Enquanto
Israel estava no cativeiro o nome de Deus era blasfemado todos os dias pelos
inimigos do Seu povo, porque davam glória aos seus deuses por terem triunfado,
segundo o seu parecer, sobre o povo de Israel (Is 52.5).
Mas o
Senhor declara neste 52º capítulo de Isaías, que não havia vendido Israel por
preço, a nenhum povo inimigo e a nenhum falso deus.
Eles
haviam sido vendidos sim, mas Deus não recebera nenhum preço ou recompensa pelo
fato de Israel ter sido vendido, porque saiu de debaixo do seu domínio, em sua
própria terra, para estar debaixo do domínio de Babilônia.
E como
não haviam sido vendidos por nada, também por nada seriam resgatados.
Ou seja
Deus não exigiria nada em troca para poder reaver a Sua propriedade, a saber, o
povo de Israel (v. 6).
Ele os
resgataria então do cativeiro com o Seu braço forte.
O mesmo
ocorre com todos os que são salvos por Cristo na dispensação da graça.
Eles
foram comprados por Cristo para Deus, não com dinheiro, mas com o Seu precioso
sangue.
Nada
lhes foi cobrado, e ninguém pagou e nem poderia pagar a Deus qualquer coisa
para que fossem comprados para Ele.
Porque
somente aceitaria o preço de resgate que foi pago por Jesus.
Os
salvos seriam comprados para habitarem para sempre em Jerusalém, não mais
juntamente com qualquer incircunciso de coração.
Porque
a Nova Jerusalém será habitada somente pelos santos do Senhor (v. 1).
A
atitude dos que têm alcançado tais promessas é a de despertarem do sono, e
vigiarem, e de se vestirem da força da graça do Senhor, e vestirem as suas
vestes formosas da justiça de Cristo.
Devem se
sacudir do pó, se levantar e se descansar na liberdade que alcançaram no
Senhor, se soltando das ataduras dos jugos de servidão, que estavam em seus pescoços
(v. 1, 2).
O
Senhor mesmo se manifestaria em Sião, em pessoa, habitando entre os homens, e o
Seu povo o reconheceria (v. 6).
Boas
novas de salvação (o evangelho) passariam a ser proclamadas desde então, e se
diz que são muito formosos os pés de quem anuncia as boas novas e que proclama
a paz de Cristo e as Suas bênçãos e salvação, e que diz a Sião que Ele é Deus e
Rei (v. 7).
Os
atalaias (cristãos) devem estar reunidos e levantarem a sua voz em exultação ao
Senhor, porque contemplam com os olhos do espírito o retorno do Senhor a Sião.
A
glória do Senhor havia se retirado do templo quando os judeus foram levados
para o cativeiro de Babilônia.
Mas a
glória de Deus estava vindo pessoalmente ao Seu povo na pessoa de Jesus Cristo,
então isto deveria ser celebrado com clamores e cânticos de júbilo por todos os
Seus servos, porque Jesus remiria o seu povo e também a Jerusalém (v. 8,
9).
A
profecia deste 52º capítulo tanto se destinava a encorajar a Judá a sair do
cativeiro em Babilônia quando Ciro os libertasse, como também à Igreja, para
não permanecer amando o mundo, desde que Cristo se manifestou libertando-a do
cativeiro do pecado.
Afinal,
o Senhor desnudou o seu santo braço à vista de todas as nações; e todos os
confins da terra verão a salvação do nosso Deus (v. 10, 11).
Judá
deveria se lembrar desta profecia quando saísse de Babilônia, para que não
saíssem apressada e apavoradamente, pelo temor de haver uma possibilidade de
serem aprisionados de novo, porque seria o braço do Senhor que os libertaria, e
Jesus iria adiante deles, e Deus Pai os protegeria pela retaguarda (v. 12).
Os cristãos
não devem temer Satanás e fugirem por temor dele, depois e terem sido salvos
por Cristo, porque estão debaixo da mesma proteção de Deus.
Esta
grande salvação seria realizada por Cristo, que tomaria a forma de servo, como
se afirma no livro de Isaías e em Filipenses, apesar de ser prudente, exaltado,
elevado e mui sublime (v. 13).
No entanto, na Sua glória, por ocasião da Sua segunda
vinda, estaria com o Seu rosto muito diferente da aparência comum dos seres
humanos, e muitos ficarão pasmados com a Sua aparência e espantará muitas
nações, e por Sua causa, reis ficarão calados e verão com os próprios olhos o
que não tinham ouvido e que lhes não havia sido anunciado, porque seus ouvidos
estavam surdos para ouvirem a verdade, e seus olhos espirituais cegos para a
enxergarem, mas agora entenderão aquilo não tinham ouvido, porque Cristo virá
em aparência visível com poder e grande glória para julgar o mundo (v. 14,
15).
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