quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Os Juízos do Velho Testamento Para a Idolatria – Deuteronômio 13



No início do capítulo 13º de Deuteronômio é reafirmada a palavra do dever de adoração exclusiva de Deus, pelo modo ordenado na Sua Palavra.
Quem falasse em nome de seus deuses, alegando ter recebido mensagens proféticas ou sonhos destes deuses, que fossem confirmados por meio da realização de sinais e prodígios, que acontecessem segundo eles haviam prognosticado, e que protestassem com isso que fossem seguidos pelos israelitas na adoração daqueles deuses, em razão dos sinais e prodígios que realizaram, de modo nenhum deveriam ser obedecidos, e ao contrário, o mandado do Senhor é que eles fossem mortos (Deut 13.1-5).
Moisés alertou o povo (v. 3) que estas coisas sucederiam por permissão de Deus, para provar a fidelidade dos israelitas a Ele, para que ficasse manifesto que eles estavam apegados a Ele de todo o coração e alma.
Realização de sinais e prodígios, ainda que em nome de Deus, sem que se dê o devido apreço e obediência à Sua Palavra, não tem qualquer valor diante dEle, como também é uma provocação direta da Sua ira, como o apóstolo Paulo se refere em Gl 1.8:
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.”
Ainda em II Tes 2.9: “a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira,”
Nem mesmo razões sentimentais e fidelidade a laços de família e amizade seria um motivo aprovado para se abandonar o Senhor para se adorar outros deuses, porque até mesmo se irmãos, ou filhos, ou esposos, ou amigos tentassem desviar alguém da Sua fidelidade a Deus, os tais deveriam ser mortos por apedrejamento (v. 6-11).
Este rigor da Lei, ilustrava naquela Antiga Dispensação, que a desobediência à Palavra do Senhor, sujeita a uma condenação de morte espiritual eterna, que é muito mais rigorosa e dolorosa que a morte física.  
Até mesmo todos os moradores de uma das cidades de Israel que viessem a se desviar após outros deuses, deveriam ser mortos e a sua cidade deveria ser totalmente destruída, considerando-se todo o seu despojo como anátema, que deveria ser queimado, e nada daquela cidade deveria ser tomado pelos demais israelitas, de modo a desviar deles o ardor da ira de Deus, que tendo misericórdia e piedade deles, pelo pecado cometido pelos seus irmãos, não destruísse toda a nação, de modo que eles poderiam continuar se multiplicando na terra que lhes dera por herança (v. 12-18).
Foi também proibido que aquela cidade fosse reedificada, de modo a servir de testemunho e memorial a todas as gerações, a razão do juízo que o Senhor trouxera sobre aquela cidade, de modo que não se repetisse tal iniquidade em Israel.
No caso de uma cidade que se revoltasse contra o Deus de Israel, servindo a outros deuses, o caso deveria ser examinado com todo o cuidado (v. 14) em face da destruição, que estava determinada no caso de confirmação da denúncia.
As provas deveriam ser examinadas e não se agir sobre boatos, de modo que todas as evidências deveriam ser bastante claras.
Em processos judiciais se requer que se gaste tempo, para se descobrir a verdade, sem paixão, preconceito ou parcialidade.
  


“1 Se levantar no meio de vós profeta, ou sonhador de sonhos, e vos anunciar um sinal ou prodígio,
2 e suceder o sinal ou prodígio de que vos houver falado, e ele disser: Vamos após outros deuses que nunca conhecestes, e sirvamo-los,
3 não ouvireis as palavras daquele profeta, ou daquele sonhador; porquanto o Senhor vosso Deus vos está provando, para saber se amais o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração e de toda a vossa alma.
4 Após o Senhor vosso Deus andareis, e a ele temereis; os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis; a ele servireis, e a ele vos apegareis.
5 E aquele profeta, ou aquele sonhador, morrerá, pois falou rebeldia contra o Senhor vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos desviar do caminho em que o Senhor vosso Deus vos ordenou que andásseis; assim exterminareis o mal do meio vós.
6 Quando teu irmão, filho da tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher do teu seio, ou teu amigo que te é como a tua alma, te incitar em segredo, dizendo: Vamos e sirvamos a outros deuses!-deuses que nunca conheceste, nem tu nem teus pais,
7 dentre os deuses dos povos que estão em redor de ti, perto ou longe de ti, desde uma extremidade da terra até a outra-
8 não consentirás com ele, nem o ouvirás, nem o teu olho terá piedade dele, nem o pouparás, nem o esconderás,
9 mas certamente o matarás; a tua mão será a primeira contra ele para o matar, e depois a mão de todo o povo;
10 e o apedrejarás, até que morra, pois procurou apartar-te do Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.
11 Todo o Israel o ouvirá, e temerá, e não se tornará a praticar semelhante iniquidade no meio de ti.
12 Se, a respeito de alguma das tuas cidades que o Senhor teu Deus te dá para ali habitares, ouvires dizer:
13 Uns homens, filhos de Belial, saindo do meio de ti, incitaram os moradores da sua cidade, dizendo: Vamos, e sirvamos a outros deuses!-deuses que nunca conheceste-
14 então inquirirás e investigarás, perguntando com diligência; e se for verdade, se for certo que se fez tal abominação no meio de ti,
15 certamente ferirás ao fio da espada os moradores daquela cidade, destruindo a ela e a tudo o que nela houver, até os animais.
16 E ajuntarás todo o seu despojo no meio da sua praça; e a cidade e todo o seu despojo queimarás totalmente para o Senhor teu Deus, e será montão perpétuo; nunca mais será edificada.
17 Não se te pegará às mãos nada do anátema; para que o Senhor se aparte do ardor da sua ira, e te faça misericórdia, e tenha piedade de ti, e te multiplique; como jurou a teus pais,
18 se ouvires a voz do Senhor teu Deus, para guardares todos os seus mandamentos, que eu hoje te ordeno, para fazeres o que é reto aos olhos do Senhor teu Deus.“ (Dt 13.1-18).

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