segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ESTER 1



Pela descrição que nós vemos no primeiro capitulo de Ester, o reino da Pérsia havia atingido grande poder, e por isso, havia subjugado o reino de Babilônia.
Entretanto, com todo o seu poder e glória, o reino da Pérsia viria a ser também por sua vez dominado em dias posteriores, pelos gregos, sob Alexandre Magno.
Assim, a glória do reino da Pérsia está registrada neste primeiro capítulo para que ninguém se glorie no poder dos homens, porque este é passageiro, e além disso está cheio de corrupção e orgulho carnal, como podemos ver no relato deste capítulo.
Toda aquela glória e pompa de Assuero eram vãs e passageiras, como são a de tudo o que se considere glorioso neste mundo.
Se houver alguma glória em algum reino secular deste mundo, é que eles governem segundo a justiça do evangelho, mas isto se viu e tem sido visto muito raramente na história da humanidade, um tal reino só será possível quando Jesus estiver reinando sobre toda a terra no milênio. 
A recusa da rainha Vasti em comparecer à presença do rei Assuero não pode ser considerada, em princípio, como um ato de rebelião, porque afinal não somente o rei, como todos os seus convivas estavam embriagados, e ele havia convocado a presença dela para ser apenas um objeto de exposição do seu orgulho, para mostrar a todos o quanto ela era bela.
Não é a beleza exterior de  uma pessoa que deve ser objeto de ser recomendada a outros, mas as virtudes do seu caráter.
No entanto, nenhuma ordem real poderia ser recusada, nem mesmo pela própria rainha.
Tendo consultado seus conselheiros, o rei Assuero foi instruído por eles a banir Vasti do reino para que nenhuma mulher da Pérsia e das nações dominadas por ela, soubesse do fato, e que o rei não havia tomado nenhuma providência severa, para desestimular possíveis atos de rebelião e de insubmissão feminina das esposas a seus maridos. 
E quando as esposas menosprezam e desonram aos seus maridos, aos quais, por determinação divina, elas devem honrar (Ef 5.33) cria-se não somente uma desestabilização na instituição do matrimônio como em toda a sociedade, porque a família é de fato célula básica de toda sociedade organizada.  Onde a honra da família estiver em baixa a iniquidade se expandirá com muito maior facilidade.    



“ E Sucedeu nos dias de Assuero, o Assuero que reinou desde a Índia até Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias,
2 Que, assentando-se o rei Assuero no trono do seu reino, que estava na fortaleza de Susã,
3 No terceiro ano do seu reinado, fez um banquete a todos os seus príncipes e seus servos, estando assim perante ele o poder da Pérsia e Média e os nobres e príncipes das províncias,
4 Para mostrar as riquezas da glória do seu reino, e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a saber: cento e oitenta dias.
5 E, acabados aqueles dias, fez o rei um banquete a todo o povo que se achava na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real.
6 As tapeçarias eram de pano branco, verde, e azul celeste, pendentes de cordões de linho fino e púrpura, e argolas de prata, e colunas de mármore; os leitos de ouro e de prata, sobre um pavimento de mármore vermelho, e azul, e branco e preto.
7 E dava-se de beber em copos de ouro, e os copos eram diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo a generosidade do rei.
8 E o beber era por lei, sem constrangimento; porque assim tinha ordenado o rei expressamente a todos os oficiais da sua casa, que fizessem conforme a vontade de cada um.
9 Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres, na casa real, do rei Assuero.
10 E ao sétimo dia, estando já o coração do rei alegre do vinho, mandou a Meumã, Bizta, Harbona, Bigtá, Abagta, Zetar e Carcas, os sete camareiros que serviam na presença do rei Assuero,
11 Que introduzissem na presença do rei a rainha Vasti, com a coroa real, para mostrar aos povos e aos príncipes a sua beleza, porque era formosa à vista.
12 Porém a rainha Vasti recusou vir conforme a palavra do rei, por meio dos camareiros; assim o rei muito se enfureceu, e acendeu nele a sua ira.
13 Então perguntou o rei aos sábios que entendiam dos tempos (porque assim se tratavam os negócios do rei na presença de todos os que sabiam a lei e o direito;
14 E os mais chegados a ele eram: Carsena, Setar, Admata, Társis, Meres, Marsena, e Memucã, os sete príncipes dos persas e dos medos, que viam a face do rei, e se assentavam como principais no reino),
15 o que, segundo a lei, se devia fazer à rainha Vasti, por não ter obedecido ao mandado do rei Assuero, por meio dos camareiros.
16 Então disse Memucã na presença do rei e dos príncipes: Não somente contra o rei pecou a rainha Vasti, porém também contra todos os príncipes, e contra todos os povos que há em todas as províncias do rei Assuero.
17 Porque a notícia do que fez a rainha chegará a todas as mulheres, de modo que aos seus olhos desprezarão a seus maridos quando ouvirem dizer: Mandou o rei Assuero que introduzissem à sua presença a rainha Vasti, porém ela não veio.
18 E neste mesmo dia as senhoras da Pérsia e da Média ouvindo o que fez a rainha, dirão o mesmo a todos os príncipes do rei; e assim haverá muito desprezo e indignação.
19 Se bem parecer ao rei, saia da sua parte um edito real, e escreva-se nas leis dos persas e dos medos, e não se revogue, a saber: que Vasti não entre mais na presença do rei Assuero, e o rei dê o reino dela a outra que seja melhor do que ela.
20 E, ouvindo-se o mandado, que o rei decretara em todo o seu reino (porque é grande), todas as mulheres darão honra a seus maridos, desde a maior até à menor.
21 E pareceram bem estas palavras aos olhos do rei e dos príncipes; e fez o rei conforme a palavra de Memucã.
22 Então enviou cartas a todas as províncias do rei, a cada província segundo a sua escrita, e a cada povo segundo a sua língua; que cada homem fosse senhor em sua casa, e que se falasse conforme a língua do seu povo.” (Et 1.1-22).


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