sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Predições de Isaías Quanto à Formação da Igreja - Isaías 54


Como foi predita no capítulo 53 de Isaías a morte de Cristo, então no 54º é declarada a formação, extensão, glória e alegria da Igreja.
Porque Jesus morreu para fundar a Sua Igreja, sobre o firme fundamento que é Ele próprio.  
A Igreja é o fruto da Sua morte. É parte da recompensa de Cristo pela Sua morte. 
Afinal foi com aquela morte que Ele comprou pessoas de todas as nações, povos, tribos e línguas para Deus.
Se a Igreja, em linguagem espiritual e profética, era uma mulher, então não era casada e era estéril.
Mas em Cristo ela terá um marido extraordinariamente fecundo que lhe dará muitos filhos (v. 1).  
Deus havia se casado com Israel na Antiga Aliança, mas deste casamento obteve poucos filhos, a saber, pessoas que O conhecessem de fato.
Mas do casamento do novo Israel, a Igreja, com Cristo, numa Nova Aliança, Deus se proveria de muitos filhos, não somente em Israel, mas em todas as nações da terra.
Então a Igreja é chamada a cantar alegremente por causa do excelente acréscimo de filhos ao Seu reino, que Deus obteria através desta esposa auxiliadora de Cristo, no Seu trabalho de prover o Pai de muitos filhos.
Dos seus humildes começos, desde o Pentecostes em Jerusalém, com o derramar inicial do Espírito Santo, a família de Deus aumentaria extraordinariamente, de modo que é ordenado que o lugar da tenda (habitação), fosse ampliado, porque seria imensa a sua posteridade em todas as nações, ou seja, o número de filhos de Deus aumentaria muito em toda a terra, com o passar dos anos (v. 2,3).    
O verso 4 de Isaías 54 tem muitas aplicações, mas se aplica de modo muito especial aos períodos da história da Igreja, em que ela passasse por decadências, de forma a ser encorajada a dar continuação à obra missionária, porque a promessa de Deus, é a de que ela nunca será envergonhada no Seu trabalho para Ele, e não poderá permanecer debaixo de permanente afronta, e quando a obra prosperar em Suas mãos deve esquecer do opróbrio da vergonha dos dias anteriores e da viuvez, quando andou sem que tivesse ao Senhor como Seu marido (v. 4).  
No entanto, Deus nunca deixou ou deixará de ser o marido da Igreja, porque o laço que Lhe une a ela é de caráter matrimonial, a saber, indissolúvel (v. 6).
Jesus se casou com uma noiva pobre e sem dotes e capacitações. Ele se casou com uma mulher (cristãos antes da conversão) desamparada e triste de espírito, como se fora uma mulher que havia sido repudiada (v. 6). 
Se Deus esconder o Seu rosto daqueles que são verdadeiramente Seus filhos, por causa do andar desordenado deles, Ele o fará por um momento, mas tem prometido se compadecer deles com benignidade eterna (v. 7, 8)
Porque assim como Ele havia prometido a Noé que não mais destruiria a terra com as águas de um dilúvio, também jurou que não traria mais a nenhum de Seus filhos debaixo da Sua ira, para efeito de condenação eterna e nem para uma repreensão eterna (v. 9), porque os aceitou inteiramente por causa da obra perfeita que Cristo consumou em favor da sua redenção, quando morreu na cruz.
Montanhas serão removidas, mas não a benignidade do Senhor, de sobre a Igreja, conforme tem prometido nos versos 9 e 10, porque a Nova Aliança que fez com o Seu povo por meio de Cristo, tem um caráter eterno, diferente da aliança que havia feito através da mediação de Moisés, que era transitória.
Isto porque esta não é uma aliança de obras, mas de misericórdia, de graça, que leva Deus a se compadecer de todos os Seus filhos, por causa de Cristo (v. 10 b).
Então as promessas, para o porvir relativo à Igreja, são gloriosas, conforme se lê nos versos 11 a 17, de forma que as portas do inferno e nenhum intento maligno poderá prevalecer contra ela, porque é o Senhor quem a sustém e é a Sua Rocha, por causa da obra perfeita de justificação que Ele obteve para os Seus servos (v. 17).  

Baseado em Isaías 54

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