Apesar
de ter aplicação a pessoas individualmente falando, podemos observar que a
profecia de Isaías é dirigida sobretudo às nações e principalmente aos
governantes e grandes da terra.
Isto se
explica porque o Messias, que é o centro da sua profecia, estava destinado para
reger sobre todas as nações, e o faria em paz, benignidade e justiça.
Logo, a
impiedade das nações continuará sendo repreendida e ameaçada pelos juízos de
Deus, especialmente pelo grande juízo que virá sobre todos os habitantes da
terra, por ocasião da vinda dAquele que estava destinado a ser o Salvador do
Seu povo.
O
Grande Rei que seria concebido no ventre de uma virgem e teria o governo de
toda a terra sobre os Seus ombros, será manifestado mais adiante na profecia de
Isaías já crescido em estatura e em graça diante de Deus e dos homens,
realizando a Sua obra morrendo no lugar dos pecadores, carregando sobre Si os
pecados das pessoas do Seu povo, para que pudessem ser reconciliadas com Deus.
Na profecia
de Isaías 21 é mais uma vez predita a
queda de Babilônia sob o poder dos medos.
Enquanto
estivessem em Babilônia os judeus deveriam recordar esta profecia, para saberem
que Babilônia não prevaleceria, e os persas (Elão) e os medos (v. 2), por meio
de Ciro, conforme seria profetizado também por Isaías mais adiante, decretariam
o retorno dos judeus para a sua própria terra e ordenariam também a
reconstrução do templo de Jerusalém, que seria destruído pelos babilônios.
Importava que Judá fosse levada em cativeiro
para Babilônia, para que pudesse ser trilhado o trigo pelas aflições, para que
o grão bom fosse separado da palha.
Os
ídolos de Babilônia seriam destruídos pelos medos e pelos persas, e os judeus
que voltassem para a Palestina poderiam guardar com eles esta lição de que
imagens de escultura não são deuses e não têm nenhum poder para livrar do mal,
sendo eles próprios uma criação do Maligno, para manter os homens separados do
Deus único e verdadeiro, que é invisível.
Se não
podemos identificar com precisão quais são os personagens do oráculo de Duma, de
Is 21. 11 e 12, uma coisa é certa, que devemos vigiar como sentinelas, e também
perguntar àqueles que vigiam o rebanho do Senhor, sendo levantados por Ele como
Seus profetas, tal como foi Isaías, a quem alguém perguntou a partir de Seir,
chamando-o de sentinela (guarda), que horas eram da noite.
E
tornou a lhe fazer a mesma pergunta, e recebeu como resposta que viria não
somente a manhã, mas também a noite, e que poderiam voltar para perguntar quantas
vezes quisessem.
Compete
aos servos de Deus vigiarem e ouvirem seus guias, que vigiam por suas almas,
indagando séria e constantemente a eles, quando o Senhor manifestará a glória
da Sua presença, na aurora da manhã.
Mas é
dever do sentinela avisar que o poder do Espírito virá enquanto houver tal
vigilância, mas é necessário lembrar que estamos ainda num mundo de trevas, e
quem pensa estar de pé deve vigiar para que não caia.
O dia
da volta do Senhor também será assim.
Será o
alvorecer de um novo dia para os que esperam nEle, mas será dia de densas
trevas para os seus inimigos.
Então
com a manifestação do Messias em sua segunda vinda, virá junto com Ele tanto
luz como trevas.
Luz
para os que O amam, e trevas eternas para os que O odeiam.
Há também
neste capítulo uma profecia dirigida contra os árabes.
Eles
farão uma coligação nos últimos dias para tentar destruir Israel, mas eles é
que serão destruídos, conforme o Senhor tem prometido.
Esta
profecia teve um primeiro cumprimento nos dias áureos da Assíria, quando foram
dominados pelo exército assírio.
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