sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

EZEQUIEL 26



Esta profecia foi pronunciada no primeiro mês, do décimo primeiro ano (v. 1), e a queda de Jerusalém ocorreu no nono dia do quarto mês do décimo primeiro ano do reinado de Zedequias, quando a cidade foi arrombada pelos babilônios.
Assim, esta profecia contra Tiro foi pronunciada três meses antes da tomada de Jerusalém pelos babilônios, porque já era muito grande a aflição e a ruína dos judeus dentro da cidade, porque o sítio já durava cerca de 15 meses, e havia grande escassez de alimentos e água, e muitos estavam sendo consumidos pela peste e pela fome.
Com isso, Tiro que disputava a liderança comercial na parte oriental do Mediterrâneo, que era costeada por Israel ao Sul, e por Tiro e Sidom ao Norte, elevou-se contra a ruína dos judeus, pensando que assumiriam tal liderança, esquecidos que o Senhor tinha também um juízo contra ambas cidades, conforme descrito nesse livro do profeta Ezequiel.
Tiro estava pensando em aumentar as suas riquezas e glória, com a queda total de Israel, e que dominaria absoluta o comércio marítimo no Mediterrâneo, aumentando ainda mais a fama que os fenícios tinham de hábeis comerciantes navais.
Todavia não somente não perderiam tal fama, como perderiam para sempre tal glória, tal a grandeza da destruição que viria da parte do Senhor sobre a impiedade e idolatria deles. 
O corte que Tiro receberia lhe serviria então de bem para o futuro, e não para o seu mal; porque não haveria limites para a sua cobiça de acumular riquezas e glória, conforme o Senhor revelou o que havia nos corações dos governantes, comerciantes e do povo daquela cidade.
 Tiro seria colocada então como um sinal não apenas para si mesma, mas para todas as nações com as quais comerciava, de que acumular riquezas mundanas não é o objetivo de vida esperado por Deus. Porque tais riquezas não podem livrar quando o Senhor derrama os Seus juízos sobre aqueles que andam após a ganância de seus corações. 




“1 Ora sucedeu no undécimo ano, ao primeiro do mês, que veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
2 Filho do homem, visto como Tiro disse no tocante a Jerusalém: Ah! está quebrada a porta dos povos; está aberta para mim; eu me encherei, agora que ela está assolada;
3 portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que eu sou contra ti, ó Tiro, e farei subir contra ti muitas nações, como o mar faz subir as suas ondas.
4 Elas destruirão os muros de Tiro, e derrubarão as suas torres; e eu varrerei o seu solo, e dela farei uma rocha descalvada.
5 Ela virá a ser no meio do mar um enxugadouro de redes; pois eu o falei, diz o Senhor Deus; e ela servirá de despojo para as nações.
6 Também suas filhas que estão no campo serão mortas à espada; e saberão que eu sou o Senhor.
7 Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu trarei contra Tiro a Nabucodonosor, rei de Babilônia, desde o norte, o rei dos reis, com cavalos, e com carros, e com cavaleiros, sim, companhias e muito povo.
8 As tuas filhas ele matará à espada no campo; e construirá fortes contra ti, levantará contra ti uma tranqueira, e alçará paveses contra ti;
9 dirigirá os golpes dos seus arietes contra os teus muros, e derrubará as tuas torres com os seus machados.
10 Por causa da multidão de seus cavalos te cobrirá o seu pó; os teus muros tremerão com o estrondo dos cavaleiros, e das carroças, e dos carros, quando ele entrar pelas tuas portas, como quem entra numa cidade em que se fez brecha.
11 Com as patas dos seus cavalos pisará todas as tuas ruas; ao teu povo matará à espada, e as tuas fortes colunas cairão por terra.
12 Também eles roubarão as tuas riquezas e saquearão as tuas mercadorias; derrubarão os teus muros e arrasarão as tuas casas agradáveis; e lançarão no meio das águas as tuas pedras, as tuas madeiras, e o teu solo.
13 E eu farei cessar o arruído das tuas cantigas, e o som das tuas harpas não se ouvira mais;
14 e farei de ti uma rocha descalvada; viras a ser um enxugadouro das redes, nunca mais serás edificada; pois eu, o Senhor, o falei, diz o Senhor Deus.
15 Assim diz o Senhor Deus a Tiro: Acaso não tremerão as ilhas com o estrondo da tua queda, quando gemerem os feridos, quando se fizer a matança no meio de ti?
16 Então todos os príncipes do mar descerão dos seus tronos, e porão de lado os seus mantos, e despirão as suas vestes bordadas; de tremores se vestirão; sobre a terra se assentarão; e estremecerão a cada momento, e de ti se espantarão.
17 E farão uma lamentação sobre ti, e te dirão: Como pereceste, ó povoada de navegantes, ó cidade afamada, que foste forte no mar! tu e os teus moradores que atemorizastes a todos os que habitam ao teu redor!
18 Agora estremecerão as ilhas no dia da tua queda; sim, as ilhas, que estão no mar, espantar-se-ão da tua saída.
19 Pois assim diz o Senhor Deus: Quando eu te fizer uma cidade assolada, como as cidades que não se habitam, quando fizer subir sobre ti o abismo, e as muitas águas te cobrirem,
20 então te farei descer com os que descem à cova, ao povo antigo, e te farei habitar nas mais baixas partes da terra, em lugares desertos de há muito, juntamente com os que descem à cova, para que não sejas habitada; e estabelecerei a glória na terra dos viventes.
21 Farei de ti um grande espanto, e não mais existirás; embora te procurem, contudo, nunca serás achada, diz o Senhor Deus.” (Ezequiel 26)


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