecaminosas, quando tivesse que reagir ao método que Eliseu lhe apresentou para ser curado, e o maneira como recepcionou o general sírio, uma vez que este viera ter com Eliseu já com toda uma ideia preconcebida quanto ao modo como seria recebido e curado, e jamais passou pela sua mente a possibilidade de sequer o profeta vir à sua presença, e ainda lhe enviar um mensageiro lhe ordenando que mergulhasse sete vezes no rio Jordão para que fosse purificado da sua lepra e tivesse a restauração dos tecidos que haviam sido consumidos pela enfermidade (v. 9 11).
A fé de Naamã não foi destruída com esta dura prova, mas ela foi detida pela sua perplexidade e indignação.
Questionar os métodos de Deus nunca é bom para a nossa fé.
E de igual modo, o orgulho, a ira e a indignação nos impedem de desfrutar das bênçãos do Senhor.
Mandar um leproso mergulhar num rio, e não apenas uma vez, mas sete, não é um caminho lógico e natural para curar a lepra de alguém, porque a água em vez de ajudar na cura, poderia, naquelas condições, até mesmo agravar a doença pelo amolecimento das feridas.
Por outro lado, Naamã esperava ser recebido como um general, mas na presença dos ministros de Deus, quando estes estão a Seu serviço, todos os homens não são apenas iguais, como aquele que deve ter a precedência da honra é aquele que está ministrando na presença do Senhor, e não aquele que está buscando a bênção de Deus, através dos Seus ministros.
Naamã chegou até mesmo a desprezar por um momento o país que o abençoaria, porque desdenhou das águas do Jordão comparando a inferioridade da qualidade delas às dos rios da Síria.
Ele se deixou levar pela lógica e não pela fé, porque se a cura demandaria um mergulho em um rio, porque não lhe foi pedido que o fizesse em sua própria terra e em águas melhores?
Entretanto, como dissemos antes,  o caminho da fé não é o caminho da lógica.
A vida será sempre dura e difícil para aquele que não se submeter ao caminho estreito, mas não penoso, da obediência que nos é exigida pelo Senhor, para um viver abençoado.
Na verdade há um grande perigo até mesmo de perdição eterna para aqueles que em vez de se submeterem ao caminho de se obter a justiça de Deus, que é pela graça, mediante a fé, acabam nunca alcançando a salvação de suas almas, por tentarem estabelecer o seu próprio caminho ou aquele que receberam por tradição de seus pais, e que seja diferente daquele que é estabelecido pelo Senhor na Sua Palavra.
A luta com Naamã era exatamente esta de abandonar o caminho da cura que ele havia elaborado pela sua própria imaginação para acatar o que estava sendo proposto pelo profeta.
Ele havia inclusive decidido não se submeter à palavra do profeta e retornar à sua terra, quando a Providência usou os próprios servos de Naamã para considerar que nenhuma coisa difícil havia sido pedida a ele.
Era exatamente por não ter sido difícil que ele a estava rejeitando.
Muitos deixam de ser abençoados pelo Senhor porque não admitem que seja realmente tão fácil o caminho que Deus estabeleceu para recebermos coisas tão preciosas infinitas, como a própria salvação das nossas almas, a saber, o único caminho da fé, e realmente da fé somente.
Nada além da fé, porque o que passa da fé naquilo que é pedido por Deus para a nossa justificação e regeneração (novo nascimento) já é desobediência e rebelião.
A nós cumpre somente fazer o que Ele determinou e o resto Ele fará, para honrar a nossa fé naquilo que a Sua boca tem proferido.
Ainda que, como falamos antes, a fé sempre colocará à prova muitas coisas, especialmente o risco que correremos quanto a sermos de alguma forma prejudicados, quer em nossa estima, honra, finanças, reputação etc, se obedecermos aquilo que nos tem sido ordenado por Deus, porque antes que a fé seja exercitada através da obediência, nenhuma certeza visível nos será dada por antecipação de que alcançaremos aquilo que o Senhor nos tem prometido, em caso de obedecermos a Sua Palavra.
É somente quando concluímos o número de passadas que nos foram ordenadas, que a fé alcançará o seu prêmio.
Veja o caso de Naamã, que não poderia ter mergulhado menos do que sete vezes seguidas no Jordão, porque seis vezes, apesar de ser um número muito próximo de sete, não era ainda o cumprimento do que fora ordenado.
É bem provável e quase certo que cada mergulho dado por Naamã não lhe trouxera nenhuma evidência de melhora até que desse o sétimo.
