terça-feira, 20 de novembro de 2012

A Bênção do Viver Vitorioso é Condicional Êx 15


Assim que viram a poderosa mão de Deus subjugar o exército de faraó no meio do mar, os israelitas compuseram um cântico de louvor, e todos exaltaram os feitos do Senhor com aquele cântico, expressando a sua alegria e gratidão, como se vê no décimo quinto capítulo de Êxodo.
Isto foi expressado pela emoção gerada em suas mentes e espíritos.
Deus mesmo dotou nossa mente e espírito da faculdade da emoção para que possamos expressar toda a nossa alegria e gratidão que são devidas a Ele.
Incitar puro emocionalismo não é uma coisa aprovada, mas dar expressão à emoção que é movida pelos atos poderosos do próprio Deus é na verdade um dever, pois nos é ordenado que em tudo demos graças, e que nos alegremos sempre no Senhor, porque Ele está nos assistindo e guardando vinte e quatro horas por dia, em todos os dias de nossas vidas.
Se isto não fosse verdade, o mal nos destruiria ao bel prazer do diabo, assim como os israelitas teriam sido destruídos pelos egípcios se o Senhor não os livrasse.
Bem-aventurados são aqueles que têm os olhos espirituais abertos para enxergarem esta verdade, de modo que louvam ao Senhor com gratidão e alegria em seus corações, em todo o tempo, pois sabem que tudo está cooperando para o bem deles, ainda que estejam feridos numa prisão, tal como Paulo e Silas estiveram em Filipos, e no entanto, oravam e louvavam ao Senhor.
O povo de Israel estava sendo abençoado pela pura graça do Senhor, que havia elegido aquela nação através da promessa que havia feito aos seus patriarcas, porque mesmo em face de tão grandes livramentos, eles sempre murmuravam contra Moisés, o que na verdade era uma murmuração contra o próprio Deus, toda vez que se lhes deparava qualquer dificuldade.
Agora, enquanto caminhavam no deserto e não tendo achado água potável, senão águas amargas numa localidade que passaram a chamar por isso de Mara, que no hebraico, significa amargo, eles murmuraram contra Moisés.
Todavia, novamente o Senhor fez um milagre provando que estava com eles e cuidando deles, pois ordenou que se lançasse uma árvore naquelas águas e elas se tornaram potáveis.
O Senhor agiu com graça e misericórdia, fazendo-lhes aquele favor imerecido, porque o que mereciam de fato era correção pela sua murmuração e incredulidade.
No entanto, não deixou o fato passar em branco, e aproveitou para revelar que com aquilo estava provando a fé deles, e lhes deu um estatuto e uma ordenança, pois os havia tirado do Egito para servi-lO, e há somente um modo correto de se servir a Deus, a saber, o modo que é determinado por Ele, que se baseia em puro amor e justiça.
Assim, o Senhor lhes ordenou o seguinte:
“Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, sobre ti não enviarei nenhuma das enfermidades que enviei sobre os egípcios; porque eu sou o Senhor que te sara.”.
Este mesmo preceito continua valendo para a igreja de Cristo, apesar de estar na dispensação da graça, porque se a salvação é unicamente pela graça, mediante a fé, uma vida abençoada depende também da obediência do cristão.
Não é possível ter um viver realmente abençoado andando contrariamente à vontade de Deus e transgredindo deliberadamente os Seus mandamentos.
Por isso Jesus diz que bem-aventurados são aqueles que não apenas conhecem a Palavra de Deus, mas os que a cumprem.
Todo aquele que for encontrado se esforçando  para honrar o Senhor, por temê-lo e para agradá-lo, mediante o cumprimento da Sua Palavra, há de ter o rosto amado de Deus voltado para si, mas Ele desviará sempre a Sua face daqueles que praticam males.
Foi exatamente isto que Ele revelou aos israelitas em Mara.
Ele não queria que eles confundissem a Sua longanimidade, misericórdia e graça, com a Sua bênção, porque não lhes havia corrigido e nem castigado pela sua murmuração.
Contudo, ao mesmo tempo, deixou registrado que o fato de ter operado o milagre de purificação das águas, não significava que era indiferente àquela murmuração.   
 Deus é bom e galardoador daqueles que nEle confiam.
Por isso não provaria em todo o tempo a fé dos israelitas, do mesmo modo que não procede em relação a nenhum daqueles a quem ama.
Ele nos prova sob medida, de modo que o nosso espírito não definhe.
É por isso que se registra no final do 15º  capítulo de Êxodo que Ele os havia conduzido a um lugar chamado Elim, um oásis, onde havia nada menos do que doze fontes de água:
“Então vieram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali, junto das águas, acamparam.”.
Assim possa estar a nossa mente bem esclarecida e o nosso entendimento espiritual bem avivado para que possamos conhecer que de fato muito mais são as fontes de água potável que o Senhor tem preparado para nós, do que as águas amargas que encontramos na nossa caminhada neste mundo. 

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