A inscrição “Santidade ao Senhor” usada na lâmina
de ouro que era colocada sobre a mitra que ficava na cabeça do sumo sacerdote,
citada em Êx 28.36, é kodesh lêh Iavé, no original hebraico,
sendo a tradução de kodesh, santidade, e não santo, como aparece em algumas
versões, e a palavra traduzida por Senhor, que vem de Adonai, que era a palavra
pronunciada todas as vezes que aparecia no texto lido o nome de Deus com as
quatro consoantes iod, que corresponde a Y, hêt que corresponde a H, e vav que
corresponde a W com som de v, e um outro hêt no final, nome este que se refere
ao nome de Deus na sua aliança com Israel, cuja pronúncia se perdeu, e que em
muitas versos aparece traduzido por Jeová, num esforço de se resgatar a
possível pronúncia que o referido nome teria.
E assim toda a riqueza de detalhes da
vestimenta do sumo sacerdote estava resumida na expressão daquela lâmina de
ouro, que indicava que aquele que tem a honra de oficiar os serviços sagrados
diante de Deus deve estar em santidade de vida.
Como Arão foi o primeiro sumo sacerdote
a oficiar no tabernáculo, então a chamada vestimenta de glória, que ali se
descreve, era o traje que deveria usar
nas ocasiões também designadas por Deus, e geralmente, deveria ser trajada
depois de se fazer ofertas de sacrifício pelo pecado, e especialmente quando
eram concluídos os serviços de expiação do pecado de toda a nação, no chamado
dia da expiação nacional.
A
peça chamada de peitoral do juízo, que continha doze pedras preciosas com os
nomes inscritos das tribos de Israel, respectivamente, ensina em figura que
Jesus, como sumo sacerdote é quem traz junto ao seu coração os nomes das
pessoas do seu povo, para sempre interceder por elas, e é Ele quem se
responsabiliza pela sua salvação e bem espiritual, pois o peitoral pesava sobre
os ombros de Arão, sendo preso às ombreiras por argolas de ouro. Por isso de
diz em Is 9.6 que o governo está sobre os ombros de Jesus.
A palavra tumin, significa perfeições,
e a palavra urim, luzes, em Ex 28.30. Designavam duas pedras que deveriam ser
também colocadas no peitoral do juízo, de modo a indicar que o ofício do
sacerdote deveria ser realizado com sabedoria celestial e iluminação espiritual
também procedente de Deus.
As romãs com campainhas, tanto
ornamentavam o traje do sumo sacerdote como também serviam provavelmente para
indicar pelo som que produziam que ele continuava vivo enquanto permanecia no
interior do Santo dos Santos.
Isto serviria para lembrar ao oficiante
a necessidade de estar em sinceridade, santidade, e em reverente temor e tremor
diante do Senhor, de modo que não estivesse sujeito ao juízo de morte de Deus
para aqueles que fizessem o Seu serviço de modo indigno e relaxadamente.
Os ministros de Deus devem se separar
de toda impureza e se consagrarem ao Senhor, para o Seu serviço e honra.
Baseado em Êxodo 28
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