terça-feira, 20 de novembro de 2012

Erigindo o Tabernáculo Êxodo 38 a 40


Erigindo o Tabernáculo

Em Êxodo 38 há a repetição da descrição do altar do holocausto e do átrio, citados no capítulo 27, e da bacia de bronze, citada no capítulo 30.
E na parte final do capítulo (38.21-31) estão enumerados os gastos com os materiais para a construção do tabernáculo.
No verso 8 se destaca que a bacia de bronze foi fabricada com os espelhos de bronze das mulheres que se reuniam para ministrar à porta da tenda da congregação.
Estas mulheres haviam consagrado suas vidas a Deus, e foi algo muito natural para elas lhe consagrarem seus objetos, que usavam para cuidar da sua beleza, porque a verdadeira beleza interior delas não necessitava de espelho para ser vista.   

O capítulo 39 de Êxodo registra o acabamento do trabalho de construção do tabernáculo, e as últimas coisas preparadas foram as vestes dos sacerdotes, que são também descritas no capitulo 28. 
Estas vestimentas não eram confortáveis para passeio ou descanso, mas eram caracteristicamente roupas de serviço para realizar a obra de Deus.
Os sacerdotes, assim como Cristo deveriam se empenhar em servir e não em serem servidos.
Eles foram chamados por Deus para principalmente fazerem expiação do pecado do povo, e então seria para o benefício deles, e não para o próprio benefício e interesse que  foram investidos pelo Senhor em tão honrado ofício.

O tabernáculo, por ordem do Senhor, foi erigido exatamente um ano depois que os israelitas tinham celebrado a páscoa no Egito no primeiro dia do mês de Abibe, daquele que havia sido determinado por Deus como o primeiro ano a ser contado da história de Israel.
Assim, passado um ano, no primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, o tabernáculo foi levantado nas cercanias do monte Sinai, conforme registro de Êxodo 40. 
Deus quis marcar o começo de um novo ano, com uma nova vida que estaria associada à consagração do tabernáculo.
A designação de tenda da revelação é uma referência ao tabernáculo propriamente dito, isto é, ao ambiente coberto que continha o Lugar Santo e o Santo dos Santos.
O átrio que circundava a tenda era cercado por cortinas e ficava numa área descoberta.
O candelabro ficava no lado sul do Lugar Santo, e a mesa dos pães ficava no lado oposto, ao norte, e o altar do incenso defronte ao véu.
E tanto a entrada da tenda quanto do átrio ficavam voltadas para o leste.    
A parte final deste capítulo registra que quando o tabernáculo acabou de ser levantado, então uma nuvem cobriu a tenda da revelação, veja bem, não todo o átrio, mas a parte coberta onde estava o Lugar Santo e o Santo dos Santos, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo; de forma que Moisés não podia entrar na tenda da revelação, porquanto a nuvem repousava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.
Isto não somente indicava a presença de Deus entre o povo, como também indicava a obediência que Lhe era devida, porque quando a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, os israelitas tinham que se colocar em marcha seguindo  a direção que a nuvem lhes apontava. E se a nuvem, porém, não se levantasse, eles não caminhavam até o dia em que ela se levantasse.
E se durante o dia havia esta nuvem da parte do Senhor sobre o tabernáculo, durante a noite havia sobre ele uma coluna de fogo.
Não se deve pensar que Deus estava somente na nuvem, ou no Santo dos Santos, especialmente quando falava com Moisés.
Ele habitava nos corações que pelo arrependimento e pela fé, Lhe haviam consagrado um altar, assim como em Moisés, Josué e tantos outros.
A glória na nuvem, na coluna de fogo, no interior da tenda, era um sinal não para os cristãos, porque estes não devem andar por vista, e sim por fé, mas um sinal especialmente para os incrédulos de modo a convencê-los, naquela antiga aliança que foi feita com todos os israelitas, que Deus estava de fato no meio deles, e que, portanto, deveriam em consequência temê-lo e guardar os Seus mandamentos.
E tal era a intensidade do brilho da glória de Deus no interior do tabernáculo, que Moisés não podia entrar na tenda, porque não suportaria a intensidade do brilho do shekiná do Senhor.
Moisés não pôde entrar enquanto a glória de Deus enchia o tabernáculo, mas Jesus, em quem reside a plenitude da divindade, entrou no Santo dos Santos celestial, onde está a plenitude da glória de Deus obtendo uma eterna redenção. 

Baseado em Êxodo 38 a 40

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