No quinto capítulo de 2
Samuel, vemos Davi sendo ungido rei pela terceira vez (v. 3), agora sobre todo
Israel.
Antes, havia sido ungido
por Samuel quando era ainda muito jovem, e depois foi ungido em Hebrom como rei
sobre Judá, e agora, finalmente, dando-se pleno cumprimento à promessa de Deus,
ele é ungido rei sobre todo Israel.
Ele tinha trinta anos
quando começou a reinar (v. 4), mas não se diz, se sobre Judá, ou sobre todo
Israel.
Se o início do seu governo com trinta anos foi
computado a partir do reinado apenas sobre Judá, podemos concluir que Davi
morreu com setenta anos de idade, pois isto se obtêm somando os trinta anos de
idade que tinha na ocasião com os quarenta anos totais de governo.
Mas se esta citação se
refere à data do início do seu governo sobre todo Israel, então deve-se somar
os trinta anos de idade aos trinta e três anos restantes do seu governo, e
neste caso, teria morrido aos sessenta e três anos de idade.
A vida atribulada de Davi
fez com que envelhecesse precocemente.
Não foram os muitos
problemas de estado que o envelheceram de tal modo, a ponto de não poder se
aquecer nos seus últimos dias de vida, senão com o auxílio de uma jovem que foi
designada para isto, chamada Abisague.
Certamente foram os
problemas familiares e as muitas traições e perseguições que ele sofreu, que o
conduziram a tal estado.
Moisés por exemplo morreu
aos cento e vinte anos em pleno vigor, tendo peregrinado no deserto durante os
últimos quarenta anos de sua vida.
Entretanto, ele foi
protegido por um viver fiel em toda a casa de Deus, não tendo por conseguinte
os muitos conflitos de consciência que afligiram Davi, especialmente o de ter
contraído matrimônio com várias mulheres, e de ter tido várias concubinas, e
sobretudo o seu pecado de adultério com Bate-Seba e o assassinato de seu marido
Urias.
Neste sentido Davi também
se tornou um exemplo para muitos do povo de Deus, de modo a não imitarem estas
suas obras que acabaram em se lhe tornando um laço, no qual ele se emaranhou a
si mesmo, e que lhe trouxe muitas angústias e dores, a par de toda a graça que
lhe foi exibida por Deus, em razão do seu caminhar humilde em Sua presença.
Em I Crôn 12.23-40 nós
temos um detalhamento de quantos de Israel vieram ter com Davi em Hebrom, na
ocasião que foi aclamado rei sobre todo Israel, e os três dias que permaneceram
com ele.
Nos versos 6 a 9 é
relatado o modo como Jerusalém foi conquistada por Davi.
Informações adicionais
sobre a conquista de Jerusalém se encontram em I Crôn 11.4-9, e ali se diz que Davi disse que aquele que subisse
primeiro aos jebuseus seria feito chefe do seu exército.
E foi Joabe quem se
dispôs a isto, e foi a partir de então que se tornou general, não apenas sobre
o exército de Judá, mas de todo o exército de Israel.
Os jebuseus eram tão
confiantes na fortaleza da sua cidade de Jebus, cujo nome foi mudado para
Jerusalém, que provavelmente colocavam os cegos e coxos sobre os seus muros
para ridicularizarem aqueles que intentavam tomar a cidade, e talvez foi por
isso que os seus habitantes disseram a Davi que os coxos e os cegos da cidade o
repeliriam, e de Davi ter dito a seus homens que ferissem aos cegos e os coxos
daquela cidade que a sua alma aborrecia.
Depois da tomada de
Jerusalém, em razão disto, passou a ser comum em Israel o ditado que nem cego
nem coxo entrarão na casa.
Tendo conquistado
Jerusalém, Davi se transferiu de Hebrom para lá (v. 9).
E se diz no verso 10 que
“Davi ia-se engrandecendo cada vez mais, porque o Senhor Deus dos exércitos era
com ele.”.
Isto não significa que
todo aquele com o qual for o Senhor Deus dos exércitos será engrandecido por
Ele neste mundo, mas que, no caso específico da grandeza de Davi, a causa dela
era Deus mesmo quem a estava produzindo.
