terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Perguntas Que o Homem não Pode Responder – Jó 39


Neste capítulo 39º de Jó, Deus recorre à criação dos animais. Ele tenta convencer a Jó da sua completa ignorância de como foi que Ele deu uma inteligência, capacidade, instinto, formas e tantas outras coisas específicas a cada espécie de animal.
Nisto Ele exibe a Sua grande sabedoria de Criador e de governador de todos os seres em que há fôlego de vida.  
O homem, apesar de ser distinto, de ter um espírito, também foi programado, planejado, e está restrito às características que Deus lhe deu. Ele não pode existir rejeitando o aparato físico, intelectual, emocional, espiritual, que fora criado pelo Senhor.
Como pode então o homem contender com Deus, tal como Jó fizera, apesar de tê-lo feito em grande aflição? 
Se é de Deus que temos recebido tudo o que somos, como nos debateremos ou rejeitaremos as ações da Sua providência em relação a nós, seja para alívio, seja para aflição?
Por isso, compreendemos que não nos é lícito questionarmos qualquer um dos Seus atos, porque somos propriedade Sua, e Ele tem o direito de fazer o que quiser com o que Lhe pertence.
“20 Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?
21 Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso?” (Rom 9.20, 21)
Ele é o oleiro e nós somos apenas o barro em Suas mãos.
“Não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?” (Mt 20.15)
O homem deve viver para o propósito para o qual fora criado, assim como os animais da terra vivem para o propósito respectivo, para o qual cada um deles foi criado, cumprindo fielmente suas funções.
O homem não foi criado para contender com Deus, mas para louvá-lo, adorá-lo, servi-lo, em amor e voluntariamente, em toda e qualquer situação.
Então, ainda que em grande aflição, Jó estava se desviando deste propósito e por isso estava sendo submetido a esta repreensão.



“1 Sabes tu o tempo do parto das cabras montesas, ou podes observar quando é que parem as corças?
2 Podes contar os meses que cumprem, ou sabes o tempo do seu parto?
3 Encurvam-se, dão à luz as suas crias, lançam de si a sua prole.
4 Seus filhos enrijam, crescem no campo livre; saem, e não tornam para elas:
5 Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao asno veloz,
6 ao qual dei o ermo por casa, e a terra salgada por morada?
7 Ele despreza o tumulto da cidade; não obedece os gritos do condutor.
8 O circuito das montanhas é o seu pasto, e anda buscando tudo o que está verde.
9 Quererá o boi selvagem servir-te? ou ficará junto à tua manjedoura?
10 Podes amarrar o boi selvagem ao arado com uma corda, ou esterroará ele após ti os vales?
11 Ou confiarás nele, por ser grande a sua força, ou deixarás a seu cargo o teu trabalho?
12 Fiarás dele que te torne o que semeaste e o recolha à tua eira?
13 Movem-se alegremente as asas da avestruz; mas é benigno o adorno da sua plumagem?
14 Pois ela deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó,
15 e se esquece de que algum pé os pode pisar, ou de que a fera os pode calcar.
16 Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; embora se perca o seu trabalho, ela está sem temor;
17 porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe repartiu entendimento.
18 Quando ela se levanta para correr, zomba do cavalo, e do cavaleiro.
19 Acaso deste força ao cavalo, ou revestiste de força o seu pescoço?
20 Fizeste-o pular como o gafanhoto? Terrível é o fogoso respirar das suas ventas.
21 Escarva no vale, e folga na sua força, e sai ao encontro dos armados.
22 Ri-se do temor, e não se espanta; e não torna atrás por causa da espada.
23 Sobre ele rangem a aljava, a lança cintilante e o dardo.
24 Tremendo e enfurecido devora a terra, e não se contém ao som da trombeta.
25 Toda vez que soa a trombeta, diz: Eia! E de longe cheira a guerra, e o trovão dos capitães e os gritos.
26 É pelo teu entendimento que se eleva o gavião, e estende as suas asas para o sul?
27 Ou se remonta a águia ao teu mandado, e põe no alto o seu ninho?
28 Mora nas penhas e ali tem a sua pousada, no cume das penhas, no lugar seguro.
29 Dali descobre a presa; seus olhos a avistam de longe.
30 Seus filhos chupam o sangue; e onde há mortos, ela aí está.” (Jó 39)


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