Este
capítulo conclui a visão e revelações que o Senhor dera a Ezequiel desde que o
arrebatara pelo cabelo para transportá-lo de Babilônia para Jerusalém.
No
capítulo anterior nós vimos que a glória do Senhor havia saído do templo e
repousado sobre os querubins.
E este
se inicia nos informando que o Espírito Santo havia levado Ezequiel à porta
Leste do templo, e junto à entrada daquela porta se encontravam 25 homens, e
entre eles Jaazanias e Pelatias, príncipes do povo, ou seja magistrados, dos
quais o Espírito disse serem os homens que maquinavam a iniquidade e que davam
conselhos ímpios em Jerusalém, porque diziam que não estava próximo o tempo de
edificar casas, porque Jerusalém era a panela e eles a carne.
Com
isso queriam dizer que estavam em segurança como a carne que está sendo cozida
no interior de uma panela de metal fervente, e que ninguém, portanto se
intrometeria com eles, porque seriam queimados pela panela ou pela água
fervente.
Então o
Espírito ordenou a Ezequiel que profetizasse contra eles, dizendo que os mortos
com os quais eles haviam enchido a cidade, esses que eram a carne, e não eles,
mas Jerusalém era de fato a caldeira, mas o Senhor os arrancaria do meio dela;
porque o temor deles da espada faria com que o Senhor trouxesse a espada sobre
eles.
Eles
tentavam anular a Palavra do Senhor na boca dos Seus profetas quanto a dizer
que se encontravam seguros naquela caldeira, mas Ele cumpriria totalmente a
Palavra que havia proferido por meio deles, quando eles próprios fossem
entregues nas mãos dos babilônios, e eles cairiam à espada, e até mesmo nos
confins de Israel os alcançaria e julgaria.
Como
magistrados eles deveriam julgar segundo a Lei do Senhor, mas procediam
conforme os costumes das nações pagãs.
Enquanto
Ezequiel profetizava, um daqueles dois homens ímpios citados pelo Espírito,
caiu morto, a saber, Pelatias. Então Ezequiel clamou com grande voz apelando
junto ao Senhor que não desse cabo ao remanescente de Israel.
Todavia,
o Senhor lhe revelou que os seus próprios irmãos, da sua parentela, e toda a
casa de Israel, eram aqueles dos quais os habitantes de Jerusalém haviam dito
que se afastassem do Senhor, porque aquela terra se lhes havia sido dada em
possessão.
Então
Ele saberia muito bem a quem preservar como remanescente do Seu povo. E mandou
Ezequiel lhes dizer que ainda que lhes enviasse para longe entre as nações,
todavia ainda lhes seria por santuário, por um certo tempo nas terras para onde
fossem espalhados pelo Seu juízo.
E
depois os ajuntaria do meio dos povos e os recolheria das nações para onde lhes
havia espalhado, e lhes traria de volta à terra de Israel (v. 17).
Ao
retornarem, restaurariam o culto devido ao Senhor, purificando-se de todas as
coisas detestáveis e abomináveis, e o Senhor lhes daria um só coração, e poria
neles um novo espírito, e tiraria o seu coração de pedra e lhes daria um
coração de carne. (v. 19).
E faria
isto para que andassem nos Seus estatutos e guardassem os seus mandamentos e os
cumprissem, e então seriam de fato o Seu povo, e Ele o Deus deles (v. 20).
Esta é
claramente uma promessa da Nova Aliança, assim como havia sido prometida também
através de Jeremias em Jer 31.31-34.
Não é
possível ser um remanescente fiel de verdade, que agrade a Deus sem que se receba
essa nova natureza prometida, pela habitação do Espírito Santo no coração. Deus
teria um povo fiel, e este seria o meio de formar um povo santo que guardasse
de fato os Seus mandamentos.
Portanto,
não seria pelo fato de ser livrado dos juízos de Deus que qualquer judeu
poderia ser considerado parte do remanescente fiel que Ele reservaria para Si.
Isto
seria medido pela mudança de coração.
Por
isso, aqueles cujo corações permanecessem arraigados às coisas que Deus
detesta, e que são abomináveis para Ele, sofreriam as consequências e
recompensas do seu próprio mau caminho, ou seja, seriam submetidos ao juízo do
Senhor (v. 21).
Depois
que o Senhor proferiu tais palavras a Ezequiel, os querubins elevaram as suas
asas, e a glória de Deus ainda permanecia sobre eles, e logo após se alçou
saindo de Jerusalém, indo repousar sobre o monte que fica ao lado oriental da
referida cidade (v. 23).