Ele determinara
engrandecer a Davi por amor do Seu nome, como determinara fazer o mesmo no
passado com Abraão, Moisés e Josué, conforme afirmara com Sua própria boca, que
o faria em relação a eles.
Assim engrandece a quem
quer, e abate a quem quer, humilha a quem quer, e exalta a quem quer, e faz o
mesmo em relação à misericórdia e ao endurecimento.
Ele manifesta através
destes atos soberanos que Ele é Senhor sobre tudo e todos, e não é dado ao
homem dirigir o seu próprio destino.
“O Senhor empobrece e enriquece; abate e
também exalta.” (I Sm 2.7).
“Os olhos altivos do
homem serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada, e só o Senhor será
exaltado naquele dia. Pois o Senhor dos exércitos tem um dia contra todo
soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido;” (Is
2.11,12).
“Qualquer, pois, que a si
mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será
exaltado.” (Mt 23.12).
Assim, a glória do reino
de Davi estava sendo acrescentada por Deus, e não era decorrente da sua própria
iniciativa, e uma das grandes provas disto é que o rei Hirão de Tiro se dispôs
a construir um palácio para Davi, enviando-lhe tanto o material de construção
como os artífices (v.11).
Davi reconheceu
sabiamente que era a mão de Deus que estava em tudo isto, conforme se depreende
da palavras do verso 12:
“Entendeu, pois, Davi que
o Senhor o confirmara rei sobre Israel, e que exaltara o reino dele por amor do
seu povo Israel.”.
Saul foi feito rei mas o
seu reinado não foi confirmado por Deus, ao contrário, foi rejeitado, mas Davi
não foi feito somente rei, como também o seu reino foi estabelecido e
confirmado por Deus, e nisto o seu reinado foi um tipo do reinado de Cristo,
conforme se vê no Salmo 89.
Foi por amor do seu povo,
Israel, que Deus engrandeceu o reino de Davi e o confirmou como rei sobre o seu
povo.
Era para o bem do povo e
não para a exclusiva exaltação de Davi.
Ministros são
engrandecidos por amor da Igreja, e não propriamente para que exibam a si
mesmos como troféus de um alegado favor divino que é dado exclusivamente a
eles.
Os talentos que são
recebidos são para serem aplicados no favor de outros em amor.
O que se tem recebido é
para ser dado e não entesourado.
Não é para o próprio bem
exclusivo que somos enriquecidos pela graça, mas para promover o bem de outros.
Foi por isso que Deus
engrandeceu o reino de Davi. Para que Israel pudesse desfrutar das bênçãos do
Senhor sob o Seu reinado.
Assim como a grande
glória do reino de Jesus está em que Ele manifeste toda a bondade e justiça de
Deus em favor dos pecadores penitentes, tanto quanto nos juízos que Ele trará
sobre os perversos e incrédulos, dando-lhes a justa paga pelas suas más
obras.
Davi foi engrandecido
portanto, para ser não somente instrumento da bondade de Deus para com Israel,
como também para manifestar a Sua justiça, julgando o povo segundo a Sua Lei.
Entretanto, o que se diz
logo no verso seguinte (v. 13) não procedia de Deus para o engrandecimento de
Davi, porque Ele não agiria contra a Sua própria determinação de que os reis de
Israel não ajuntassem mulheres para si.
“Davi tomou ainda para si
concubinas e mulheres de Jerusalém, depois que viera de Hebrom; e nasceram a
Davi mais filhos e filhas.” (v.13).
E com estas ele gerou em
Jerusalém mais onze filhos, além dos seis que havia gerado em Hebrom, chegando
a dezessete o número de filhos que tivera, sem contar o que tivera com
Bate-Seba e que havia morrido. No lugar deste foi-lhe dado Salomão, que é
contado dentre os onze que são nomeados nos versos 14 a 16.
Davi havia sido levantado
como rei para derrotar definitivamente os filisteus, e fazer com que Israel
dominasse o território que eles ocupavam, e que foi dado por promessa aos
israelitas juntamente com todas as demais terras de Canaã até o extremo norte do
rio Eufrates.
Então nós temos nos
versos 17 a 25 as circunstâncias e o modo com que se deu tal conquista.
Os filisteus vieram
contra Israel porque souberam que Davi havia conquistado Jerusalém e que havia
sido feito rei sobre todo Israel e não apenas sobre Judá.
