No início deste 25º capítulo de II Reis são
descritas as ações que foram empreendidas por Nabucodonosor, para conquistar
Jerusalém, depois de tê-la sitiado por dois anos (v. 1, 2), e este estado de
sítio foi tão rigoroso que a fome foi muito grande dentro dos muros de
Jerusalém, e no 9º dia do 4º mês do 11º ano do reinado de Zedequias, a cidade
foi arrombada pelos babilônios e todos os homens do exército de Israel fugiram
e com eles o rei, mas tendo o exército de Babilônia perseguido o rei Zedequias,
este foi alcançado nas Campinas de Jericó e todo o exército de Judá se
dispersou (v. 3 a 5).
Preso Zedequias, foi conduzido à presença de
Nabucodonosor que sentenciou que seus filhos fossem degolados na sua presença,
e que seus olhos fossem vazados, e que fosse conduzido para Babilônia preso em
cadeias de bronze (v. 6, 7).
Um mês depois, Nabucodonor enviou Nebuzaradão,
capitão da sua guarda, a Jerusalém para queimar a cidade, derrubar os seus
muros, queimar o templo e o palácio do rei, e todas as casas imponentes de
Jerusalém, e para levar cativo todo o restante do povo que havia na terra,
sendo deixados apenas alguns entre os mais pobres para serem vinhateiros e
agricultores (v. 8 a 12).
Nos versos 13 a 21 são descritos os detalhes das
ações empreendidas por Nebuzaradão contra o templo e contra alguns oficiais da
cidade que foram mortos pelos seus homens.
E sobre os pobres que haviam sido deixados em Judá,
Nabucodonosor nomeou um governador sobre eles chamado Gedalias (v. 22) mas no
sétimo ano do seu governo alguns homens de Judá, liderados por Ismael, que era
da descendência real mataram Gedalias e os judeus e babilônios que o apoiavam
em seu governo (v. 23 a 25).
E temendo uma represália dos babilônios todo o povo
que havia sido deixado em Judá fugiu para o Egito (v. 26).
Nos versos 27 a 30 é descrita a bondade que o novo
rei de Babilônia, Evil-Merodaque tivera para com o rei Joaquim, que se
encontrava no cativeiro há 37 anos, sendo libertado por este da sua prisão
domiciliar e sendo conduzido a uma posição de honra no reino de Babilônia,
recebeu um trono que estava acima de todos os demais tronos dos reis vassalos
das demais nações, que se encontravam em Babilônia, e é dito que ele se sentou
à mesa da corte real até o último dia da sua vida.
O cativeiro duraria setenta anos, e isto indica o
favor que Deus fez com que Judá encontrasse da parte dos babilônios no
cativeiro.
E muito do que estava sendo feito por Ele através
dos profetas Daniel e Ezequiel certamente veio a contribuir muito para isto.
“1 E sucedeu que, ao nono ano do seu reinado, no
décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra
Jerusalém com todo o seu exército, e se acampou contra ela; levantaram contra
ela tranqueiras em redor.
2 E a cidade ficou sitiada até o décimo primeiro
ano do rei Zedequias.
3 Aos nove do quarto mês, a cidade se via tão
apertada pela fome que não havia mais pão para o povo da terra.
4 Então a cidade foi arrombada, e todos os homens
de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta entre os dois muros, a qual
estava junto ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em
redor), e o rei se foi pelo caminho da Arabá.
5 Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei, e o
alcançou nas campinas de Jericó; e todo o seu exército se dispersou.
6 Então prenderam o rei, e o fizeram subir a Ribla
ao rei de Babilônia, o qual pronunciou sentença contra ele.
7 Degolaram os filhos de Zedequias à vista dele,
vasaram-lhe os olhos, ataram-no com cadeias de bronze e o levaram para
Babilônia.
8 Ora, no quinto mês, no sétimo dia do mês, no ano
décimo nono de Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio a Jerusalém Nebuzaradão,
capitão da guarda, servo do rei de Babilônia;
9 e queimou a casa do Senhor e a casa do rei, como
também todas as casas de Jerusalém; todas as casas de importância, ele as
queimou.