Isto
era a sinalização para a consumação dos juízos que haviam sido mostrados a
Ezequiel em visão e que seriam executados pelos babilônios, uma vez que a
glória de Deus havia se retirado de Jerusalém, e isto significava que o povo
havia sido desamparado por Ele, para ser entregue ao juízo de destruição que
havia sido sentenciado contra eles.
Tudo
quanto deveria ser mostrado a Ezequiel em visão em Jerusalém havia sido
consumado, e portanto o Espírito o levantou e o levou novamente para Babilônia,
para junto dos exilados, onde ele se encontrava quando foi arrebatado até
Jerusalém. Em lá chegando logo compartilhou com os exilados tudo o que o Senhor
lhe havia mostrado. Assim eles saberiam que eram mais do que justas as ações de
destruição do Senhor que recairiam sobre Jerusalém.
Deus
havia vindicado a Sua santidade, e este foi o motivo de ter dado a visão da Sua
glória sendo retirada gradualmente de Jerusalém, através do uso dos querubins,
os guardiões da Sua glória e santidade.
“1
Então me levantou o Espírito, e me levou à porta oriental da casa do Senhor, a
qual olha para o oriente; e eis que estavam à entrada da porta vinte e cinco
homens, e no meio deles vi a Jaazanias, filho de Azur, e a Pelatias, filho de
Benaías, príncipes do povo.
2 E
disse-me: Filho do homem, estes são os homens que maquinam a iniquidade, e dão
ímpio conselho nesta cidade;
3 os
quais dizem: Não está próximo o tempo de edificar casas; esta cidade é a
caldeira, e nós somos a carne.
4
Portanto, profetiza contra eles; profetiza, ó filho do homem.
5 E
caiu sobre mim o Espírito do Senhor, e disse-me: Fala: Assim diz o Senhor:
Assim tendes dito, ó casa de Israel; pois eu conheço as coisas que vos entram
na mente.
6
Multiplicastes os vossos mortos nesta cidade, e enchestes as suas ruas de
mortos.
7
Portanto, assim diz o Senhor Deus: Vossos mortos que deitastes no meio dela,
esses são a carne, e ela é a caldeira; a vós, porém, vos tirarei do meio dela.
8
Temestes a espada, e a espada eu a trarei sobre vós, diz o Senhor Deus.
9 E vos
farei sair do meio dela, e vos entregarei na mão de estrangeiros, e exercerei
juízos entre vós.
10
Caireis à espada; nos confins de Israel vos julgarei; e sabereis que eu sou o
Senhor.
11 Esta
cidade não vos servirá de caldeira, nem vós servirei de carne no meio dela; nos
confins de Israel vos julgarei;
12 e
sabereis que eu sou o Senhor; pois não tendes andado nos meus estatutos, nem
executado as minhas ordenanças; antes tendes procedido conforme as ordenanças
das nações que estão em redor de vós.
13 E
aconteceu que, profetizando eu, morreu Pelatias, filho de Benaías. Então caí
com o rosto em terra, e clamei com grande voz, e disse: Ah Senhor Deus! darás
fim cabal ao remanescente de Israel?
14
Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
15
Filho do homem, teus irmãos, os teus próprios irmãos, os homens de teu
parentesco, e toda a casa de Israel, todos eles, são aqueles a quem os
habitantes de Jerusalém disseram: Apartai-vos para longe do Senhor; a nós se
nos deu esta terra em possessão.
16
Portanto, dize: Assim diz o Senhor Deus: Ainda que os mandei para longe entre
as nações, e ainda que os espalhei pelas terras, todavia lhes servirei de
santuário por um pouco de tempo, nas terras para onde foram.
17
Portanto, dize: Assim diz o senhor Deus: Hei de ajuntar-vos do meio dos povos,
e vos recolherei do meio das terras para onde fostes espalhados, e vos darei a
terra de Israel.
18 E
virão ali, e tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as suas
abominações.
19 E
lhes darei um só coração, e porei dentro deles um novo espírito; e tirarei da
sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne,
20 para
que andem nos meus estatutos, e guardem as minhas ordenanças e as cumpram; e
eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
21 Mas,
quanto àqueles cujo coração andar após as suas coisas detestáveis, e das suas
abominações, eu farei recair nas suas cabeças o seu caminho, diz o Senhor Deus.
22
Então os querubins elevaram as suas asas, estando as rodas ao lado deles; e a
glória do Deus de Israel estava em cima sobre eles.
23 E a
glória do Senhor se alçou desde o meio da cidade, e se pôs sobre o monte que
está ao oriente da cidade.
24
Então o Espírito me levantou, e me levou na sua visão para a Caldéia, para os
exilados. Assim se foi de mim a visão que eu tinha visto.
25 E
falei aos do cativeiro todas as coisas que o Senhor me tinha mostrado.”
(Ezequiel 11)
muito bom!
ResponderExcluir