quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O Maior de Todos os Profetas – Deuteronômio 18



O capítulo 18º de Deuteronômio é introduzido com a ordem de que os sacerdotes e todos os levitas não se envolvessem com os negócios desta vida, nem se empenhassem em serem ricos segundo o mundo, senão do Senhor e da Sua graça.
Eles deveriam viver das ofertas que lhes eram devidas pelo restante do povo, segundo determinado e prescrito pela lei.
Este modo de vida é designado somente para aqueles que têm sido chamados pelo Senhor a viverem de tal forma no exercício integral do ministério.
São reafirmadas também neste capítulo as severas proibições de todo tipo de idolatria e especialmente a prática abominável de oferecer os filhos como sacrifício a Moloque, um ídolo que representava o sol, e que sendo feito de metal ficava incandescente com o fogo que se acendia nele, para que as crianças que fossem colocadas em seus braços fossem inteiramente consumidas pelo fogo.
Outras práticas malignas foram expressamente proibidas, pois todas são feitas por inspiração e atuação de espíritos malignos, tais como as citadas nos versículos 10 e 11.
Satanás e os demônios foram expulsos do céu e são grandes inimigos de Deus, e assim todos aqueles que se associam às obras deles são, por conseguinte, inimigos do Senhor.
É o próprio Deus que ordena que se tenha plena confiança na Sua providência, e que nos sujeitemos à Sua vontade soberana, sendo pacientes na tribulação, e que nos regozijemos nEle com contentamento, em toda e qualquer circunstância, mediante a graça que Ele supre aos que O temem.
Esta é a Sua vontade para todos aqueles que fazem parte do Seu povo e que, por conseguinte, devem viver como seus amigos, sendo-Lhe leais e fiéis em tudo, e em todas as circunstâncias.
Ele jamais justificará por maior que seja, a aflição ou angústia de espírito, que algum de seus filhos esteja experimentando, se ele se voltar para os Seus arqui inimigos espirituais a fim de buscarem resposta e solução para os seus problemas, pois é através destas aflições e dificuldades que a fidelidade e o amor deles ao Senhor são colocados à prova.
  Estas práticas abomináveis tinham sido a causa da ruína dos cananeus, pelas destruições divinas determinadas sobre eles, para exemplo de que não somente Satanás e os demônios serão condenados à destruição eterna no inferno, como também todos os seus seguidores.
A graça de Deus não pode ser obtida das mãos do diabo e dos seus demônios.
A Sua vontade não pode ser conhecida entre os falsos profetas, que não amam e praticam a Sua Palavra, e que nunca foram enviados por Ele.
Não será entre adivinhos, encantadores, quiromantes, necromantes, cartomantes, feiticeiros, falsos profetas, falsos sacerdotes e quaisquer pessoas que se dizem agentes a serviço do céu para beneficiar os homens, e que na verdade, não são, que se achará a vontade, a graça, a verdade e o  favor de Deus, senão na revelação, que estava fazendo através de Moisés, e que estava sendo registrada por Ele, nos cinco primeiros livros da Bíblia (Pentateuco), nos profetas que ainda seriam levantados em Israel, e cuja autenticidade ministerial seria atestada pelo cumprimento das profecias que falariam da parte do Senhor (demais livros do Antigo Testamento), e especialmente por meio de Jesus que é o Profeta e Mediador do qual Deus havia falado a Moisés que revelaria toda a Sua vontade para o Seu povo (Deut 18.15 a 19).
Quando os israelitas ouviram a voz de Deus do meio do fogo, quando estava proferindo a eles os dez mandamentos, a partir do cume do monte Sinai, eles pediram a Moisés que fosse Mediador entre eles e Deus, de modo que ouviriam e cumpririam tudo o que Deus dissesse a Moisés como a Sua vontade para eles.
Foi comentando esta afirmação deles que Deus disse a Moisés o que lemos no verso 17:
“Falaram bem naquilo que disseram.”
Isto foi dito porque seria através de um Mediador que Ele se revelaria a Seu povo, assim como toda a Sua vontade.
Isto seria feito através de Jesus, conforme revelou a Moisés nos versos seguintes (18 e19).
Deste modo, toda a profecia que fosse proferida em Israel deveria ser avaliada segundo o critério de se verificar a sua procedência (se verdadeiramente do Senhor) e a sua veracidade, por estar relacionada a um fiel cumprimento do que foi profetizado e por estar em perfeita consonância com a vontade de Deus, revelada em Sua Palavra.
Na verdade, os versículos finais deste capítulo, quanto à identificação dos verdadeiros profetas de Deus, estão relacionados ao Grande Profeta, que é Cristo, que se levantaria do meio dos israelitas no futuro.
Esta promessa feita a Moisés era em si mesma uma grande profecia, pois afirma que Jesus seria um israelita.
Se Jesus tivesse nascido em outra nação, diferente de Israel, seria para se duvidar que era o Cristo, porque a profecia diz que o Messias nasceria em Israel, já a partir desta profecia dada a Moisés.              
Jesus é o Profeta por excelência, porque foi por causa dEle e para falar a respeito dEle que foram levantados todos os demais profetas.
Desta forma, Ele não é um Profeta entre os profetas, mas o Profeta dos profetas, assim como é o Rei dos reis, e o Senhor dos senhores.
Deste modo, o profeta de Deus não é um mero prognosticador de eventos futuros, ele é alguém que deve falar da parte de Deus, relativamente à Sua vontade para o Seu povo, de modo que este ande nos Seus caminhos.
Um bom profeta é aquele que conduz o povo a andar segundo a vontade do Senhor.
Por conseguinte, todo aquele que se levantasse em Israel e falasse em nome dEle aquilo que Ele não havia falado, especialmente por não estar em conformidade com a Sua vontade revelada na Sua Palavra, tal profeta deveria ser morto, sobretudo aqueles que falassem em nome de outros deuses (v. 20).
Desta forma, o Grande Profeta que é Cristo, instituiu uma Nova Aliança, com o perdão dos pecados dos que se arrependem e crêem no Seu nome, e ao falar da parte de Deus aos homens, confirmou a Lei de Moisés, não a revogando, porque a natureza terrena é de tal forma corrompida e avessa à vontade de Deus, que Ele nos deu o registro da Sua Palavra como testemunho a todos e em todas as gerações, do modo como devem viver os Seus filhos.
Todos os que rejeitarem a Cristo e as palavras que Ele nos tem ordenado da parte do Pai, prestarão contas em juízo da Sua desobediência, conforme afirmado neste texto de Deuteronômio.
Os próprios cristãos bem farão em não andarem segundo os ditames do mundo, mas segundo os mandamentos de Jesus, porque Ele tem definido os que são seus amigos e os que lhe amam, como sendo apenas aqueles que cumprem os Seus mandamentos.
Quão dura coisa é andar em inimizade com Jesus, por não cumprir os Seus mandamentos, ainda que tenhamos sido salvos da ira futura, por tê-lo como Salvador, mas importa conhecê-lo não apenas como Salvador, mas, sobretudo como Senhor, pois foi para isto que fomos salvos.
“Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.” (Jo 15.14).
“E por que me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos digo?” (Lc 6.46).
“E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.” (Tg 1.22).
Vivemos numa época de rebeliões declaradas aos mandamentos do Senhor, e no meio do próprio povo de Deus encontraremos muitas pessoas que não estarão dispostas a abandonarem suas próprias convicções pecaminosas, para se renderem à vontade de Deus.



