Deus
mandou Ezequiel propor uma parábola aos judeus, de duas águias e duas videiras.
Como eles estavam desprezando a Palavra do Senhor quanto aos juízos que
ocorreriam em Jerusalém, e o modo como eles se cumpririam, especialmente em
relação aos reis de Judá, cujos tronos estavam em Jerusalém, então, lhes
falaria por meio de alegorias, ou seja, de parábolas.
Algum
tempo antes de ter sido proposto este enigma, Nabucodonosor havia levado o rei
Joaquim para o cativeiro em Babilônia, quando tinha permanecido no trono de
Judá por apenas três meses. Juntamente com Joaquim foram trazidos os seus
príncipes e nobres para Babilônia.
Isto
está representado na parábola por uma águia que veio ao Líbano e tirou o ramo
mais alto de um cedro e arrancando a ponta mais alta dos seus ramos a colocou
numa cidade de comerciantes.
A
cidade de comerciantes era Babilônia, o centro comercial do mundo em seus dias.
O ramo
mais elevado do cedro era o rei Joaquim, que a águia (Nabucodonosor) havia
aprisionado em Babilônia, para não mais de lá sair, como de fato sucedeu.
Nabucodonosor
é comparado a uma águia na parábola, porque ela é uma ave de rapina, e era
exatamente isto que ele estava fazendo com todas as nações da terra que lhes
foram entregues por Deus para serem despojadas.
Jerusalém
é apresentada na parábola como sendo o Líbano, que era uma terra de cedros.
Quando
Nabucodonosor levou o rei Joaquim para Babilônia, colocou para reinar em seu
lugar, o seu tio (de Joaquim), chamado Matanias, cujo nome ele mudou para
Zedequias.
Então
Zedequias é a semente da terra, citada na parábola, (v. 5) que foi plantada num
solo frutífero, porque não foi um rei estranho que foi dado a Jerusalém, mas a
um natural da terra, pertencente à família real, mas foi plantado como um salgueiro,
que é uma planta fraca, e não como um cedro.
Mas o
salgueiro se tornou numa videira ampla, mas de pouca altura, e lançava os seus
ramos e raízes na direção de uma outra grande águia, para que fosse regada por
ela (v. 7).
Esta
grande águia era faraó, rei do Egito, para o qual Zedequias se voltou tentando
formar uma aliança com ele contra Babilônia.
Todavia
o Senhor revelou que isto não prosperaria, porque a outra águia (Nabucodonosor)
lhe arrancaria as raízes e não poderia portanto frutificar (v. 9). E isto seria
feito sem necessidade de esforço, porque uma vez tirada as raízes, a videira se
secaria.
No
verso 16 é predita a prisão de Zedequias em Babilônia, terra na qual ele viria
a morrer, por ter quebrado a aliança que Nabucodonosor fizera com ele, tentando
traí-lo com o Egito.
E faraó
não lhe prestaria qualquer ajuda em guerra quando Babilônia sitiasse a cidade
de Jerusalém (v. 17).
O
Senhor considerou a traição contra o rei de Babilônia, como sendo uma traição
contra a Sua própria pessoa, porque foi por Sua inspiração que Nabucodonosor
deixara Zedequias ainda reinando em Jerusalém, de modo que se ele conduzisse o
povo a caminhar em retidão, pelo arrependimento perante o Senhor, por tudo o
que havia ocorrido ao rei Jeoaquim, e depois dele ao rei Joaquim, e aos nobres
que haviam sido levados em cativeiro juntamente com ele para Babilônia, eles
poderiam emendar os seus atos e o Senhor pouparia tanto a eles quanto à cidade
de Jerusalém e o templo, depois de purificá-lo das abominações que estavam
sendo nele praticadas.
No
entanto, ao agir com traição, Zedequias, não somente quebrou o pacto que o
Senhor fizera em relação à condução da preservação de Jerusalém, como manteve o
povo debaixo da prática da corrupção e da idolatria, motivo porque, em vez de
ser poupado, seria castigado, bem ele como as suas tropas.
Nos
versos 22 a 23 nós temos uma referência a nosso Senhor Jesus Cristo, que seria
o renovo do broto que Deus tiraria do cedro (casa real de Davi) e o plantaria
sobre um monte alto e sublime em Israel
(a morte de Jesus como semente na terra do monte Calvário) da qual surgiu um
cedro excelente (a Igreja) que é abrigo de aves de toda espécie (judeus e
gentios de todas as nações que se convertem a Ele, e que por conseguinte, fazem
parte de tal Cedro excelente, a árvore plantada por Deus.
