O pequeno discurso não contraditório de Bildade
inspirou Jó a falar das grandezas de Deus neste capítulo 26º.
De quão grande valor é a norma bíblica para
evitarmos debates e contendas que para nada servem senão para esfriar a fé.
Mas onde o nome de Deus é exaltado, tal como fizera
Bildade, outros serão inspirados a fazê-lo, como foi o caso de Jó, que neste
capítulo se ocupa somente de falar das grandezas e do poder de Deus.
Bildade introduziu o assunto da nossa pequenez
diante do Senhor, e Jó o confirmou com estas suas palavras.
Quando isto acontece, começamos a ocupar o lugar em
que devemos estar, para que o Senhor possa se manifestar a nós.
Não nos convém pensamentos de grandeza em relação a
nós mesmos. Não nos cabe exaltarmos a nós mesmos. A louvarmos a nós mesmos,
porque isto não é aprovado, senão aquele a quem o Senhor louva.
Elogio em boca própria é vitupério, diz o provérbio
dos antigos, portanto seja outra, e não a nossa boca, que nos louve, enquanto
de nós mesmos, não andemos à busca de nenhum louvor ou glorificação pessoal,
porque o Senhor terá isto para conosco como sendo justiça, por estarmos
ocupando o lugar que nos é devido em Sua presença e na de todos os homens, que
é a de humildade e submissão.
Veja que boa atmosfera e boas palavras espíritos
desarmados puderam inspirar e produzir.
Devemos caminhar por esta vereda porque a todo que
se humilha o Senhor exalta e concede graça, mas a todo o que se exalta a si
mesmo, Ele abate.
“1 Então Jó respondeu:
2 Como tens ajudado ao que não tem força e
sustentado o braço que não tem vigor!
3 como tens aconselhado ao que não tem sabedoria, e
plenamente tens revelado o verdadeiro conhecimento!
4 Para quem proferiste palavras? E de quem é o
espírito que saiu de ti?
5 Os mortos tremem debaixo das águas, com os que ali
habitam.
6 O Seol está nu perante Deus, e não há coberta para
o abismo.
7 Ele estende o norte sobre o vazio; suspende a
terra sobre o nada.
8 Prende as águas em suas densas nuvens, e a nuvem
não se rasga debaixo delas.
9 Encobre a face do seu trono, e sobre ele estende a
sua nuvem.
10 Marcou um limite circular sobre a superfície das
águas, onde a luz e as trevas se confinam.
11 As colunas do céu tremem, e se espantam da sua
ameaça.
12 Com o seu poder fez sossegar o mar, e com o seu
entendimento abateu o adversário.
13 Pelo seu sopro ornou o céu; a sua mão traspassou
a serpente veloz.
14 Eis que essas coisas são apenas as orlas dos seus
caminhos; e quão pequeno é o sussurro que dele, ouvimos! Mas o trovão do seu
poder, quem o poderá entender?” (Jó 26)
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