No
início do capítulo 13º de Deuteronômio é
reafirmada a palavra do dever de adoração exclusiva de Deus, pelo modo ordenado
na Sua Palavra.
Quem
falasse em nome de seus deuses, alegando ter recebido mensagens proféticas ou
sonhos destes deuses, que fossem confirmados por meio da realização de sinais e
prodígios, que acontecessem segundo eles haviam prognosticado, e que
protestassem com isso que fossem seguidos pelos israelitas na adoração daqueles
deuses, em razão dos sinais e prodígios que realizaram, de modo nenhum deveriam
ser obedecidos, e ao contrário, o mandado do Senhor é que eles fossem mortos (Deut
13.1-5).
Moisés
alertou o povo (v. 3) que estas coisas sucederiam por permissão de Deus, para
provar a fidelidade dos israelitas a Ele,
para que ficasse manifesto que eles estavam apegados a Ele de todo o coração e
alma.
Realização
de sinais e prodígios, ainda que em nome de Deus, sem que se dê o devido apreço
e obediência à Sua Palavra, não tem qualquer valor diante dEle, como também é
uma provocação direta da Sua ira, como o apóstolo Paulo se refere em Gl 1.8:
“Mas,
ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que
já vos pregamos, seja anátema.”
Ainda
em II Tes 2.9: “a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de
Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira,”
Nem
mesmo razões sentimentais e fidelidade a laços de família e amizade seria um
motivo aprovado para se abandonar o Senhor para se adorar outros deuses, porque
até mesmo se irmãos, ou filhos, ou esposos, ou amigos tentassem desviar alguém
da Sua fidelidade a Deus, os tais deveriam ser mortos por apedrejamento (v.
6-11).
Este
rigor da Lei, ilustrava naquela Antiga Dispensação, que a desobediência à
Palavra do Senhor, sujeita a uma condenação de morte espiritual eterna, que é
muito mais rigorosa e dolorosa que a morte física.
Até
mesmo todos os moradores de uma das cidades de Israel que viessem a se desviar
após outros deuses, deveriam ser mortos e a sua cidade deveria ser totalmente
destruída, considerando-se todo o seu despojo como anátema, que deveria ser
queimado, e nada daquela cidade deveria ser tomado pelos demais israelitas, de
modo a desviar deles o ardor da ira de Deus, que tendo misericórdia e piedade
deles, pelo pecado cometido pelos seus irmãos, não destruísse toda a nação, de
modo que eles poderiam continuar se multiplicando na terra que lhes dera por
herança (v. 12-18).
Foi
também proibido que aquela cidade fosse reedificada, de modo a servir de
testemunho e memorial a todas as gerações, a razão do juízo que o Senhor
trouxera sobre aquela cidade, de modo que não se repetisse tal iniquidade
em Israel.
No
caso de uma cidade que se revoltasse contra o Deus de Israel, servindo a outros
deuses, o caso deveria ser examinado com todo o cuidado (v. 14) em face da
destruição, que estava determinada no caso de confirmação da denúncia.
As
provas deveriam ser examinadas e não se agir sobre boatos, de modo que todas as
evidências deveriam ser bastante claras.
Em
processos judiciais se requer que se gaste tempo, para se descobrir a verdade,
sem paixão, preconceito ou parcialidade.
“1 Se
levantar no meio de vós profeta, ou sonhador de sonhos, e vos anunciar um sinal
ou prodígio,
2 e
suceder o sinal ou prodígio de que vos houver falado, e ele disser: Vamos após
outros deuses que nunca conhecestes, e sirvamo-los,
3 não
ouvireis as palavras daquele profeta, ou daquele sonhador; porquanto o Senhor
vosso Deus vos está provando, para saber se amais o Senhor vosso Deus de todo o
vosso coração e de toda a vossa alma.
4
Após o Senhor vosso Deus andareis, e a ele temereis; os seus mandamentos
guardareis, e a sua voz ouvireis; a ele servireis, e a ele vos apegareis.
5 E
aquele profeta, ou aquele sonhador, morrerá, pois falou rebeldia contra o
Senhor vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da
servidão, para vos desviar do caminho em que o Senhor vosso Deus vos ordenou
que andásseis; assim exterminareis o mal do meio vós.
6
Quando teu irmão, filho da tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher do
teu seio, ou teu amigo que te é como a tua alma, te incitar em segredo,
dizendo: Vamos e sirvamos a outros deuses!-deuses que nunca conheceste, nem tu
nem teus pais,
7
dentre os deuses dos povos que estão em redor de ti, perto ou longe de ti,
desde uma extremidade da terra até a outra-
8 não
consentirás com ele, nem o ouvirás, nem o teu olho terá piedade dele, nem o
pouparás, nem o esconderás,
9 mas
certamente o matarás; a tua mão será a primeira contra ele para o matar, e
depois a mão de todo o povo;
10 e
o apedrejarás, até que morra, pois procurou apartar-te do Senhor teu Deus, que
te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.
11
Todo o Israel o ouvirá, e temerá, e não se tornará a praticar semelhante iniquidade
no meio de ti.
12
Se, a respeito de alguma das tuas cidades que o Senhor teu Deus te dá para ali
habitares, ouvires dizer:
13
Uns homens, filhos de Belial, saindo do meio de ti, incitaram os moradores da
sua cidade, dizendo: Vamos, e sirvamos a outros deuses!-deuses que nunca
conheceste-
14
então inquirirás e investigarás, perguntando com diligência; e se for verdade,
se for certo que se fez tal abominação no meio de ti,
15
certamente ferirás ao fio da espada os moradores daquela cidade, destruindo a
ela e a tudo o que nela houver, até os animais.
16 E
ajuntarás todo o seu despojo no meio da sua praça; e a cidade e todo o seu
despojo queimarás totalmente para o Senhor teu Deus, e será montão perpétuo;
nunca mais será edificada.
17
Não se te pegará às mãos nada do anátema; para que o Senhor se aparte do ardor
da sua ira, e te faça misericórdia, e tenha piedade de ti, e te multiplique;
como jurou a teus pais,
18 se
ouvires a voz do Senhor teu Deus, para guardares todos os seus mandamentos, que
eu hoje te ordeno, para fazeres o que é reto aos olhos do Senhor teu Deus.“ (Dt
13.1-18).
Nenhum comentário:
Postar um comentário