Quem É
Santo Santifique-se Ainda Mais
O
caráter do evangelho de ser aroma de vida para a vida nos que salvam, e cheiro
de morte para a morte nos que se perdem é mais uma vez afirmado no capítulo 66
de Isaías. Nunca se fala somente de bênçãos e de glória, mas também e sobretudo
de juízo e de condenação eterna debaixo de espada e de fogo.
E se
diz que serão muitos os mortos no juízo do Senhor como se vê no verso 16:
“Porque com fogo e com a sua espada entrará o Senhor em juízo com toda a carne;
e os que forem mortos pelo Senhor serão muitos.”.
Apesar
desta palavra de advertência poucos se dispõem a dar ouvidos à trombeta de
alerta que é tocada pelo Espírito através do profeta, para que o homem se
arrependa e escape da condenação futura.
Deus
declara expressamente que Ele salvará somente aqueles que tremem da Sua Palavra
e que são humildes e contritos de coração:
“A
minha mão fez todas essas coisas, e assim todas elas vieram a existir, diz o
Senhor; mas eis para quem olharei: para o humilde e contrito de espírito, que
treme da minha palavra.” (v. 2).
Assim a
mensagem do profeta é dirigida àqueles que tremem da Palavra do Senhor porque
somente eles podem ouvi-la e darem atenção a ela, porque os que se desviam de
fazer a vontade de Deus ficam endurecidos em seus pecados e se tornam
incapacitados de ouvirem aquilo que o Espírito está dizendo à igreja, pois
coisas espirituais se discernem em espírito, e assim é necessário estar em
espírito para que se possa ouvi-las.
“Ouvi a
palavra do Senhor, os que tremeis da sua palavra: Vossos irmãos, que vos odeiam
e que para longe vos lançam por causa do meu nome, disseram: Seja glorificado o
Senhor, para que vejamos a vossa alegria; mas eles serão confundidos.” (v. 5).
Neste
mesmo texto é dito que aqueles que estão na Igreja mas que andam contrariamente
com Deus no fundo de seus corações, odeiam aqueles que andam na verdade e que
não negam o nome do Senhor, e por isso eles os expulsam para longe de si, com a
ironia de que estes cristãos fiéis se alegrem mesmo em face da infidelidade
destes que lhes odeiam, para que o Senhor seja glorificado, mas Deus profere um
juízo contra eles dizendo que serão confundidos.
Eles
ficarão confundidos porque o Senhor não se manifestará a eles, e por causa de
tudo o que é dito do procedimento deles nos versos 3b e 4: “Porquanto eles
escolheram os seus próprios caminhos, e tomam prazer nas suas abominações,
também eu escolherei as suas aflições, farei vir sobre eles aquilo que temiam;
porque quando clamei, ninguém respondeu; quando falei, eles não escutaram, mas
fizeram o que era mau aos meus olhos, e escolheram aquilo em que eu não tinha
prazer.”.
Eles
escolheram não ouvir e atender à repreensão de Deus quanto aos seus pecados,
quando a palavra foi pregada a eles, e por isso o Senhor lhes deixará no seu
endurecimento trazendo sobre eles os Seus juízos.
Estes que não dão a devida consideração aos
seus pecados e à necessidade de atender ao chamado do Senhor ao arrependimento
e à conversão ficarão de fora da reunião alegre e triunfal que o Senhor fará
com todos aqueles que o amam, e que tremeram da Sua Palavra, no dia da reunião
de todos eles com Cristo no monte Sião (v. 7 a 14).
E este
dia que será de grande alegria para os servos do Senhor, será um dia de horror
para os inimigos de Deus e do Seu povo, porque Ele tomará vingança contra os
seus inimigos (v.14) para vingar as perseguições e tristezas que causaram injustamente
aos Seus servos.
É dito
que neste dia o “Senhor virá com fogo, e os seus carros serão como o
torvelinho, para retribuir a sua ira com furor, e a sua repreensão com chamas
de fogo.
Porque
com fogo e com a sua espada entrará o Senhor em juízo com toda a carne; e os
que forem mortos pelo Senhor serão muitos.
Os que
se santificam, e se purificam para entrar nos jardins após uma deusa que está
no meio, os que comem da carne de porco, e da abominação, e do rato, esses
todos serão consumidos, diz o Senhor.” (v. 15 a 17).
Ofertas
e sacrifícios são desprezados pelo Senhor
quando eles vierem de mãos não piedosas. O sacrifício do ímpio não é
somente inaceitável, como é também uma abominação ao Senhor (Prov 15.8).
Da
parte b do verso 18 ao 20, de Isaías 66, Deus promete que evangelizaria todas
as nações do mundo com o propósito de anunciar a sua glória entre as nações,
que não conheceram a Sua fama e que não haviam visto a Sua glória se
manifestando em Israel nos dias do Antigo Testamento.
Os Seus
escolhidos destas nações seriam reunidos a seus irmãos pelo trabalho de
evangelização que começaria com aqueles que escapassem do juízo de Deus em
Israel, a saber, os primeiros que vieram a formar a Igreja de Cristo em
Jerusalém e que partiram dali pregando o evangelho em todo o mundo.
E
destes que se convertessem ao evangelho o Senhor tomaria alguns para sacerdotes
e para levitas (v. 21) não nos termos do Velho Testamento, mas nos da Nova
Aliança, isto é, ministros para dirigirem a Sua casa, como Ele tem feito de
fato em todo o mundo separando pessoas para o exercício do ministério e para a
administração da Sua casa, a saber, a Sua Igreja.
O nome
e a posteridade destes convertidos (seus filhos espirituais) durarão para
sempre diante do Senhor, assim como os novos céus e a nova terra que Ele jamais
destruirá, como fará aos que existem atualmente (v. 22).
E o
Senhor será adorado todos os dias por aqueles que escaparem da Sua ira por
causa do pecado e da impiedade, e eles verão os cadáveres daqueles que
transgrediram contra Ele, dos quais o fogo do juízo jamais se afastará e que
jamais terão a oportunidade de serem ressuscitados em glória tal como os servos
de Deus, daí se dizer que o verme deles nunca morrerá, e se diz o eles serão um
horror para toda a carne (v. 23, 24).
Fecharemos
este texto de Isaías com a palavra proferida pelo Senhor Jesus em Apo 22.12:
“Eis
que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um
segundo a sua obra.”.
Uns
terão uma recompensa gloriosa, e outros terão uma recompensa que será para eles
um horror eterno.
Esta
Palavra de Jesus é uma reafirmação de tudo o que estudamos no livro do profeta
Isaías.
É por
dar atenção a esta Palavra e por colocá-la em prática, que somos
verdadeiramente salvos.
Ninguém
pense portanto que Jesus é um Salvador e Senhor para permanecermos no pecado.
Ele é
Salvador e Senhor exatamente para nos libertar dos nossos pecados.
Glorificado
seja o Seu santo nome por nos habilitar a escapar da ira vindoura e a viver de
modo agradável a Deus.
E nunca
esqueçamos que Deus fez todas estas coisas não para a nossa, mas para a Sua
própria glória (v. 18).
Uma
glória que jamais passará porque o reino de Cristo é um reino inabalável (Hb
12.27,28), cujas leis e privilégios nunca poderão ser removidos ou alterados.
Baseado em Isaías 66
Nenhum comentário:
Postar um comentário