Este
capítulo revela a grande influência que têm as capitais das nações, e os
centros onde se concentra o poder político, porque quando o Senhor se dispunha
a fazer uma cura em Israel, especialmente no meio rural, este era contaminado
por toda a iniquidade da principal tribo de Israel onde se encontrava a capital
de Samaria, onde a falsidade e a maldade, especialmente encontradas na corte
junto aos príncipes, fazia com que a iniquidade se espalhasse por toda a nação.
Grandes
centros chamados culturais são usados estrategicamente pelo diabo para
contaminar regiões e nações inteiras.
Quando
a iniquidade se multiplica a este nível, Deus e a própria idéia sobre um Deus
que julga são lançados para longe do coração e mente das pessoas.
Elas
passam a cogitar que Ele não se importa com a maldade delas, porque não se veem
juízos sendo aplicados imediatamente a cada falta cometida.
A
alegria carnal da corte de Samaria, regada a vinho, com a qual os príncipes e o
rei se alegravam constantemente, era uma inspiração para que praticassem a
maldade, especialmente para multiplicar os adultérios dos cortesãos.
O vinho
os aquecia em suas luxúrias carnais como alguém que acende um forno, e que
atiça as suas chamas até que o pão seja colocado nele para assar.
Efraim havia se misturado a tal ponto aos costumes das nações
pagãs, que não mais se podia distinguir em Israel nada do que fosse diferente
delas.
Se guardavam algo do culto devido ao Senhor, isto era apenas por
uma parte, sendo que a outra de seus corações estava ligada aos costumes de
tais nações.
Então é dito deles que era como um bolo que não foi virado, ou
seja, estava cozido apenas de um dos lados, sendo impróprio para ser usado por
Deus.
Eles
haviam misturado o culto do Senhor com o de Baal, dos sidônios.
E nunca
mais foram livrados disto em seus corações, a par de todas as reformas que
foram tentadas para livrá-los desta idolatria.
Esta
mistura com os costumes estrangeiros lhe havia roubado a força espiritual que
tinham no Senhor.
Estavam
endurecidos em sua soberba carnal, e com isto se recusavam em reconhecer a
necessidade de voltarem para o Senhor, porque estavam debaixo de uma aliança
com Ele que previa castigos em caso de desobediência, tanto quanto bênçãos em
caso de obediência.
Em vez
de colocarem sua confiança no Senhor, procuravam se fortalecer política e
militarmente fazendo alianças com nações estrangeiras, como a Assíria e o
Egito, mas eram como uma pomba enganada, que não sabia reconhecer qual era o seu
verdadeiro lugar de repouso.
Todavia,
o Senhor não lhes permitiria que consumassem o seu engano, porque lhes
apanharia com a sua rede, como se apanham as aves do céu, e os faria descer
para serem castigados por Ele, conforme os juízos que proferiu contra eles
através dos Seus profetas.
Como
haviam voltado suas costas para Deus e fugido dEle e do cumprimento da Sua
vontade, se rebelando contra Ele, seriam destruídos, porque se tivessem buscado
ao Senhor seriam libertados por Ele, mas preferiram continuar falando mentiras
contra Deus.
Não Lhe clamavam de coração, mas davam uivos
em suas camas, isto é, por causa de suas aflições, somente para verem atendidas
suas necessidades imediatas e cobiças de seus corações carnais. Choravam por
suas perdas e não pelos seus pecados.
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