sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

EZEQUIEL 13


Tendo repreendido o povo no capitulo anterior, por estar dando ouvidos aos falsos profetas, neste capítulo, o Senhor se voltou para repreender os próprios falsos profetas, dizendo através de Ezequiel que não lhes havia enviado, porque profetizavam somente o que via o próprio coração deles.  
O Senhor lhes dirigiu um “Ai!”, ou seja, lhes enviaria uma grande aflição em juízo contra eles, porque falavam em Seu nome sem nada terem visto da Sua parte.
Em vez de fortalecerem os israelitas na verdade, como quem faz um muro em torno de uma casa, para lhe servir de segurança, e reparar-lhe as brechas, de maneira que pudesse resistir aos juízos do Senhor no dia da Sua visitação, eles os enfraqueceram na confiança no Senhor e na Sua Palavra, com a vaidade e a adivinhação mentirosa deles, e por isso o Senhor era contra eles, e não lhes permitiria sequer voltarem para a terra de Israel, porque seus nomes seriam apagados da genealogia do Seu povo, de modo que não houvesse sequer lembrança deles no futuro.
Eles haviam desviado o povo de Israel prometendo-lhe paz, quando não havia nenhuma paz entre eles e o Senhor, e uns com os outros.
Eles haviam agido como quem constrói uma parede com argamassa fraca, e que por fim vem a cair.
Tal sucederia com a palavra deles, e com eles próprios. 
A sua argamassa (palavra) fraca não poderia resistir na hora da tempestade que o Senhor enviaria sobre o Seu povo.
Assim eles pereceriam com a queda da parede que haviam erigido, que cairia sobre eles próprios, quando o Senhor os julgasse.
Aquela palavra falsa que vinham pregando seria portanto destruída, e eles seriam destruídos por causa desta mesma palavra. 
Além dos falsos profetas havia também as videntes, mulheres que usavam de feitiçarias, e artes mágicas, para prognosticarem um futuro próspero para os judeus que as consultavam, e para colocarem a alma de outros em amargura.
O Senhor disse que a ganância delas estava destruindo as almas que estavam caçando para atender ao seu próprio interesse, e então, como estavam matando aqueles que não haviam de morrer, até mesmo pela paga de punhados de cevada e pedaços de pão, e prometendo vida para aqueles que haviam de morrer, o Senhor era contra as suas pulseiras mágicas com as quais caçavam as almas como quem caça aves, e arrancaria dos seus braços estas almas que estavam caçando, e não somente isto, também arrancaria os véus com os quais elas estavam impedindo o povo do Senhor de enxergar a verdade (v. 17 a 21).  
Há muitos ministros do evangelho, na Igreja de Cristo, que agem como estas mulheres adivinhadoras, porque não se importam com a verdade senão em falarem aquilo que esteja em conformidade com os seus corações cheios de iniquidade.
Eles repreendem os cristãos que se consagram e entristecem com isso os seus corações, porque lhes dizem que servir a Cristo não exige santificação, à qual eles chamam de fanatismo; e por outro lado, fortalecem a impiedade daqueles que andam no erro aprovando as suas más obras, porque segundo eles, os tais aprenderam a andar na “liberdade” que Cristo veio nos trazer, para justificarem com isso, as suas próprias cobiças e mundanismo (v. 22, 23). Colocamos liberdade entre aspas porque a liberdade que eles oferecem é falsa, porque consiste de fato em permanecer escravizado ao pecado.




“1 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
2 Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel e dize a esses videntes que só profetizam o que vê o seu coração: Ouvi a palavra do Senhor.
3 Assim diz o Senhor Deus: Ai dos profetas insensatos, que seguem o seu próprio espírito sem nada ter visto!
4 Os teus profetas, ó Israel, têm sido como raposas nos desertos.
5 Não subistes às brechas, nem fizestes um muro para a casa de Israel, para que permaneça firme na peleja no Dia do Senhor.
6 Viram vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem: O Senhor diz; quando o Senhor não os enviou; e esperam que seja cumprida a palavra.
7 Acaso não tivestes visão de vaidade, e não falastes adivinhação mentirosa, quando dissestes: O Senhor diz; sendo que eu tal não falei?
8 Portanto assim diz o Senhor Deus: Porque tendes falado vaidade, e visto mentiras, por isso eis que eu sou contra vós, diz o Senhor Deus.
9 E a minha mão será contra os profetas que veem vaidade e que adivinham mentira; não estarão no conselho do meu povo, nem nos registros da casa de Israel se escreverão, nem entrarão na terra de Israel; e sabereis que eu sou o Senhor Deus.
10 Portanto, sim, porquanto desviaram o meu povo, dizendo: Paz; e não há paz; e quando se edifica uma parede, eis que a rebocam de argamassa fraca;
11 dize aos que a rebocam de argamassa fraca que ela cairá. Sobrevirá forte chuva, grandes pedras de saraiva cairão, e um vento tempestuoso a fenderá.
12 Ora, eis que, caindo a parede, não vos dirão: Onde está o reboco de que a rebocastes?
13 Portanto assim diz o Senhor Deus: fendê-la-ei no meu furor com vento tempestuoso e, na minha ira, farei cair forte chuva, e grandes pedras de saraiva, na minha indignação, para a consumir.
14 E derribarei a parede que rebocastes com argamassa fraca, e darei com ela por terra, de modo que seja descoberto o seu fundamento; quando ela cair, vós perecereis no meio dela; e sabereis que eu sou o Senhor.
15 Assim cumprirei o meu furor contra a parede, e contra os que a rebocam de argamassa fraca; e vos direi: A parede já não existe, nem aqueles que a rebocaram, a saber,
16 os profetas de Israel, que profetizam acerca de Jerusalém, e veem para ela visão de paz, não havendo paz, diz o Senhor Deus.
17 E tu, ó filho do homem, dirige o teu rosto contra as filhas do teu povo, que profetizam de seu próprio coração; e profetiza contra elas.
18 e dize: Assim diz o Senhor Deus: Ai das que cosem pulseiras mágicas para todos os braços, e que fazem véus para as cabeças de pessoas de toda estatura para caçarem as almas! Porventura caçareis as almas do meu povo? e conservareis em vida almas para vosso proveito?
19 Vós me profanastes entre o meu povo por punhados de cevada, e por pedaços de pão, matando aqueles que não haviam de morrer, e guardando vivos aqueles que não haviam de viver, mentindo ao meu povo que escuta a mentira.
20 Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis aqui eu sou contra as vossas pulseiras mágicas com que vós ali caçais as almas como aves, e as arrancarei de vossos braços; e soltarei as almas, sim as almas que vós caçais como aves.
21 Também rasgarei os vossos véus, e livrarei o meu povo das vossas mãos, e eles não estarão mais em vossas mãos para serem caçados; e sabereis que eu sou e Senhor.
22 Visto que entristecestes o coração do justo com falsidade, não o havendo eu entristecido, e fortalecestes as mãos do ímpio, para que não se desviasse do seu mau caminho, e vivesse;
23 portanto não tereis mais visões vãs, nem mais fareis adivinhações; mas livrarei o meu povo das vossas mãos, e sabereis que eu sou o Senhor.” (Ezequiel 13)


Um comentário:

  1. parabéns, que Deus te capacite cada vez mais, para que possa ajudar as pessoas a entender as verdades da santa palavra de Deus.

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