Hamã colheria o fruto semeado pela sua própria perversidade, e assim se
dará com todos os homens no dia do Grande Juízo de Deus porque cada um colherá
exatamente aquilo que plantou: se foi perversidade o fruto que colherá no final
será o da sua própria perversidade.
Deus o retribuirá conforme o que plantou, conforme tem prometido.
Mas poucos aprendem sobre esta lição que nos é dada pelo próprio mundo
natural.
Chegado o dia do banquete em que estariam presentes somente o rei, Ester
e Hamã, o rei perguntou novamente a Ester qual era o pedido que ela pretendia
lhe fazer, e ela lhe declarou que era a sua própria vida e a do seu povo.
Ela teve sabedoria suficiente para não declarar ainda de que povo se
tratava e quem havia tomado tal decisão sem a permissão real.
Então quando ela declarou que era o perverso Hamã, o rei muito se
enfureceu e deixou o salão real e se dirigiu ao jardim, e Hamã soube naquela
hora que estava perdido e se humilhou diante de Ester pedindo que rogasse por
sua vida junto ao rei.
Como ele foi achado prostrado na cama onde Ester se encontrava, para
agravar ainda mais a sua situação, o rei, tomou aquilo como uma tentativa de
abusar da rainha em sua própria presença, e os servos do rei imediatamente
cobriram a cabeça de Hamã, em sinal de que não era digno sequer de ser visto
mais o seu rosto, e quando o rei soube por seus servos que ele havia mandado
construir uma forca para nela matar Mardoqueu, mais ainda o rei se enfureceu,
porque havia honrado por ele próprio ao tio de Ester, e então ordenou que Hamã
fosse enforcado na própria forca que ele mandara construir.
O que usar de injustiça pela injustiça será alcançado.
O que matar injustamente pela espada, pela espada será morto.
Não se trata de lei de carma, mas da lei da justa retribuição divina
pelas más ações dos homens, não será o destino que os julgará, mas o Justo
Deus.
Por isso nos convém andar em temor durante toda a nossa peregrinação
terrena sabendo que Ele tudo vê, e todos os nossos pensamentos e ações têm sido
registrados por Ele.
“1 Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 Disse outra vez o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho:
Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu desejo? Até
metade do reino, se te dará.
3 Então respondeu a rainha Ester, e disse: Se, ó rei, achei graça aos
teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição,
e o meu povo como meu desejo.
4 Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem, e
aniquilarem de vez; se ainda por servos e por servas nos vendessem,
calar-me-ia; ainda que o opressor não poderia ter compensado a perda do rei.
5 Então falou o rei Assuero, e disse à rainha Ester: Quem é esse e onde
está esse, cujo coração o instigou a assim fazer?
6 E disse Ester: O homem, o opressor, e o inimigo, é este mau Hamã. Então
Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
7 E o rei no seu furor se levantou do banquete do vinho e passou para o
jardim do palácio; e Hamã se pôs em pé, para rogar à rainha Ester pela sua
vida; porque viu que já o mal lhe estava determinado pelo rei.
8 Tornando, pois, o rei do jardim do palácio à casa do banquete do vinho,
Hamã tinha caído prostrado sobre o leito em que estava Ester. Então disse o
rei: Porventura quereria ele também forçar a rainha perante mim nesta casa?
Saindo esta palavra da boca do rei, cobriram o rosto de Hamã.
9 Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis
que também a forca de cinquenta côvados de altura que Hamã fizera para
Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de Hamã. Então disse
o rei: Enforcai-o nela.
10 Enforcaram, pois, a Hamã na forca, que ele tinha preparado para
Mardoqueu. Então o furor do rei se aplacou.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário