No décimo capítulo de Êxodo nós vemos faraó
pedindo mais uma vez a Moisés que orasse por ele ao Senhor, de modo que fossem
removidas as pragas, que haviam sido trazidas sobre o Egito.
Nós vemos também sendo citado que foi o
próprio Senhor que endureceu o coração de faraó, de modo que ele não pôde
libertar os israelitas, apesar de ter dito que faria concessões depois da praga
dos gafanhotos, dizendo que estava disposto a deixar ir apenas os homens, mas
não as crianças e o gado dos israelitas.
Depois da praga das trevas se dispôs a
deixar irem todos, exceto o gado.
Mas ele sabia perfeitamente que a ordem de
Deus era a de que não somente os israelitas mas tudo o que lhes pertencia
deveria ser libertado pelos egípcios.
Um coração endurecido pelo próprio Senhor,
que não lhe concedia graça para arrependimento, porque certamente o seu dom
gracioso seria desperdiçado e desprezado, jamais poderia lhe obedecer, e não havendo obediência plena de
faraó, isto daria ocasião a que
continuasse despejando os Seus juízos sobre o Egito.
Quando o homem endurece o seu coração e não
renuncia a tudo quanto tem para que possa humildemente se sujeitar ao senhorio
de Cristo, ele corre o risco de que o próprio Deus mantenha o seu coração
endurecido, não lhe abrindo os olhos para que veja o seu pecado, e nem lhe
dando graça para que possa abandoná-lo e ser santificado na verdade.
Assim, é um grande perigo viver
deliberadamente na prática do pecado, sem atender à ordem do evangelho a todos
os homens para que se arrependam e creiam.
Por isso é importante ter um coração
quebrantado, e uma cerviz amolecida, de modo que não a endureçamos
especialmente quando somos corrigidos por Deus, ou confrontados pela verdade da
Sua Palavra.
A Sua Palavra faz o bem àqueles que O
temem, como profetizou através de Miqueias.
E por que faz o bem a estes?
Porque é impossível a uma pessoa que seja
de boa vontade, e que ame a justiça, não
ficar impactada pela leitura das narrativas da Bíblia, especialmente, as que
estão registradas no Velho Testamento.
Aqui vemos a grandiosidade do poder, do
amor, da misericórdia, da bondade, da justiça perfeita deste grande e único
Deus verdadeiro.
É impossível portanto não se render a seus
pés suplicando-lhe para que nos salve do pecado, para que possamos servi-lo de
modo digno e santo.
Bem faremos em reconhecer que é a bondade
dEle que nos conduz ao arrependimento, e que sem que haja esta assistência da
Sua graça nos ajudando, não poderemos nos arrepender verdadeiramente, e assim é
importante reconhecer que é fundamental que nos disponhamos a obedecer a Sua
vontade integralmente, e não procurando fazer ponderações, e o pior de tudo,
escolher fazer apenas aquilo que é da nossa conveniência, em relação à vontade
revelada de Deus.
Como Moisés não aceitou as propostas de
concessões parciais feitas por faraó, este ficou enfurecido, e ameaçou Moisés
de que não voltasse mais à sua presença, pois se o fizesse, seria morto por
ele.
Moisés, profeta que era, soube da parte do
Senhor que de fato não veria mais o rosto de faraó, e lhe declarou isto, porque
em seguida viria a morte dos primogênitos, que daria como consequência, não
somente que os israelitas fossem libertados, como também perseguidos por faraó,
com o intuito de destruí-los.
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