Todas
as árvores do campo (nações da terra) saberiam então que o Senhor havia abatido
a árvore alta (o reino de Babilônia) e elevou a árvore baixa (a casa e o reino
de Davi restaurados em Cristo); e secou a árvore verde (o reino de Israel, que
havia se secado nos dias de Ezequiel); e fez reverdecer a árvore seca (Israel
sendo restaurado totalmente quando da volta de nosso Senhor).
“1
Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
2 Filho
do homem, propõe um enigma, e profere uma alegoria à casa de Israel;
3 e
dize: Assim diz o Senhor Deus: uma grande águia, de grandes asas e de plumagem
comprida, cheia de penas de várias cores, veio ao Líbano e tomou o mais alto
ramo dum cedro;
4
arrancou a ponta mais alta dos seus ramos e a levou a uma terra de comércio; e
a pôs numa cidade de comerciantes.
5
Também tomou da semente da terra, e a lançou num solo frutífero; pô-la junto a
muitas águas; e plantou-a como salgueiro.
6 E
brotou, e tornou-se numa videira larga, de pouca altura, virando-se para ela os
seus ramos, e as suas raízes estavam debaixo dela. Tornou-se numa videira, e
produzia ramos, e lançava renovos.
7 Houve
ainda outra grande águia, de grandes asas, e cheia de penas; e eis que também
esta videira lançou para ela as suas raízes, e estendeu para ela os seus ramos
desde as auréolas em que estava plantada, para que ela a regasse.
8 Numa
boa terra, junto a muitas águas, estava ela plantada, para produzir ramos, e
para dar fruto, a fim de que fosse videira excelente.
9 Dize:
Assim diz o Senhor Deus: Acaso prosperará ela? Não lhe arrancará a águia as
raízes, e não lhe cortará o fruto, para que se seque? para que se sequem todas
as folhas de seus renovos? Não será necessário nem braço forte, nem muita
gente, para arrancá-la pelas raízes.
10 Mas,
estando plantada, prosperará? Não se secará de todo, quando a tocar o vento
oriental? Nas auréolas onde cresceu se secará.
11
Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
12
Dize, pois, à casa rebelde: Não sabeis o que significam estas coisas?
Dize-lhes: Eis que veio o rei de Babilônia a Jerusalém, e tomou o seu rei e os
seus príncipes, e os levou consigo para Babilônia;
13 e
tomou um da estirpe real, e fez pacto com ele, e o juramentou. E aos poderosos
da terra removeu,
14 para
que o reino ficasse humilhado, e não se levantasse, embora, guardando o seu
pacto, pudesse subsistir.
15 Mas
ele se rebelou contra o rei de Babilônia, enviando os seus embaixadores ao
Egito, para que se lhe mandassem cavalos e muita gente. Prosperará ou escapará
aquele que faz tais coisas? Quebrará o pacto e escapará?
16 Como
eu vivo, diz o Senhor Deus, no lugar em que habita o rei que o fez reinar, cujo
juramento desprezou, e cujo pacto quebrou, sim, com ele no meio de Babilônia
certamente morrerá.
17 Não
lhe prestará Faraó ajuda em guerra, nem com seu grande exército, nem com sua
companhia numerosa, quando se levantarem tranqueiras e se edificarem baluartes,
para destruir muitas vidas.
18
Porquanto desprezou o juramento e quebrou o pacto, porquanto deu a sua mão, e
ainda fez todas estas coisas, ele não escapará.
19
Portanto, assim diz o Senhor Deus: Vivo eu, que o meu juramento que desprezou,
e o meu pacto que violou, isso farei recair sobre a sua cabeça.
20 E
estenderei sobre ele a minha rede, e ficará preso no meu laço; e o levarei a
Babilônia, e ali entrarei em juízo com ele por causa da traição que cometeu
contra mim.
21 E a
fina flor de todas as suas tropas cairá à espada, e os que restarem serão
espalhados a todos os ventos; e sabereis que eu, o Senhor, o disse.
22
Assim diz o Senhor Deus: Também eu tomarei um broto do topo do cedro, e o
plantarei; do principal dos seus renovos cortarei o mais tenro, e o plantarei
sobre um monte alto e sublime.
23 No
monte alto de Israel o plantarei; e produzirá ramos, e dará fruto, e se fará um
cedro excelente. Habitarão debaixo dele aves de toda a sorte; à sombra dos seus
ramos habitarão.
24
Assim saberão todas as árvores do campo que eu, o Senhor, abati a árvore alta,
elevei a árvore baixa, sequei a árvore verde, e fiz reverdecer a árvore seca;
eu, o Senhor, o disse, e o farei.”
esta palavra falou muito ao meu coração Deus continue falando na terra de uma forma extraordinária
ResponderExcluirass. Graciene