No
quinto capítulo de Isaías o Senhor diz que plantou Israel para ser uma vinha
que lhe desse bons frutos, para que os usasse no lagar que construiu para ali
depositar e espremer o seu fruto.
E tudo
o que era necessário fazer para que a Sua vinha, que era a casa de Israel,
especialmente a de Judá, foi feito por Ele.
Não
lhes faltou trato e cuidado. E nem chuvas de bênçãos nas épocas apropriadas.
E o que
fizeram os israelitas com toda esta provisão que eles receberam de Deus?
Não lhe
deram por devolvido bons frutos, mas produziram as uvas bravas do pecado e da
injustiça.
Então o
Senhor prometeu que destruiria aquela vinha imprestável e que produzia
continuamente maus frutos.
Veja o
que é dito nos versos 8 e 9:
“8 Ai
dos que ajuntam casa a casa, dos que acrescentam campo a campo, até que não
haja mais lugar, de modo que habitem sós no meio da terra!
9 A
meus ouvidos disse o Senhor dos exércitos: Em verdade que muitas casas ficarão
desertas, e até casas grandes e lindas sem moradores.”
Eles
confundiram o fruto de bênção de Deus em suas vidas com prosperidade material.
E é
este o grande problema da maior parte da Igreja de Cristo em nossos dias.
Eles
transformaram a glória espiritual e durável de Deus em suas vidas, por uma
glória terrena e passageira.
Eles
amaram o mundo e não a Deus.
E bem
sabemos o que fazem aqueles que dispõem seus corações a enriquecer com coisas
materiais, por amarem o dinheiro.
Eles
ficam expostos a muitas tentações, inclusive à prática de subornos e de
impiedades, conforme se descreve neste capitulo, para manterem e aumentarem
suas riquezas e propriedades.
Não
podem ficar satisfeitos somente com a graça do Senhor, porque a sua alma tem
uma sede insaciável, porque o desejo de enriquecer é enganoso, porque quanto
mais se tem mais se quer, porque não se pode satisfazer ao espírito com aquilo
que é material e terreno.
“9 Mas
os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas
concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na
perdição.
10
Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
11 Mas
tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o
amor, a constância, a mansidão.” (I Tim 6.9-11).
Jesus
diz à Igreja morna, cega, pobre, miserável e nua de Laodicéia, que está a ponto
de vomitá-la da Sua boca, porque não é rica da graça de Deus, mas somente dos
recursos deste mundo, e que diz portanto que é rica e abençoada pela falsa
evidência destes bens que possui, porque não é na quantidade de bens que uma
pessoa possua que se encontra o verdadeiro valor da sua vida diante de Deus.
Em Sua
longanimidade, amor e bondade o Senhor convoca tal Igreja ao arrependimento,
mas não remove a ameaça, ante a falta do mesmo.
As
coisas que sobrevieram e que ainda têm sobrevindo a Israel, e que ainda
sobrevirão nos dias do Anticristo, deveriam servir de alerta para a Igreja do
Senhor, que tem vivido especialmente nestes dias em que a sociedade pensa
somente em acumular riquezas materiais, segurança e conforto.
Há uma
missão de se evangelizar todo o mundo debaixo das aflições do evangelho, e
dificilmente poderá se entregar a tal missão todo aquele, cujo coração estiver
no tesouro terreno e não no celestial.
Então,
quando o Senhor manifestar o Seu terrível juízo sobre toda a terra, e quando o
de coração perverso deixar este mundo, para quem será tudo o que acumulou?
Quem
habitará em suas casas desertas da presença deles, conforme o Senhor pergunta
no verso 9?
Não
será por falta de aviso da Palavra de Deus que o homem errará o caminho no qual
deve andar, porque são descritos de modo muito claro e vívido, não somente a
condição perversa do coração, como também são nomeados muitos dos pecados nos
quais, os que vivem na soberba da vida, costumam cometer, como se vê
especialmente nos versos 18 a 29.
Quando
Deus trouxer Seus juízos sobre os soberbos da terra, então os justos acharão
repouso e paz, conforme está prometido no verso 16.
E o
Senhor será exaltado por causa do juízo que trará sobre os que vivem impiamente
(v. 17), porque isto revelará que apesar de ser bondoso, amoroso e longânimo, é
o Deus do juízo, que dá a cada um conforme as Suas obras, ainda que lhes dê
muito tempo para que se arrependam, por causa da sua longanimidade, tal como
vinha fazendo com a sua vinha de Israel, cuidando dela, e fazendo a chuva de
graça ser derramada do céu, mas em vez de usarem a graça para produzirem bons
frutos, a desprezaram para produzirem uvas bravas.
Baseado em Isaías 5
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