sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

EZEQUIEL 8


Aos que iam ao templo, parecia que tudo lá era feito de acordo com as prescrições da Lei de Moisés, que lhe fora dada pelo Senhor, pela qual entrara em aliança com Israel.
Todavia, o Senhor sabe tudo o que os homens fazem às ocultas. Não somente exteriormente como no interior de seus próprios corações.
Cristãos podem parecer em seu procedimento exterior, especialmente quando se encontram na igreja, como templos vivos aprovados por Deus, mas Ele conhece perfeitamente o que está no interior destes templos vivos que são os cristãos, porque discerne não somente os pensamentos como até mesmo as intenções dos corações. Se amam e obedecem de fato a Ele e à Sua Palavra, ou não.
Então o Senhor revelaria a Ezequiel, pela instrução de um anjo, tudo o que se estava fazendo às ocultas nas câmaras do Seu próprio templo em Jerusalém, pelos sacerdotes e anciãos de Judá. 
Havia decorrido um ano desde que Ezequiel havia recebido as visões e profecias narradas nos capítulos anteriores, quando foi arrebatado por uma das tranças dos seus cabelos por um varão semelhante ao fogo, sendo transportado desse modo pelo Espírito Santo, de Babilônia até ao templo de Jerusalém.
Nós vimos anteriormente que ele havia rapado a sua cabeça, e então seus cabelos estavam de novo crescidos porque um ano se passara desde que tivera as visões e profecias narradas até o capitulo sétimo.
A Jeremias não foram dadas tais revelações do que havia de escondido nas câmaras do templo, mas Ezequiel as havia recebido da parte de Deus, para que o povo soubesse que os juízos terríveis que estava proclamando através de Jeremias contra Jerusalém e contra o próprio templo, não poderiam ser suspendidos, porque haveria necessidade de se purificar o santuário de toda aquela grosseira idolatria, e de todas as contaminações que haviam sido colocadas nas paredes da própria casa do Senhor.
Como poderia o Senhor e a Sua glória habitarem num tal lugar?
Então este capitulo é preparatório para as visões que Ezequiel teve nos capítulos seguintes não somente das medidas que estavam sendo tomadas para purificar Jerusalém e o templo pelo fogo, como também para constatar que de fato, isto foi feito, porque o Senhor e a Sua glória havia abandonado o templo, conforme foi dado a Ezequiel ver nos capítulos seguintes.   
O povo, de um modo geral desconhecia a Lei de Deus, em todas as suas minúcias, especialmente quanto às regras para o funcionamento do culto no templo. Então foi muito fácil para os escribas e sacerdotes infiéis introduzirem uma imagem de escultura à porta norte do templo, próximo do altar dos holocaustos, sob a possível alegação de que fazia parte da estrutura que fora ordenada pelo Senhor, quando na verdade se tratava de um acréscimo abominável. Por isso é chamada de imagem do ciúme, ou seja que despertava e provocava a zelos ao Senhor, por causa da Sua santidade.
Não é incomum que ministros acrescentem à forma de adoração já instituída por Deus para a forma que deve ser adorado pela Igreja, que é em espírito e em verdade, práticas de cunho carnal e mundano, a pretexto de serem formas lícitas de se adorar a Deus, quando pessoas esclarecidas na verdade, sabem muito bem que se trata também de uma provocação ao zelo do Senhor, por causa do amor à Sua própria santidade, e da glória do Seu grande nome que deve ser santificado na terra, assim como é no céu, ou seja, conforme a forma por Ele prescrita.
Por maiores que sejam as justificativas, a presença ou ausência da glória do Senhor nas pessoas desses ministros e dos demais adoradores, responderá se estão agindo de modo correto ou não.
Todavia, os ministros do templo não agiam por ignorância, porque sabiam muito bem que estavam cultuando a outros deuses e lhes dando honra no lugar do Senhor. E pior de tudo, fazendo isto tudo descaradamente na Sua própria casa.   
Com isto, o povo se corrompeu, porque vemos neste capítulo mulheres chorando em adoração em honra do falso deus Tamuz.
Se a consciência desses ministros não lhes condenava, no entanto lhes acusava perante o Senhor, porque o que havia de pior entre eles, faziam às ocultas, tanto que foi ordenado a Ezequiel que fizesse um buraco numa das paredes do templo que conduzia a uma câmara onde setenta anciãos se reuniam para adorar falsos deuses, que haviam sido estampados nas paredes daquela câmara na forma de répteis, e de animais imundos, e todos os ídolos da casa de Israel (v. 10).
Além disso foi mostrado a Ezequiel 25 adoradores no átrio interno do templo com seus rostos voltados para o nascente, adorando o sol.        
Ora, eles fizeram tudo isto deliberadamente, e por terem considerado que haviam sido abandonados pelo Deus de Moisés, de maneira que escolheram deuses para serem adorados segundo a própria conveniência deles, esquecidos que tinham uma aliança com o Senhor, pela qual, estavam sujeitos a juízos de bênçãos ou de maldições, segundo a obediência ou desobediência deles, respectivamente. 
A Lei nos ensina portanto em figura, que mesmo estando numa Nova Aliança com Cristo, e não estando mais debaixo da Lei, isto não significa que eles têm liberdade para adorar o que bem entendam ou que não estão sujeitos a nenhum castigo da parte do Senhor caso venham a andar de modo desordenado, contra a santificação que Lhe é devida.
Ainda que não sejam mais amaldiçoados com as mesmas maldições especificadas na Antiga Aliança, certamente serão sujeitados à Sua disciplina e não serão tidos por aprovados ou abençoados ou bem-aventurados, quando viverem deliberadamente na prática da iniquidade, tal como viveram os judeus nos dias de Ezequiel, e que por isso foram destruídos pelos juízos do Senhor.    
Que comunhão pode existir entre luz e trevas?
Entre Cristo e Belial?
Entre a glória do Senhor e os demônios?
Por isso, quando Ezequiel foi arrebatado ao templo de Jerusalém, ainda se via a glória do Senhor naquele lugar, para que ele constatasse quão incompatível é que tal glória permaneça onde predominam as trevas do pecado nos corações.
Então a glória seria removida do templo, assim como é removida dos corações dos cristãos que entristecem o Espírito Santo, e que apagam o fogo da Sua glória, até que eles venham a se arrepender, porque o corpo deles é templo do Espírito, e Ele não pode estar se manifestando em glória num templo que esteja sujo. 
    


