Ao
contemplar qualquer pessoa, o Senhor não considera apenas o presente, mas tem
em memória tudo o que é relativo a tal pessoa, desde o ventre, porque é Deus
onisciente, e que nada esquece.
No 11º capítulo
de Oseias, o Senhor se lembra de Israel, e como lhe havia amado quando entrou
em aliança com ele quando o tirou do cativeiro do Egito.
Como
eles se houveram valorosamente nas guerras que empreenderam em Seu nome contra
as nações ímpias de Canaã, para entrarem na posse do território que lhes dera
por herança.
Eles
atendiam às Suas ordens, assim como um filho obedece ao seu pai.
Todavia,
logo se desviaram da presença do Senhor, e quanto mais Ele os chamava, mais se
afastavam dEle.
Contudo,
é impossível que um pai deixe de amar um filho, ainda quando este anda de modo
contrário à Sua vontade.
Um
filho se esquece do seu pai, mas um pai de verdade jamais se esquecerá do seu
filho.
Deus
colocou em nós, homens, tais sentimentos, porque queria que entendêssemos quais
são seus sentimentos em relação a nós, como Pai.
Ele nos
gerou como suas criaturas, e espera que vivamos como seus filhos.
Com que
pesar, por causa do atributo perfeito da Sua justiça, teria que corrigir tão
duramente a Efraim, Seu filho.
Mas o
faria sem esquecer do Seu amor e misericórdia para com ele, e sem deixar de
trazer em lembrança o quanto havia amado Efraim, desde o tempo do Egito.
Israel
havia abandonado o lar paterno e foi buscar abrigo na casa de um péssimo
padrasto, a saber, Baal (Os 11.2).
Mas
quem havia ensinado Israel a andar, e quem o havia formado foi o Senhor e não
Baal.
Não foi
Baal que havia carregado em seus braços e curado suas feridas, mas o Senhor,
contudo eles não atinaram com isto (v. 3).
O
Senhor se inclinava para lhes dar de comer, e lhes falou e tratou com palavras
humanas, se amoldando à humanidade deles, para que não fossem subjugados pelo
peso da glória da Sua divindade, e foi para com Israel como quem alivia o jugo
(v. 4).
Mas
Israel era dado a se desviar do Senhor, e quando era chamado a se elevar
pensando nas coisas do alto, ninguém o fazia (v. 7).
Por
isso seriam consumidos à espada por causa dos seus caprichos.
Contudo,
isto não seria motivo de nenhum prazer para o Senhor, mas de grande tristeza
para o Seu coração de Pai, que sempre sofre ao ter que corrigir os seus filhos.
Se
aquela geração não fosse corrigida por tais meios dolorosos, não haveria
arrependimento, e todas as gerações seguintes ficariam entregues à ruína.
Então a
correção viria como forma preventiva para preservar Israel, e não para
destruí-lo.
Por
isso o Senhor não deixaria e entregaria Efraim, a tribo que descendera de José,
como se fosse uma nação qualquer, porque
Seu coração se comovia dentro de Si, e as Suas misericórdias estavam acendendo
naquela hora triste (v. 8).
O Senhor não destruiria totalmente Efraim, por causa da Sua
misericórdia e do Seu amor por ele.
Então, faria como faz o leão para juntar os leõezinhos.
Ele bramaria e eles voltariam a Ele, ainda que tremendo, por causa
do temor dos Seus juízos, porque se afastaram por causa da sua rebeldia.
Eles voltariam voando como pássaros e como pombas das terras para
onde seriam espalhados em cativeiro, e o Senhor faria com que habitassem em
suas próprias casas.
Muitos foram os enganos e mentiras de Israel para com o Senhor,
mas ainda assim usaria desta misericórdia para com eles, para aqueles que dentre eles, se voltariam
para Ele, quando os chamasse.
Judá permaneceria em sua
própria terra, porque ainda andava em fidelidade para com Deus, e o mesmo teria
sucedido a Efraim, caso tivesse agido de igual forma.
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