Vemos de forma muito clara e direta em Êxodo 31, a
verdade de que os dons e talentos dos homens lhes são concedidos por Deus.
Agora, pelo bom ou
mau uso do livre arbítrio,
poderão usar estes dons para criar um ídolo abominável e para comporem toda
sorte de obras inspiradas pelo pecado e por demônios, ou então, colocarão, como
Bezalel e Aoliabe, estes dons e talentos recebidos, a serviço de Deus.
Deus mesmo qualificou as pessoas para o serviço de
construção do tabernáculo, enchendo-as do seu Espírito e também de habilidade, de inteligência e de conhecimento
em todo artifício (v. 3).
E deu sabedoria de coração a todos os homens hábeis
para que fizessem tudo o que ele havia ordenado a Moisés em relação ao tabernáculo
(v 6).
Veja que a sabedoria de coração seria dada a homens
hábeis (v 6).
O negligente, o insensato, o preguiçoso, não deve
sequer esperar receber sabedoria de coração e habilidade da parte de Deus.
Se não houver arrependimento destas coisas, se não
procurar verdadeira conversão que mude esta sua presente condição, não haverá
também da parte do Senhor qualquer mover no sentido de dar-lhe aquilo que ele
não tem procurado.
Por isso se diz que o que procura acha, e o que
pede recebe, e ao que bate à porta esta lhe é aberta.
O homem deve estar fazendo bom uso daquilo que tem
recebido de Deus.
Ele não deve enterrar os seus talentos, mas
negociar com eles para obter lucros para o seu Senhor.
E fazendo assim, Ele será convocado para tarefas
maiores e melhores, e terá satisfação em seu viver, porque o homem foi criado
para progredir em direção à perfeição espiritual.
E se este alvo não está sendo atingido, ele não
poderá ter verdadeira satisfação em seu viver.
É muito apropriado que na sequência do 31º capítulo
de Êxodo, que Deus tenha reafirmado a Moisés as ordenanças relativas ao sábado.
Pois até mesmo a obra de construção do tabernáculo
deveria ser cessada no dia de descanso para que todo o povo se lembrasse que é
o Senhor quem os santificava.
Aquele dia era santificado para lembrar sempre ao povo de Deus que eles tinham o dever de
serem santos assim como o Senhor é santo.
Seria pela santificação do sábado que Israel
testemunharia a todas as nações que Deus havia santificado os seus corações.
Eles testemunhariam que os interesses do Senhor
estão acima dos nossos próprios interesses.
Separando um dia em cada sete eles demonstrariam
que importa mais fazer a vontade do Senhor do que a nossa própria vontade.
Este seria portanto um sinal permanente de que o
Deus de Israel era distinto de todos os falsos deuses, que eram adorados pelas
demais nações.
E de tal forma era importante este testemunho a ser
dado por Israel (v. 16 e 17), na perspectiva do Senhor, que ele ordenou que
fosse morto todo aquele que fizesse alguma obra no sábado (v. 15).
O verso 18 fecha todas as ordenanças e mandamentos
que Moisés recebeu no monte Sinai naqueles quarenta dias e noites que esteve na
presença de Deus, afirmando que as duas tábuas de pedra do testemunho, escritas
pelo dedo de Deus haviam sido dadas a Moisés, depois que Ele havia acabado de
falar com ele todas as palavras que lemos do capítulo 25 ao 31 de Êxodo.
Baseado em Êxodo 31
Nenhum comentário:
Postar um comentário