É possível que tenha havido uma grande luta entre a sua mente racional e a obediência da fé, porque não podemos descartar a possibilidade de ter pensado até mesmo que poderia estar sendo zombado e ludibriado à medida que mergulhava e não obtinha qualquer evidência de cura.
Isto pode parecer um método cruel, mas o Senhor sabe muito bem o que cada um de nós precisa para ser curado da lepra da sua incredulidade e orgulho, de modo que venha a andar humilde e obedientemente na Sua presença.       
Tendo sido curado, Naamã voltou à presença de Eliseu e pôs-se diante dele afirmando que agora sabia que o único e verdadeiro Deus era o de Israel (v. 15) e instou que Eliseu recebesse como expressão da sua gratidão todos os presentes que havia trazido consigo da Síria, mas o profeta recusou recebê-los e permaneceu firme na sua decisão, apesar de Naamã ter insistido com ele para que os recebesse (v. 15, 16).
Este testemunho da graça divina manifestado na recusa do profeta de receber algo em troca pela cura, ainda que fosse em forma de gratidão, reforçou em Naamã a certeza que havia somente um Deus verdadeiro, e que as nações que têm muitos deuses na verdade não servem a nenhum Deus.
Ele veio então a fazer uma outra declaração na presença de Eliseu, que atestava a genuidade da sua fé e conversão, porque se dispôs a levar da terra de Israel para a Síria, certamente para construir um altar no qual pudesse oferecer sacrifícios Àquele que  reconheceu como sendo o único que era digno de recebê-los, porque estava determinado a nunca mais oferecer holocausto nem sacrifico a outros deuses, senão somente ao Senhor (v. 17).
Ele foi sincero ainda diante de Eliseu ao dizer-lhe, não para justificar o que teria que continuar fazendo na Síria, mas para que fosse apresentado pelo profeta por ele em intercessão ao Deus de Israel, o fato de ter que acompanhar o rei da Síria, na qualidade de um oficial do reino, e não de um religioso devotado, nas ocasiões oficiais que ele tinha que comparecer ao templo do deus sírio, Rimom.
Ele disse isto para demonstrar que não o faria para honrar o falso deus, pois sabia que só há um único e verdadeiro Deus, a saber, o de Israel, mas faria por conta de sua obrigação de honrar o rei de sua terra.
Assim, Naamã disse a Eliseu que esperava ser perdoado pelo Senhor quanto a este constrangimento ao qual ele estaria obrigado a fazer por conta do seu ofício.
O profeta, em sua sabedoria, não lhe impôs qualquer carga, nenhum tropeço àquele novo convertido, dizendo-lhe apenas “vai em paz”, como a dizer, a paz do Senhor será contigo apesar disto, pois, em sua experiência sabia a quantos constrangimentos muitos servos de Deus estão expostos neste mundo.
Como em toda conversão genuína o diabo nunca se dá por satisfeito, enquanto não conseguir desviar o novo convertido da fé, quer pelos ataques diretos que faz contra eles em relação aos mandamentos de Deus, arrazoando que os que servem ao Senhor não são em nada diferentes dos que são do mundo, que a Bíblia está repleta de erros e daí por diante, há todo um arsenal diabólico para tentar abalar a fé de um novo convertido.
Não admira portanto, que a cobiça de Geazi, o moço de Eliseu, tenha sido estimulada pelo Inimigo com vistas a anular o testemunho da verdade que há em Deus por tudo o que havia sido testemunhado pelo profeta.
Cremos que o próprio Eliseu deve ter-se comunicado posteriormente com Naamã, ou de algum outro modo, o próprio Deus tomou providências para desfazer a farsa de Geazi, de forma que o testemunho não fosse anulado.
Por isso dizemos que nós cremos que Naamã veio a ter conhecimento posteriormente que Geazi ficara leproso, e que fora dito por Deus pelo Seu profeta, que aquela lepra de Geazi era a mesma que estava em Naamã, e que não estaria somente nele mas em toda a sua descendência, de modo que o testemunho do profeta permaneceria verdadeiro, pelo fato de ter dito a Naamã que não receberia nenhum dos seus presentes porque esta era a vontade de Deus naquele caso.
Geazi mentiu em nome do próprio Eliseu, dizendo que por força das circunstâncias de uma visita inesperada havia pedido a Naamã uma parte daqueles presentes que havia trazido com ele.
Ele somente não pediu tudo, provavelmente, para não levantar qualquer tipo de desconfiança no general sírio.
