terça-feira, 20 de novembro de 2012

Regulamentação dos Dez Mandamentos – Parte 2 Êx 23


O capítulo 23 de Êxodo continua e conclui a regulamentação dos dez mandamentos, conforme os estatutos civis que Deus deu a Moisés no monte Sinai.
Depois de lhe ter dado estes mandamentos ordenou que descesse do monte e preparasse o povo para celebrar formalmente a aliança com Ele, através do juramento solene de que guardariam todos aqueles mandamentos.
Depois, Moisés voltaria ao monte onde permaneceria por quarenta dias e noites para receber, principalmente as tábuas de pedra escritas por Deus com os dez mandamentos e as instruções relativas à construção do tabernáculo e a regulamentação da forma de culto e serviço que deveria ser realizado nele pelos sacerdotes.
Isto será encontrado a partir do vigésimo quarto capitulo, pois, neste 22º, como dissemos antes, encontramos a conclusão da regulamentação dos dez mandamentos.
Posteriormente, outras leis civis seriam acrescentadas a estas, conforme se vê nos demais livros do Pentateuco.
No versículo segundo nós vemos que a justiça deve prevalecer sobre o interesse da maioria.
E a pobreza não é um argumento consistente para justificar a prática do que é errado (v 3).
No entanto, o pobre não deveria ter o seu direito negado, em razão da sua pobreza (v.6). 
Nos versículos 4 e 5 vemos traços daquele amor aos inimigos, que nos foi ordenado por Jesus.
O ímpio não deveria ser justificado, assim como o inocente e o justo não deveriam ser condenados pelo que não fizeram (v. 7).
Os juízes não deveriam aceitar suborno para não serem influenciados em seus julgamentos, inclinando-se a serem parciais com aqueles que lhes subornassem (v. 8).
Ninguém deveria ser discriminado em Israel, pela sua condição de não ser um israelita (v.9).
Nos versículos 10 e 11 há uma norma para incrementar a produção agrícola, e também para amparar os pobres em suas necessidades de alimento.
Esta é uma lei, dentre muitas outras, que tinham em vista, sobretudo, combater o egoísmo que habita naturalmente no coração dos homens, lhes ensinando a serem sensíveis e generosos para com o seu próximo, sem nada esperarem em troca.
Temos também neste capítulo, dentre outras ordenanças, as relativas à celebração das festas fixas anuais: a dos pães ázimos (páscoa); a festa das primícias (pentecostes), e a festa da colheita no final do ano (tabernáculos).
Estas festas tinham principalmente em vista preservar a unidade de Israel em torno da gratidão ao Senhor, pelo reconhecimento de ser Ele o seu libertador (páscoa/ázimos) e provedor de todas as coisas (primícias e colheita).        
 Deus revelou também a Moisés que o general que iria adiante deles, e que principalmente os levaria à vitória diante dos povos de Canaã, seria o Anjo da aliança, que certamente é uma referência à teofania de Jesus, a quem o apóstolo Paulo se refere como a pedra espiritual que os seguia (I Cor 10.4).
E a profanação da terra da promessa pelos povos que habitavam Canaã havia chegado a um ponto extremo que até seus próprios filhos eram sacrificados por eles aos seus deuses, cujos nomes Deus proibiu aos israelitas até mesmo se referir a eles (v 13); e assim todas as imagens de escultura daqueles deuses bem como os seus adoradores deveriam ser destruídos por Israel, de modo que, quando viessem a habitar em Canaã não se contaminassem com eles, e dessem um testemunho em todo o mundo de serem um povo separado pelo Senhor, para viverem do modo santo e justo que Ele havia designado.
Além disso, seria testemunhada a impotência e falsidade daqueles deuses, assim como o Senhor havia revelado a dos deuses egípcios, de modo que as pessoas abandonassem a sua adoração e o exemplo da perversão das vidas daqueles que os adoravam.
E Moisés diria estas palavras ao povo de Israel antes que o Senhor entrasse em aliança com eles, para que entendessem que o seu compromisso com Deus exigiria todas estas ações.
Mas para encorajá-los, Deus fez também a promessa de que se o servissem do modo que lhes estava exigindo, Ele os abençoaria lhes dando prosperidade de alimentos e água, bem como retiraria do meio deles as enfermidades, e não haveria em Israel mulheres que abortassem ou fossem estéreis, e teriam vida longeva.
E enviaria o Seu terror diante deles, confundindo a todo o povo aonde entrassem, e faria com que seus inimigos lhes voltassem as costas, e expulsaria a todos os seus inimigos da terra prometida, aos poucos, de modo que eles possuíssem a terra por herança (Ex 23.25-31).

Baseado em Êxodo 23

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