E intentaram destruí-lo
antes que se fortalecesse no trono, porque se lhes fizera tantos danos enquanto
vivia Saul, ferindo aos seus dez milhares, sendo apenas um dos seus capitães, o
que não poderia lhes fazer agora como
rei de todo Israel?
Então marcharam em grande
número contra ele e se acamparam perto e defronte de Jerusalém no vale de
Refaim (v. 18). .
Mas Davi não se
precipitou logo sobre eles sem que antes consultasse ao Senhor para saber se
deveria enfrentá-los num combate frontal em campo aberto, tropas contra tropas,
e por motivo de prudência perguntou também ao Senhor se Ele entregaria os
filisteus em suas mãos (v. 19).
Foi somente depois de ter
recebido uma resposta afirmativa da parte de Deus, que Davi subiu para pelejar
contra eles, e os derrotou no lugar que passou a ser chamado Baal-Perazim, que
significa que Baal foi rompido, isto é, as forças que lutavam em seu nome foram
rompidas, pois Davi viu aquela derrota como sendo o resultado do braço forte do
Senhor, que rompeu seus inimigos diante dele como as águas de uma represa
rompem as suas barreiras, depois que é feita uma brecha numa de suas paredes.
Afinal, fora o Senhor que
o enviou à luta debaixo de uma promessa de vitória, e se Deus nos enviar, Ele
nos confirmará e se levantará por nós.
A garantia da vitória que
Deus nos deu sobre os nossos inimigos espirituais, repousa na promessa que Ele
fez de que esmagará brevemente Satanás debaixo dos nossos pés.
Então, isto deveria nos
animar em nossos conflitos espirituais.
Nós não lutamos debaixo
da incerteza da vitória, e esta não depende da nossa superioridade numérica e
nem mesmo da nossa própria força, porque poderoso e fiel é Aquele que fez a
promessa, e assim, não lutamos confiando na nossa própria força e capacidade,
mas na promessa do Senhor que é a nossa força.
Davi tributou toda glória
daquela vitória a Deus, quando disse que fora Ele quem havia rompido os seus
inimigos diante dEle. E não fizera isto por mera expressão verbal, mas para
expressar uma grande realidade que ele havia presenciado, porque Deus não fez
apenas a parte principal do trabalho, mas fizera tudo.
Deus fez tudo e Davi e
seus homens fizeram tudo porque foram capacitados e protegidos pelo Senhor para
fazê-lo.
É por este motivo que nós
veremos adiante, que Davi destruiu centenas de carruagens e inutilizou centenas
de cavalos que havia conquistado aos sírios, porque a sua confiança não estava
em carruagens e cavalos, para obter vitória nas batalhas contra os seus
inimigos, mas no Senhor.
Os ídolos que os filisteus
trouxeram para o campo de batalha e que representavam os seus deuses foram
deixados para trás para vergonha deles porque não puderam livrá-los. E haviam
se transformado numa grande carga para os seus cavalos cansados (Is 46.1,2). E
Davi e seus homens pegaram estas imagens para serem queimadas, conforme
determinado pela lei de Moisés (Dt 7.5).
Não para recuperarem seus
deuses, e nem mesmo para vingarem o ato de suas imagens terem sido queimadas
pelos israelitas, mas para darem cumprimento ao intento inicial deles de
impedir que Davi se estabelecesse e se fortalecesse como rei sobre todo Israel,
eles voltaram a se espalhar no mesmo
vale de Refaim para uma segunda batalha (v. 22).
E Davi havia amadurecido
na fé o suficiente nas experiências que tivera antes, principalmente naquelas
em que havia falhado por não ter consultado antes ao Senhor, que importa ter
uma completa dependência dEle, e assim havia aprendido que não deveria ousar
agir com base na ordem do Senhor relativa à primeira batalha.
Para cada luta a sua
respectiva oração e dependência do Senhor.
A bênção de ontem não
deve ser motivo para a negligência de se buscar a Deus hoje ou amanhã, pensando
que podemos agir com base nas mesmas instruções que recebemos da parte dEle no
passado.
Basta a cada dia o seu
próprio mal.
Devemos orar pelo nosso
pão material e espiritual em cada dia.