10 E todo o exército dos caldeus, que estava com o
capitão da guarda, derrubou os muros em redor de Jerusalém.
11 Então o resto do povo que havia ficado na cidade,
e os que já se haviam rendido ao rei de babilônia, e o resto da multidão,
Nebuzaradão, capitão da guarda, levou cativos.
12 Mas dos mais pobres da terra deixou o capitão da
guarda ficar alguns para vinheiros e para lavradores.
13 Ademais os caldeus despedaçaram as colunas de
bronze que estavam na casa do Senhor, como também as bases e o mar de bronze
que estavam na casa do senhor e levaram esse bronze para Babilônia. ,
14 Também tomaram as caldeiras, as pás, as
espevitadeiras, as colheres, e todos os utensílios de bronze, com que se
ministrava,
15 como também os braseiros e as bacias; tudo o que
era de ouro, o capitão da guarda levou em ouro, e tudo o que era de prata, em
prata.
16 As duas colunas, o mar, e as bases, que Salomão
fizera para a casa do Senhor, o bronze de todos esses utensílios era de peso
imensurável.
17 A altura duma coluna era de dezoito côvados, e
sobre ela havia um capitel de bronze, cuja altura era de três côvados; em redor
do capitel havia uma rede e romãs, tudo de bronze; e semelhante a esta era a
outra coluna com a rede.
18 O capitão da guarda tomou também Seraías,
primeiro sacerdote, Sofonias, segundo sacerdote, e os três guardas da entrada.
19 Da cidade tomou um oficial, que tinha cargo da
gente de guerra, e cinco homens dos que viam a face do rei e que se achavam na
cidade, como também o escrivão-mor do exército, que registrava o povo da terra,
e sessenta homens do povo da terra, que se achavam na cidade.
20 Tomando-os Nebuzaradão, capitão da guarda,
levou-os ao rei de Babilônia, a Ribla.
21 Então o rei de Babilônia os feriu e matou em
Ribla, na terra de Hamate. Assim Judá foi levado cativo para fora da sua terra.
22 Quanto ao povo que tinha ficado, na terra de
Judá, Nabucodonosor, rei de Babilônia, que o deixara ficar, pôs por governador
sobre ele Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã.
23 Ouvindo, pois, os chefes das forças, eles e os
seus homens, que o rei de Babilônia pusera Gedalias por governador, vieram ter
com Gedalias, a Mizpá, a saber: Ismael, filho de Netanias, Joanã, filho de
Careá, Seraías, filho de Tanumete netofatita, e Jaazanias, filho do maacatita,
eles e os seus homens.
24 E Gedalias lhe jurou, a eles e aos seus homens,
e lhes disse: Não temais ser servos dos caldeus; ficai na terra, e servi ao rei
de Babilônia, e bem vos irá.
25 Mas no sétimo mês Ismael, filho de Netanias,
filho de Elisama, da descendência real, veio com dez homens, e feriram e
mataram Gedalias, como também os judeus e os caldeus que estavam com ele em
Mizpá.
26 Então todo o povo, tanto pequenos como grandes,
e os chefes das forças, levantando-se, foram para o Egito, porque temiam os
caldeus.
27 Depois disso sucedeu que, no ano trinta e sete
do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e sete do décimo segundo
mês, Evil-Merodaque, rei de Babilônia, no ano em que começou a reinar, levantou
a cabeça de Joaquim, rei de Judá, tirando-o da casa da prisão;
28 e lhe falou benignamente, e pôs o seu trono
acima do trono dos reis que estavam com ele em Babilônia.
29 Também lhe fez mudar as vestes de prisão; e ele
comeu da mesa real todos os dias da sua vida.
30 E, quanto à sua subsistência, esta lhe foi dada
de contínuo pelo rei, a porção de cada dia no seu dia, todos os dias da sua
vida.” (II Rs 25.1-30).
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