“1 Os levitas sacerdotes, e toda a tribo de Levi, não terão parte nem herança com Israel. Comerão das ofertas queimadas do Senhor e da herança dele.
2 Não terão herança no meio de seus irmãos; o Senhor é a sua herança, como lhes tem dito.
3 Este, pois, será o direito dos sacerdotes, a receber do povo, dos que oferecerem sacrifícios de boi ou de ovelha: o ofertante dará ao sacerdote a espádua, as queixadas e o bucho.
4 Ao sacerdote darás as primícias do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e as primícias da tosquia das tuas ovelhas.
5 Porque o Senhor teu Deus o escolheu dentre todas as tribos, para assistir e ministrar em nome do Senhor, ele e seus filhos, para sempre.
6 Se um levita, saindo de alguma das tuas cidades de todo o Israel em que ele estiver habitando, vier com todo o desejo da sua alma ao lugar que o Senhor escolher,
7 e ministrar em nome do Senhor seu Deus, como o fazem todos os seus irmãos, os levitas, que assistem ali perante o Senhor,
8 comerá porção igual à deles, fora a das vendas do seu patrimônio.
9 Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos.
10 Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro,
11 nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos;
12 pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.
13 Perfeito serás para com o Senhor teu Deus.
14 Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém, quanto a ti, o Senhor teu Deus não te permitiu tal coisa.
15 O Senhor teu Deus te suscitará do meio de ti, dentre teus irmãos, um profeta semelhante a mim; a ele ouvirás;
16 conforme tudo o que pediste ao Senhor teu Deus em Horebe, no dia da assembleia, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra.
17 Então o Senhor me disse: Falaram bem naquilo que disseram.
18 Do meio de seus irmãos lhes suscitarei um profeta semelhante a ti; e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.
19 E de qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu exigirei contas.
20 Mas o profeta que tiver a presunção de falar em meu nome alguma palavra que eu não tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá.
21 E, se disseres no teu coração: Como conheceremos qual seja a palavra que o Senhor falou?
22 Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás.“ (Dt 18.1-22).


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