Então Davi não se dispôs
a atacar os filisteus subindo contra eles num ataque frontal, confiado na
consulta que fizera na primeira batalha, antes voltou a consultar a Deus e
desta vez recebeu como resposta que não deveria subir como da primeira vez, mas
rodear os filisteus por detrás e vir sobre eles apressadamente quando ouvisse
um ruído de marcha pelas copas das amoreiras, porque era o Senhor que saía
adiante dele para ferir o arraial dos filisteus (v.23,24).
O que Deus havia
prometido a Davi desta vez é que Ele se encarregaria em ferir o exército dos
filisteus com um exército invisível de anjos, que marchariam sobre as copas das
amoreiras.
Eles não seriam vistos,
mas o estrondo da marcha deles seria ouvido, e isto seria um sinal para que
Davi se apressasse a atacar também os filisteus.
Aquelas amoreiras deviam
estar enfileiradas como uma cerca viva, separando os dois exércitos, e é bem
possível que os filisteus ouviram aquele grande estrondo de marcha de um
exército vindo sobre eles e certamente ficaram confusos e começaram a bater em
retirada exatamente pelas amoreiras nas quais se defrontaram com o exército de
Davi e foram duramente golpeados desde Geba até Gezer (v. 25).
Veja que embora Deus
tenha prometido ir adiante de Davi para golpear os filisteus, contudo ele tem
que se mover apressadamente e deve se empenhar para obter a vitória.
Assim se dá com a
pregação do evangelho. É Deus quem unge, é quem dá graça, é quem subjuga os
poderes das trevas, é quem justifica, regenera, santifica, cura, restaura, mas
os que pregam devem se empenhar muito em fazê-lo com todas as suas forças,
enquanto percebem que o exército celestial está operando em seu favor.
O mesmo pode ser dito em
relação aos que oram, que jejuam, que ensinam, que presidem, que exercem
misericórdia, enfim, isto é um princípio a ser aprendido por todos os que se
empenham na obra de Deus.
Nós não fazemos a nossa
parte e Deus faz a dEle.
Ao contrário, nós devemos
estar em completa sintonia com o Senhor, trabalhando com todo o empenho e
esforço enquanto Ele tudo faz por meio de nós.
Isto nos faz lembrar das
palavras do grande Jonathan Edwards que disse o seguinte: “Na graça eficaz não
somos meramente passivos, nem ainda Deus faz um pouco e nós fazemos o restante.
Mas Deus faz tudo, e nós fazemos tudo. Deus produz tudo, e nós agimos em tudo.
Pois é isso que ele produz, isto é, os nossos atos. Deus é o único verdadeiro
autor e a única verdadeira fonte; nós somos tão-somente os verdadeiros agentes.
Somos, em diferentes aspectos, totalmente passivos e totalmente ativos.”.
Assim, se a graça de Deus
está operando em nosso favor nós não devemos sentar e cruzar os braços, como
quem não tem nada mais para fazer.
Ao contrário é nosso
dever nos apressarmos em agirmos e nos esforçarmos muito em oração e em todos
os deveres que Ele nos tem ordenado, para que haja uma justa cooperação entre o
poder que Ele libera para nós, e o trabalho que estivermos fazendo para
Ele.
Na primeira batalha foi
ordenado que Davi se lançasse num combate frontal, e na segunda foi ordenado
que aguardasse por um sinal para que atacasse os seus inimigos.
Deus pode assim traçar
várias estratégias de luta para colocar à prova a nossa dependência dEle e
obediência à Sua vontade.
E importa que o
consultemos em todas as coisas, especialmente naquelas relativas às lutas que
temos que empreender contra os poderes das trevas na realização da Sua obra.
Este é o modo de sermos bem sucedidos, por contarmos com a Sua ajuda e
capacitação.
Para a obra geral da
Igreja já se ouviu o som da marcha sobre a copa das amoreiras quando o Espírito
Santo foi derramado no dia de Pentecoste, quando os apóstolos ouviram um som
vindo do céu como de um vento impetuoso (At 2.2) que era um sinal para eles do
derramamento do Espírito Santo para revestir-lhes de poder para a obra que lhes
havia sido designada.
