Quanto
às características dos querubins, estas já se encontram comentadas no primeiro
capitulo.
O que
há agora para se comentar em relação a este décimo capitulo, é o modo como os
juízos do Senhor foram disparados a partir deles, e executados pelo homem que
estava vestido de linho branco, citado também no capítulo anterior.
Nós já
dissemos no primeiro capítulo que são os querubins que chamam os cavaleiros do
Apocalipse a exercerem seus juízos sobre a terra. E são também eles que chamam
os anjos para lançarem suas taças cheias com os juízos de Deus sobre a terra,
nos dias do Anticristo.
Eles
têm participação nestes juízos, porque são guardiões da santidade de Deus, e
por isso se encontravam esculpidos no tabernáculo e no templo, para que fosse
ensinado em figura qual é a função deles.
É dito
então que eles fazem repousar a glória de Deus nos lugares que estão debaixo da
Sua aprovação, ou até mesmo da Sua condenação, como era agora o caso do que se
ocorria em Judá nos dias de Ezequiel.
Eles
estão em movimento porque Deus se movimentou de Seu trono para exercer juízos
sobre a terra.
Por
isso Ezequiel viu o trono do Senhor em forma de pedra de safira, acima da
cabeça dos querubins (v. 1), e partiu do trono uma voz ao homem vestido de
linho dizendo-lhe que entrasse por entre as rodas giratórias dos querubins e
que enchesse as suas mãos de brasas acesas que estavam dentre os querubins, que
são o fogo do juízo do Senhor contra o pecado; e que lançasse tais brasas
espalhando-as sobre todas a cidade de Jerusalém (v. 2).
Neste
momento os querubins estavam de pé ao lado direito do templo, quando entrou o
homem vestido de linho, e nessa hora uma nuvem encheu o átrio interior do
templo (v. 3).
E após
a entrada do homem vestido de linho, a glória do Senhor se levantou de sobre o
querubim e passou para a entrada do templo enchendo-a de uma nuvem, e assim, o
átrio interior se encheu do resplendor da glória do Senhor (v. 4).
Ezequiel
ouviu o ruído do bater das asas dos querubins, estando no átrio exterior, como
se fosse a voz do próprio Deus, e mais uma vez se ordenou ao homem vestido de
linho que pegasse fogo entre as rodas dentre os querubins, e ele se colocou
junto a uma roda, e um dos querubins pegou o fogo que estava entre eles, e o
colocou na mão do homem vestido de linho, o qual o tomou e saiu, para lançá-lo
sobre Jerusalém para que fosse queimada.
Com
isto estava selado o juízo de Deus sobre a cidade que seria executado pelos
babilônios.
A visão
dada a Ezequiel tinha o propósito de lhe revelar e aos judeus que estavam
exilados em Babilônia que nada poderia impedir que Jerusalém fosse destruída
pelo fogo, coisa que muitos deles não estavam acreditando, porque o templo do
Senhor se encontrava nela, e pensavam que Deus estava obrigado a defender a cidade,
por causa do Seu templo.
Nos
versos 8 a 14 são descritas características dos querubins que já comentamos no
primeiro capitulo.
Depois
que o homem vestido de linho saiu, os querubins se elevaram ao alto, e as rodas
que acompanhavam os seus movimentos também se elevaram com eles, porque a visão
para Ezequiel era a de uma carruagem de fogo, composta por seres viventes.
Logo
após, a glória do Senhor saiu da entrada do templo e repousou sobre os
querubins, e então estes bateram as suas asas e se elevaram ainda mais à vista
de Ezequiel, tendo depois parado à entrada da porta Leste do templo, e a glória
de Deus permanecia sobre eles.
Estes
querubins eram os mesmos que Ezequiel havia visto em sua primeira visão
descrita no primeiro capítulo, ou seja, existem no céu apenas estes quatro
querubins que foi permitido não somente a Ezequiel vê-los, como também ao
apóstolo João, e registrar o que viram em relação a eles, na Palavra de
Deus.
“1
Depois olhei, e eis que no firmamento que estava por cima da cabeça dos
querubins, apareceu sobre eles uma como pedra de safira, semelhante em forma a
um trono.
2 E
falou ao homem vestido de linho, dizendo: Vai por entre as rodas giradoras, até
debaixo do querubim, enche as tuas mãos de brasas acesas dentre os querubins, e
espalha-as sobre a cidade. E ele entrou à minha vista.
3 E os
querubins estavam de pé ao lado direito da casa, quando entrou o homem; e uma
nuvem encheu o átrio interior.
4 Então
se levantou a glória do Senhor de sobre o querubim, e passou para a entrada da
casa; e encheu-se a casa duma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da
glória do Senhor.
5 E o
ruído das asas dos querubins se ouvia até o átrio exterior, como a voz do Deus
Todo-Poderoso, quando fala.
6
Sucedeu pois que, dando ele ordem ao homem vestido de linho, dizendo: Toma fogo
dentre as rodas, dentre os querubins, entrou ele, e pôs-se junto a uma roda.
7 Então
estendeu um querubim a sua mão de entre os querubins para o fogo que estava
entre os querubins; e tomou dele e o pôs nas mãos do que estava vestido de
linho, o qual o tomou, e saiu.
8 E
apareceu nos querubins uma semelhança de mão de homem debaixo das suas asas.
9 Então
olhei, e eis quatro rodas junto aos querubins, uma roda junto a um querubim, e
outra roda junto a outro querubim; e o aspecto das rodas era como o brilho de
pedra de crisólita.
10 E,
quanto ao seu aspecto, as quatro tinham a mesma semelhança, como se estivesse
uma roda no meio doutra roda.
11
Andando elas, iam em qualquer das quatro direções sem se virarem quando
andavam, mas para o lugar para onde olhava a cabeça, para esse andavam; não se
viravam quando andavam.
12 E
todo o seu corpo, as suas costas, as suas mãos, as suas asas, e as rodas que os
quatro tinham, estavam cheias de olhos em redor.
13 E,
quanto às rodas, elas foram chamadas rodas giradoras, ouvindo-o eu.
14 E
cada um tinha quatro rostos: o primeiro rosto era rosto de querubim, o segundo
era rosto de homem, o terceiro era rosto de leão, e o quarto era rosto de
águia.
15 E os
querubins se elevaram ao alto. Eles são os mesmos seres viventes que vi junto
ao rio Quebar.
16 E
quando os querubins andavam, andavam as rodas ao lado deles; e quando os
querubins levantavam as suas asas, para se elevarem da terra, também as rodas
não se separavam do lado deles.
17
Quando aqueles paravam, paravam estas; e quando aqueles se elevavam, estas se
elevavam com eles; pois o espírito do ser vivente estava nelas.
18
Então saiu a glória do Senhor de sobre a entrada da casa, e parou sobre os
querubins.
19 E os
querubins alçaram as suas asas, e se elevaram da terra à minha vista, quando
saíram, acompanhados pelas rodas ao lado deles; e pararam à entrada da porta
oriental da casa do Senhor, e a glória do Deus de Israel estava em cima sobre
eles.
20 São
estes os seres viventes que vi debaixo do Deus de Israel, junto ao rio Quebar;
e percebi que eram querubins.
21 Cada
um tinha quatro rostos e cada um quatro asas; e debaixo das suas asas havia a
semelhança de mãos de homem.
22 E a
semelhança dos seus rostos era a dos rostos que eu tinha visto junto ao rio
Quebar; tinham a mesma aparência, eram eles mesmos; cada um andava em linha
reta para a frente.” (Ezequiel 10)
Agora conseguir entender
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