Como
foi predita no capítulo 53 de Isaías a morte de Cristo, então no 54º é
declarada a formação, extensão, glória e alegria da Igreja.
Porque
Jesus morreu para fundar a Sua Igreja, sobre o firme fundamento que é Ele
próprio.
A
Igreja é o fruto da Sua morte. É parte da recompensa de Cristo pela Sua
morte.
Afinal
foi com aquela morte que Ele comprou pessoas de todas as nações, povos, tribos
e línguas para Deus.
Se a
Igreja, em linguagem espiritual e profética, era uma mulher, então não era
casada e era estéril.
Mas em
Cristo ela terá um marido extraordinariamente fecundo que lhe dará muitos
filhos (v. 1).
Deus
havia se casado com Israel na Antiga Aliança, mas deste casamento obteve poucos
filhos, a saber, pessoas que O conhecessem de fato.
Mas do
casamento do novo Israel, a Igreja, com Cristo, numa Nova Aliança, Deus se
proveria de muitos filhos, não somente em Israel, mas em todas as nações da
terra.
Então a
Igreja é chamada a cantar alegremente por causa do excelente acréscimo de
filhos ao Seu reino, que Deus obteria através desta esposa auxiliadora de
Cristo, no Seu trabalho de prover o Pai de muitos filhos.
Dos
seus humildes começos, desde o Pentecostes em Jerusalém, com o derramar inicial
do Espírito Santo, a família de Deus aumentaria extraordinariamente, de modo
que é ordenado que o lugar da tenda (habitação), fosse ampliado, porque seria
imensa a sua posteridade em todas as nações, ou seja, o número de filhos de
Deus aumentaria muito em toda a terra, com o passar dos anos (v. 2,3).
O verso
4 de Isaías 54 tem muitas aplicações, mas se aplica de modo muito especial aos
períodos da história da Igreja, em que ela passasse por decadências, de forma a
ser encorajada a dar continuação à obra missionária, porque a promessa de Deus,
é a de que ela nunca será envergonhada no Seu trabalho para Ele, e não poderá
permanecer debaixo de permanente afronta, e quando a obra prosperar em Suas
mãos deve esquecer do opróbrio da vergonha dos dias anteriores e da viuvez,
quando andou sem que tivesse ao Senhor como Seu marido (v. 4).
No
entanto, Deus nunca deixou ou deixará de ser o marido da Igreja, porque o laço
que Lhe une a ela é de caráter matrimonial, a saber, indissolúvel (v. 6).
Jesus
se casou com uma noiva pobre e sem dotes e capacitações. Ele se casou com uma
mulher (cristãos antes da conversão) desamparada e triste de espírito, como se
fora uma mulher que havia sido repudiada (v. 6).
Se Deus
esconder o Seu rosto daqueles que são verdadeiramente Seus filhos, por causa do
andar desordenado deles, Ele o fará por um momento, mas tem prometido se
compadecer deles com benignidade eterna (v. 7, 8)
Porque
assim como Ele havia prometido a Noé que não mais destruiria a terra com as
águas de um dilúvio, também jurou que não traria mais a nenhum de Seus filhos
debaixo da Sua ira, para efeito de condenação eterna e nem para uma repreensão
eterna (v. 9), porque os aceitou inteiramente por causa da obra perfeita que
Cristo consumou em favor da sua redenção, quando morreu na cruz.
Montanhas
serão removidas, mas não a benignidade do Senhor, de sobre a Igreja, conforme
tem prometido nos versos 9 e 10, porque a Nova Aliança que fez com o Seu povo
por meio de Cristo, tem um caráter eterno, diferente da aliança que havia feito
através da mediação de Moisés, que era transitória.
Isto
porque esta não é uma aliança de obras, mas de misericórdia, de graça, que leva
Deus a se compadecer de todos os Seus filhos, por causa de Cristo (v. 10 b).
Então
as promessas, para o porvir relativo à Igreja, são gloriosas, conforme se lê
nos versos 11 a 17, de forma que as portas do inferno e nenhum intento maligno
poderá prevalecer contra ela, porque é o Senhor quem a sustém e é a Sua Rocha,
por causa da obra perfeita de justificação que Ele obteve para os Seus servos
(v. 17).
Baseado em Isaías 54
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