E no sentido particular
para as necessidades de cada dia, deveríamos nos colocar em ação somente depois
de percebermos que foi liberada a operação do Espírito Santo, através dos
diversos sinais da Sua santa presença, que são manifestados a nós, quando nos
colocamos na disposição correta de espírito daqueles que buscam de fato a Deus,
tal como Davi fizera antes de entrar em combate contra os filisteus.
Deus deve ser consultado
para tudo, e algumas vezes Ele nos ordenará que aguardemos o som de marcha
sobre a copa das amoreiras antes que comecemos a agir.
“1 Então todas as tribos
de Israel vieram a Davi em Hebrom e disseram: Eis-nos aqui, teus ossos e tua
carne!
2 Além disso, outrora,
quando Saul ainda reinava sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel;
e também o Senhor te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel, e tu serás
chefe sobre Israel.
3 Assim, pois, todos os
anciãos de Israel vieram ter com o rei em Hebrom; e o rei Davi fez aliança com
eles em Hebrom, perante o Senhor; e ungiram a Davi rei sobre Israel.
4 Trinta anos tinha Davi
quando começou a reinar, e reinou quarenta anos.
5 Em Hebrom reinou sete
anos e seis meses sobre Judá, e em Jerusalém reinou trinta e três anos sobre
todo o Israel e Judá.
6 Depois partiu o rei com
os seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus, que habitavam naquela terra,
os quais disseram a Davi: Não entrarás aqui; os cegos e os coxos te repelirão;
querendo dizer: Davi de maneira alguma entrará aqui.
7 Todavia Davi tomou a
fortaleza de Sião; esta é a cidade de Davi.
8 Ora, Davi disse naquele
dia: Todo o que ferir os jebuseus, suba ao canal, e fira a esses coxos e cegos,
a quem a alma de Davi aborrece. Por isso se diz: Nem cego nem, coxo entrara na
casa.
9 Assim habitou Davi na
fortaleza, e chamou-a cidade de Davi; e foi levantando edifícios em redor,
desde Milo para dentro.
10 Davi ia-se
engrandecendo cada vez mais, porque o Senhor Deus dos exércitos era com ele.
11 Hirão, rei de Tiro,
enviou mensageiros a Davi, e madeira de cedro, e carpinteiros e pedreiros, que
edificaram para Davi uma casa.
12 Entendeu, pois, Davi
que o Senhor o confirmara rei sobre Israel, e que exaltara o reino dele por
amor do seu povo Israel.
13 Davi tomou ainda para
si concubinas e mulheres de Jerusalém, depois que viera de Hebrom; e nasceram a
Davi mais filhos e filhas.
14 São estes os nomes dos
que lhe nasceram em Jerusalém: Samua, Sobabe, Natã, Salomão,
15 Ibar, Elisua, Nefegue,
Jafia,
16 Elisama, e Eliadá e
Elifelete.
17 Quando os filisteus
ouviram que Davi fora ungido rei sobre Israel, subiram todos em busca dele.
Ouvindo isto, Davi desceu à fortaleza.
18 Os filisteus vieram, e
se estenderam pelo vale de Refaim.
19 Pelo que Davi
consultou ao Senhor, dizendo: Subirei contra os filisteus? entregar-mos-ás nas
mãos? Respondeu o Senhor a Davi: Sobe, pois eu entregarei os filisteus nas tuas
mãos.
20 Então foi Davi a
Baal-Perazim, e ali os derrotou; e disse: O Senhor rompeu os meus inimigos
diante de mim, como as águas rompem barreiras. Por isso chamou o nome daquele
lugar Baal-Perazim.
21 Os filisteus deixaram
lá os seus ídolos, e Davi e os seus homens os levaram.
22 Tornaram ainda os
filisteus a subir, e se espalharam pelo vale de Refaim.
23 E Davi consultou ao
Senhor, que respondeu: Não subirás; mas rodeia-os por detrás, e virás sobre
eles por defronte das amoreiras.
24 E há de ser que,
ouvindo tu o ruído de marcha pelas copas das amoreiras, então te apressarás,
porque é o Senhor que sai diante de ti, a ferir o arraial dos filisteus.
25 Fez, pois, Davi como o
Senhor lhe havia ordenado; e feriu os filisteus desde Geba, até chegar a
Gezer.” (II Sm 5.1-25).
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