Certamente,
Isaías não viveu para ver a glória e o domínio do reino de Babilônia.
Era a
Assíria o reino dominante em seus dias.
Mas foi
dada a ele por Deus a revelação do que sucederia à glória futura de Babilônia
que viria a ser o império dominante do mundo antigo, depois da Assíria.
Todavia,
a queda de Babilônia não é profetizada no 13º capítulo de Isaías, apenas para
ser uma referência a este fato histórico que ocorreria em 537 a. C., mas para
servir de ilustração da queda da cidade gloriosa, que é exaltada na terra, tal
como fora Babilônia no passado, no dia da visitação do juízo do Senhor contra a
sua impiedade e luxúria, por ocasião da Sua segunda vinda, conforme se vê no
livro de Apocalipse, onde a cidade é codinominada de Babilônia, que passou a
ser um nome profético na Bíblia para designar todas as cidades e reinos deste
mundo que estejam vivendo na impiedade, numa luxúria obtida através de
violência, furto e pilhagens, à custa da prática de toda sorte de injustiça; e
que dá aos seus governantes e grandes, o sentimento de exaltação e vanglória,
tal como este existiu nos reis de Babilônia desde Nabucodonosor, por se
gloriarem em suas posses, conquistas e glória terrena, e não na justiça e no
Senhor.
Por
conseguinte, no meio das profecias que são dirigidas especificamente contra a
Babilônia dos dias do profeta Daniel, está inserida a profecia que tem paralelo
no livro de Apocalipse e que se refere às assolações que virão sobre toda a
terra no dia do Senhor, que é o modo de se designar profeticamente no Velho
Testamento o dia da segunda vinda de Cristo.
Esta
parte da profecia se refere à destruição
da impiedade em toda a terra e não apenas no território da cidade de Babilônia,
e que as estrelas do céu e suas constelações não darão a sua luz; o sol se
escurecerá ao nascer, e a lua não fará resplandecer a sua luz; e a visitação do
juízo do Senhor será sobre a maldade em todo o mundo, e Ele diz que visitará
também a iniquidade dos ímpios, e que fará cessar a arrogância dos atrevidos, e
abaterá a soberba dos cruéis.
Tantos
serão os mortos, que os homens serão tão raros na terra quanto é o ouro de
Ofir, porque é difícil de ser encontrado.
E diz
também que fará estremecer o céu, e a terra se movera do seu lugar, por causa
do Seu furor, e por causa do dia da sua
ardente ira (v. 6 a 13).
A partir do verso 14 até o 22 são retomadas as
profecias contra Babilônia, que seria derrubada em 537 a. C.
O que
Deus faria com Babilônia, serviria portanto de aviso para as nações para não
viverem na mesma impiedade daquele grande reino, porque foi dEle que partiu o
grande juízo que veio sobre Babilônia.
Contudo,
somente os que conhecem o Senhor dão ouvidos à Sua Palavra, e fogem da
impiedade.
Então,
em Sua onisciência, e por conhecer o que é a natureza soberba do homem,
especialmente dos grandes da terra, já são previstas e descritas as
terríveis assolações que virão sobre o
mundo no tempo do fim, por causa da referida impiedade e iniquidade, que
aumentarão em vez de diminuir, apesar das muitas profecias como esta, que
encontramos na Bíblia, revelando os juízos que Deus trouxe sobre os reinos que
viveram na impiedade, para servirem de alerta para que os homens se convertam
das suas maldades e se voltem para o Senhor, para viverem na prática da justiça.
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