Deus respondeu à queixa de Moisés,
registrada no final do capitulo quinto de Êxodo, dizendo que Ele começaria a
trazer juízos sobre os egípcios, e que faraó seria obrigado a livrar Israel por
causa da Sua mão forte.
E mandou Moisés dizer isto ao povo, e que o
Senhor havia se lembrado da aliança que havia feito com Abraão, Isaque e Jacó,
de ser o Deus da descendência deles, e assim Ele os livraria para que pudessem
viver para Ele, o servindo.
Mas, nós vemos em Êxodo 6 que o povo não
deu ouvidos a Moisés por causa da angústia de espírito e da dura servidão.
Como não foi ouvido pelo próprio povo de
Israel, Moisés temeu ir a faraó para lhe dizer aquelas palavras, e alegou
perante Deus que como o povo não lhe havia ouvido, como lhe ouviria faraó?
O Senhor se limitou a reafirmar a ordem que
lhe dera de ir a faraó, e Moisés
argumentou ainda mais uma vez, dizendo que era incircunciso de lábios, e
como lhe ouviria faraó?
Não foi portanto por causa da fé do povo e
nem por causa da fé de Moisés, que Israel seria libertado do cativeiro, mas
pela fidelidade de Deus em cumprir a promessa que havia feito aos patriarcas.
Nem seria também pela disposição e coragem deles de se colocarem em ordem de
batalha contra os egípcios, mas o faria exclusivamente pelo Seu próprio braço
forte.
Quando o povo do Senhor se encontra em
extrema fraqueza, em angústia de espírito, em razão das duras provações a que
estão sujeitos neste mundo, que lhes são desferidas por Satanás e suas hostes, o
Senhor, em razão da fidelidade à aliança que tem com eles por meio de Jesus
Cristo, se levanta em seu favor, e os livra por amor da Sua justiça e
fidelidade.
Ainda que a intercessão dos líderes falhe
em favor do povo que dirigem, e ainda que falhe a dos pais crentes em favor de
seus filhos, a intercessão do nosso Sumo-Sacerdote e Advogado que intercede por
nós dia e noite à direita do Pai, jamais falhará em sua eficácia em nosso
favor.
É portanto pelo trabalho da Sua graça e
poder que podemos prosseguir na nossa jornada, sendo livrados do cativeiro do
pecado e das opressões dos espíritos malignos, que tentam escravizar a nossa
alma, com o intuito de que não venhamos a servir ao nosso Deus.
O nome Jeová é o nome de Deus
relativo à aliança feita com a nação de Israel.
É o nome que Ele faz questão de
destacar em Êxodo 6, como sendo o nome pelo qual Ele deveria ser conhecido em
sua aliança com Israel.
Uma vez que há uma aliança que
é lembrada pelo nome, então deveria ser esperado que o Senhor agisse em relação
ao Seu povo em razão daquela aliança, que o compromissava com eles, e o povo de
Israel com Ele.
Aquela foi uma aliança que foi
feita coletivamente com toda a nação, conforme os termos da promessa feita aos
patriarcas.
Não era como a Nova Aliança,
que é uma aliança que é feita com aqueles que individual e voluntariamente
aceitam estarem aliançados com Deus por meio da fé em Cristo.
Moisés deveria ir ao povo e a
faraó nos termos da Antiga Aliança, em que o Senhor se compromissara com todas
as pessoas de Israel, no sentido de livrá-las do Egito e dar-lhes a terra de
Canaã, por possessão perpétua.
E é
fundamental que conheçamos este caráter de Deus para que possamos honrá-lo,
crendo e praticando a Sua Palavra, especialmente no que se refere às Suas
promessas.
Veja que a falta deste conhecimento fez com
que o povo de Israel não o honrasse naquele momento, porque temiam mais a faraó
do que criam no poder de Deus de libertá-los, uma vez que desde que Moisés
falou a faraó da ordem de Deus para libertar o Seu povo, faraó aumentou a carga
deles e nada aconteceu a ele, em razão da sua maldade.
E o povo não queria dar ouvido a Moisés,
por temer que faraó aumentasse ainda mais o seu sofrimento.
O mesmo sucede na dispensação da graça em
que os poderes da maldade e do inferno continuam operando, sem que pareça a
nosso juízo que nada lhes vem da parte do Senhor para deter a prática do mal.
Todavia, Satanás e seus anjos caídos já estão julgados e lhes sucederá a mesma
ruína que sobreveio da parte de Deus, no seu tempo, aos que oprimiam a Israel
no Egito.
Todavia, isto é uma grande tentação para o
povo de Deus em suas aflições neste mundo, pois pode lhes parecer que o Senhor
está indiferente aos seus sofrimentos, ou então, que caso eles assumam uma
posição de confiança total no Senhor, o diabo poderá lhes trazer um maior
sofrimento por causa disso.
No entanto, bem sabemos qual foi o final da
história e tudo o que sucedeu aos egípcios e ao próprio faraó, e os israelitas
foram libertados do cativeiro pela poderosa mão do Senhor, assim como Ele havia
prometido, desde os dias de Abraão.
É preciso pois crescer no conhecimento da
graça e de nosso Senhor Jesus Cristo. É preciso pois aumentar a fé, se
desejamos triunfar contra as forças do inimigo e viver de modo inteiramente
agradável a Deus.
Em Êxodo 6 é citada uma breve genealogia de
Ruben, Simeão e Levi, que eram os três filhos mais velhos de Jacó, por ordem
cronológica, e o destaque que se pretendeu dar no citado capítulo foi o da
descendência de Moisés e Arão, para que ficasse patente que eles eram
pertencentes à grande família de Jacó que se encontrava no Egito.
Também são destacados os três filhos mais
velhos de Jacó, não propriamente por serem mais velhos, mas para afirmar que
eles estavam sendo honrados por Deus, em razão da fidelidade à Sua promessa,
apesar de as bênçãos proféticas de Jacó em Gênesis 49, dirigidas aos três, não
terem sido favoráveis a eles.
Então aqui se dá conta, que aqueles juízos
não eram uma expressão de que tivessem sido amaldiçoados por Deus, mas que o
pecado deles foi devidamente considerado e pesado pelo Senhor, sem que
perdessem a honra de fazer parte do povo da aliança. Eles foram repreendidos no
passado, mas aqui, nesta porção das Escrituras, eles são honrados
Baseado em Êxodo 6
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