O capítulo 24 de Êxodo registra como foi
instituída e formalizada a Antiga Aliança, tendo a Moisés por mediador, e tendo
como base o sangue de animais aspergido sobre o povo e sobre o livro da
aliança. Tal como a Nova Aliança foi instituída e formalizada quando Jesus
morreu na cruz e a selou com o Seu próprio sangue.
Deus havia prometido a Abraão ser o Deus da
sua descendência, a saber o Deus de Israel, e agora, o povo de Israel declara
que seria o povo de Deus, mediante o cumprimento de tudo o que lhe estava sendo
ordenado por Ele.
E assim foi selado o pacto, a aliança,
entre Deus e Israel, e deste com Deus.
Nenhuma aliança com Deus seria feita, se
não fosse pela provisão da graça, tipificada no sacrifício e no sangue que
apontavam para o sacrifício de Cristo; pois Deus, santo que é, não pode, em
razão da exigência da Sua justiça, fazer aliança com pecadores, mas Ele proveu
o meio necessário para isto, que é o sacrifício de Jesus, que satisfez à Sua
justiça, por ter Ele morrido no lugar dos pecadores.
É por isso que lemos no Novo Testamento, em
Hb 9.18-26, o seguinte:
“Pelo que nem o primeiro pacto foi
consagrado sem sangue; porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os
mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos novilhos e dos bodes, com água,
lã purpúrea e hissopo e aspergiu tanto o próprio livro como todo o povo,
dizendo: este é o sangue do pacto que Deus ordenou para vós. Semelhantemente
aspergiu com sangue também o tabernáculo e todos os vasos do serviço sagrado. E
quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem
derramamento de sangue não há remissão. Era necessário, portanto, que as
figuras das coisas que estão no céu fossem purificadas com tais sacrifícios,
mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. Pois
Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no
próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também
para se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote de ano em ano entra no
santo lugar com sangue alheio; doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas
vezes desde a fundação do mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez
por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.”.
Quando foi celebrada a Antiga Aliança
naquele dia memorável no Sinai, Deus fez daquela, não somente uma ocasião
solene, mas também festiva e de alegria, pois convocou à Sua presença Moisés,
Arão, Nadabe e Abiú, sacerdotes, filhos de Arão, e setenta anciãos de Israel,
sendo que estes contemplaram ao subir o monte, a glória do Senhor somente de
longe, e apenas a Moisés foi permitido se aproximar-se do Senhor.
Todos eles viram um como que calçamento de
safira que resplandecia como o brilho do céu, sobre o qual se encontravam os
pés do Deus de Israel. Eles entenderam que aquele pacto tinha um propósito
celestial, e não era apenas para propósitos terrenos, mas para atender ao
desígnio do que é divino, espiritual, celestial.
O aspecto da glória celestial não parou por
aí, pois tendo o Senhor convocado a Moisés para se dirigir ao cume do monte,
ele foi envolvido por uma nuvem que cobriu o Sinai, e a glória de Deus pousou
sobre o seu cume, e por sete dias Moisés permaneceu envolvido por aquela nuvem,
até que Deus o chamou e ele se dirigiu para o cume do monte, onde havia o
aspecto da glória do Senhor como um fogo consumidor que aparecia aos israelitas
que estavam no sopé do Sinai.
E Moisés permaneceu na presença de Deus por
quarenta dias e quarenta noites recebendo instruções para a construção e
serviço do tabernáculo.
Baseado em Êxodo 24
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