Mas cobiçando herdar um dinheiro que o próprio Deus havia recusado, porque estava em jogo um bem muito mais precioso que era a alma do próprio Naamã, Geazi acabou herdando a lepra de Naamã e é bem possível que tenha ficado até mesmo sem os bens, porque certamente Eliseu deve ter determinado que tudo fosse devolvido ao seu legítimo dono. 
Geazi cometeu o mesmo pecado de Ananias e Safira, que foi o de mentir em assuntos envolvendo o nome de Deus, para obter vantagem pessoal, escondendo a sua própria cobiça, e achou com isto um juízo de morte.




“1 Ora, Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor, e de muito respeito, porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios; era homem valente, porém leproso.
2 Os sírios, numa das suas investidas, haviam levado presa, da terra de Israel, uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã.
3 Disse ela a sua senhora: Oxalá que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria! Pois este o curaria da sua lepra.
4 Então Naamã foi notificar a seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel.
5 Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. Foi, pois, e levou consigo dez talentos de prata, e seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa.
6 Também levou ao rei de Israel a carta, que dizia: Logo, em chegando a ti esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra.
7 Tendo o rei de Israel lido a carta, rasgou as suas vestes, e disse: Sou eu Deus, que possa matar e vivificar, para que este envie a mim um homem a fim de que eu o cure da sua lepra? Notai, peço-vos, e vede como ele anda buscando ocasião contra mim.
8 Quando Eliseu, o homem de Deus, ouviu que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir ter comigo, e saberá que há profeta em Israel.
9 Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com o seu carro, e parou à porta da casa de Eliseu.
10 Então este lhe mandou um mensageiro, a dizer-lhe: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne tornará a ti, e ficarás purificado.
11 Naamã, porém, indignado, retirou-se, dizendo: Eis que pensava eu: Certamente ele sairá a ter comigo, pôr-se-á em pé, invocará o nome do Senhor seu Deus, passará a sua mão sobre o lugar, e curará o leproso.
12 Não são, porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? não poderia eu lavar-me neles, e ficar purificado? Assim se voltou e se retirou com indignação.
13 Os seus servos, porém, chegaram-se a ele e lhe falaram, dizendo: Meu pai, se o profeta te houvesse indicado alguma coisa difícil, porventura não a terias cumprido? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado.
14 Desceu ele, pois, e mergulhou-se no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne dum menino, e ficou purificado.
15 Então voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; chegando, pôs-se diante dele, e disse: Eis que agora sei que em toda a terra não há Deus senão em Israel; agora, pois, peço-te que do teu servo recebas um presente.
16 Ele, porém, respondeu: Vive o Senhor, em cuja presença estou, que não o receberei. Naamã instou com ele para que o tomasse; mas ele recusou.
17 Ao que disse Naamã: Seja assim; contudo dê-se a este teu servo terra que baste para carregar duas mulas; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor.
18 Nisto perdoe o Senhor ao teu servo: Quando meu amo entrar na casa de Rimom para ali adorar, e ele se apoiar na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom; quando assim me encurvar na casa de Rimom, nisto perdoe o Senhor ao teu servo.
19 Eliseu lhe disse: Vai em paz.
20 Quando Naamã já ia a uma pequena distância, Geazi, moço de Eliseu, o homem de Deus, disse: Eis que meu senhor poupou a este sírio Naamã, não recebendo da mão dele coisa alguma do que trazia; vive o Senhor, que hei de correr atrás dele, e receber dele alguma coisa.
21 Foi pois, Geazi em alcance de Naamã. Este, vendo que alguém corria atrás dele, saltou do carro a encontrá-lo, e perguntou: Vai tudo bem?
22 Respondeu ele: Tudo vai bem. Meu senhor me enviou a dizer-te: Eis que agora mesmo vieram a mim dois mancebos dos filhos dos profetas da região montanhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas mudas de roupa.
23 Disse Naamã: Sê servido de tomar dois talentos. E instou com ele, e amarrou dois talentos de prata em dois sacos, com duas mudas de roupa, e pô-los sobre dois dos seus moços, os quais os levaram adiante de Geazi.
24 Tendo ele chegado ao outeiro, tomou-os das mãos deles e os depositou na casa; e despediu aqueles homens, e eles se foram.
25 Mas ele entrou e pôs-se diante de seu amo. Então lhe perguntou Eliseu: Donde vens, Geazi? Respondeu ele: Teu servo não foi a parte alguma.
26 Eliseu porém, lhe disse: Porventura não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou do seu carro ao teu encontro? Era isto ocasião para receberes prata e roupa, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas?
27 Portanto a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então Geazi saiu da presença dele leproso, branco como a neve.” (II Rs 5.1-27).

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