“1 Sucedeu pois, no sexto ano, no mês sexto, no quinto dia do mês, estando eu assentado na minha casa, e os anciãos de Judá assentados diante de mim, que ali a mão do Senhor Deus caiu sobre mim.
2 Então olhei, e eis uma semelhança como aparência de fogo. Desde a aparência dos seus lombos, e para baixo, era fogo; e dos seus lombos, e para cima, como aspecto de resplendor, como e brilho de âmbar.
3 E estendeu a forma duma mão, e me tomou por uma trança da minha cabeça; e o Espírito me levantou entre a terra e o céu, e nas visões de Deus me trouxe a Jerusalém, até a entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava o assento da imagem do ciúme, que provoca ciúme.
4 E eis que a glória do Deus de Israel estava ali, conforme a semelhança que eu tinha visto no vale.
5 Então me disse: Filho do homem, levanta agora os teus olhos para o caminho do norte. Levantei, pois, os meus olhos para o caminho do norte, e eis que ao norte da porta do altar, estava esta imagem do ciúme na entrada.
6 E ele me disse: Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo? as grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário; Mas verás ainda outras grandes abominações.
7 E levou-me à porta do átrio; então olhei, e eis que havia um buraco na parede.
8 Então ele me disse: Filho do homem, cava agora na parede. E quando eu tinha cavado na parede, eis que havia uma porta.
9 Disse-me ainda: Entra, e vê as ímpias abominações que eles fazem aqui.
10 Entrei, pois, e olhei: E eis que toda a forma de répteis, e de animais abomináveis, e todos os ídolos da casa de Israel, estavam pintados na parede em todo o redor.
11 E setenta homens dos anciãos da casa de Israel, com Jaazanias, filho de Safã, no meio deles, estavam em pé diante das pinturas, e cada um tinha na mão o seu incensário; e subia o odor de uma nuvem de incenso.
12 Então me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? Pois dizem: O Senhor não nos vê; o Senhor abandonou a terra.
13 Também me disse: Verás ainda maiores abominações que eles fazem.
14 Depois me levou à entrada da porta da casa do Senhor, que olha para o norte; e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz.
15 Então me disse: Viste, filho do homem? Verás ainda maiores abominações do que estas.
16 E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor; e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; e assim, virados para o oriente, adoravam o sol.
17 Então me disse: Viste, filho do homem? Acaso é isto coisa leviana para a casa de Judá, o fazerem eles as abominações que fazem aqui? pois, havendo enchido a terra de violência, tornam a provocar-me à ira; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz.
18 Pelo que também eu procederei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade. Ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, contudo não os ouvirei.” (Ezequiel 8)


6 comentários:

  1. o ramo no nariz é um ritual muito usado nos funerais maçônicos, prova de que a maçônaria prática abominações a DEUS.

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    1. amigo isaque, onde posso buscar mais informação acerca desta pratica ?

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    2. amigo isaque, onde posso buscar mais informação acerca desta pratica ?

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  2. Fico em dúvida se o ramo no nariz que se refere em Ezequiel 8:17 seria um ritual religioso ou uma prática de vício. Já vi essas duas interpretações.
    Alguém poderia me tirar essa dúvida?

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  3. Vi nesse blog no link abaixo na parte dis comentarios alguém citar essa passagem como sendo a prática de um vício. Por isso queria esclarecer essa dúvida.
    Obrigada por quem puder me ajudar. http://profetadoevangelho.blogspot.com.br/2012/06/versiculos-que-nao-tem-na-biblia-mas.html?m=1

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    1. sendo uma pratica ou um ritual religioso a alusão que se faz aos dias de hoje é que pessoas religiosas que frequentavam ou fazião parte do templo estavão usando ou fazendo uso de alguma erva que com sertesa destruia o templo ou a casa do senhor o nosso coraçao.


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