Messias
continua falando através de Isaías no 50º capitulo do seu livro, e agora afirma
que não era procedente a reclamação de Israel de que havia sido esquecido por
Ele.
Ele não
lhes havia dado nenhuma carta de divórcio para que fizessem tal afirmação.
E
também não lhes apresentou nenhum documento de débito pelo qual se comprovasse
que lhes havia vendido para um outro, em troca de dinheiro.
Se algo
lhes havia repudiado ou vendido, havia sido a própria maldade deles, mas não o
fato de terem sido abandonados pelo Senhor (v. 1).
Foram
eles que Lhe haviam rejeitado e não Ele a eles.
Até
hoje ocorre o mesmo.
São os homens
que apostatam de Deus e que Lhe viram as costas e não o Senhor a Eles.
São
sempre os homens que tomam esta iniciativa, e nunca o Senhor.
Porque
seria contraditório para o ministério de quem veio buscar e salvar quem havia
se perdido, e para tornar amigos de Deus, aqueles que eram Seus inimigos.
Tão verdadeiro é o argumento que Jesus
apresentou para responder a ingratidão de Israel, que Ele o reforçou no verso 2
com outras perguntas na forma de arrazoamento para nos convencer da verdade que
somos sempre nós que o deixamos primeiro, quando interrompemos a nossa comunhão
com Ele, por causa dos nossos pecados, ou por motivo de não desejarmos
confessar nossas faltas e voltarmos para Ele, para obedecermos à Sua
vontade.
Mesmo
quando o Senhor fala pelo Espírito, diretamente, ou pela boca dos Seus
ministros, convocando as pessoas a se reconciliarem com Deus, não raro, o Seu
clamor não é atendido.
De quem
é então a culpa pelo afastamento? Do Senhor?
Ele
continua argumentando no verso 2 que tem prazer em salvar e que Seu braço nunca
se recolherá para que não possa remir.
E nunca
lhe faltará poder para livrar do mal.
Então a
consequência de falta de atendimento à convocação à reconciliação, o resultado
é principalmente morte espiritual, que é a condição de espírito resultante da
falta de comunhão com Deus, e por isso o Senhor afirma no final do verso 2 e no
verso 3 o seguinte:
“Eis
que com a minha repreensão faço secar o mar, e torno os rios em deserto;
cheiram mal os seus peixes, pois não há água, e morrem de sede: 3 Eu visto os
céus de negridão, e lhes ponho pano de saco por sua cobertura.”.
Os que
buscam o Senhor Jesus sempre receberão dEle palavras boas para instrução e para
edificação e consolação porque não fala por Si mesmo, mas pelo Pai (v. 4).
E
demonstrou isto fartamente em Seu
ministério terreno.
O Pai
Lhe sustentou na angústia, especialmente nos momentos que acompanharam a Sua
morte, de modo que não recuou, ao contrário, se ofereceu voluntariamente para
ser ferido em suas costas com as chibatadas que recebeu dos soldados romanos, e
para que sua barba fosse arrancada e não
se envergonhou e não deixou de contemplar corajosamente os rostos daqueles que
lhe cuspiam na face (v. 6).
O Pai
lhe amparou naquela hora difícil e por isso não se sentiu confundido, e pôde
assim fazer o seu rosto como uma rocha inabalável, porque sabia que não seria
envergonhado, antes glorificado e engrandecido pela Sua aflição e morte (v. 7).
Não
foram os homens os seu juízes naquela hora, porque a Sua morte foi injusta da
parte dos homens, mas justa aos olhos de Deus, não propriamente por ter
cometido alguma transgressão, ou por ter algum pecado, mas porque carregou os
nossos pecados sobre Si, e era a ofensa dos nossos pecados que estava sendo
visitada pelo juízo de Deus naquela hora de terrível angústia e dor, que o
Senhor suportou por nós e em nosso lugar.
Foi o
Pai que fez com que Ele fosse feito pecado por nós, para que pudéssemos ser
feitos justiça para Deus.
Quem
quiser contestar esta justiça divina deve se apresentar ao próprio Cristo para
que juntos sejam julgados por Deus.
Afinal
foi justo o que o Pai fez por nós pelo Filho?
O Filho
afirma que Ele foi justificado pelo Pai em tudo o que fez (v. 8).
Quem é
então o homem para contender com Deus e para contestar tal obra, se apresentado
como adversário de Cristo?
Se é o
Pai que justifica o Filho, então aqueles que foram alvo da obra do Filho em
Suas vidas, convertendo-se a Ele, são também justificados por Deus.
Assim
quem intentará acusação contra eles?
Quem os
condenará?
Os que
ousarem fazer isto perecerão e envelhecerão como um vestido e serão consumidos
pela traça do pecado, que destrói oculta, silenciosa e progressivamente (v. 9).
Então,
aqueles que temem a Deus devem ouvir a voz do Messias.
Os que
andam em trevas e que não têm luz devem simplesmente confiar no nome de Jesus e
se firmarem, não em suas próprias convicções, mas no seu Deus (v. 10).
Agora,
aqueles que não atenderem tal convocação e continuarem se cingindo com o fogo
do inferno, permanecerão andando em tais labaredas de tormento e serão
atormentados para sempre pelo Senhor na morte espiritual eterna (v. 11).
Porque
o evangelho, é aroma de vida para a vida nos que se salvam, e cheiro de morte
para a morte nos que se perdem, conforme dizer do apóstolo Paulo.
Muito bom o comentário!
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