No
capítulo 24 de Levítico nós temos uma repetição das leis relativas à
obrigação de se manter o candelabro aceso (v. 2-4); e à mesa dos pães do
tabernáculo (v. 5-9), quanto à
forma como os pães deveriam ser colocados na mesa, em duas fileiras com seis
pães em cada uma, e que cada um dos pães
deveria ser feito com dois décimos de um efa de farinha, e deveriam ser
trocados a cada sábado.
Nos
versículos 10-16, 23 está registrado o apedrejamento de um jovem, filho de uma
israelita com um egípcio, que havia blasfemado o nome do Senhor e O
amaldiçoado.
Ele
foi aprisionado até que fosse dito o que deveria ser feito pelo Senhor.
Deus
disse a Moisés que ele deveria ser levado para fora do arraial e ser apedrejado
pela congregação até que fosse morto.
Isto
deu ensejo a que fosse pronunciada a lei para os casos de se blasfemar o nome
do Senhor (v. 16), que sendo uma tentativa de se destruir a
honra do Nome de Deus, deveria receber a justa retribuição de ser destruído
todo aquele que agisse contra a honra do autor da vida.
A
sentença deveria ser executada por toda a congregação, para
que exibissem o zelo deles em favor da honra do nome do
Senhor.
Na
Nova Aliança, Jesus removeu a imperdoabilidade do pecado de blasfêmia contra o
nome de Deus, quando disse que até o falar contra o
Filho do homem poderia ser perdoado aos homens por Ele nesta nova dispensação
da graça, assim como qualquer outro pecado dos homens, exceto a blasfêmia
contra o Espírito Santo, que identifica aquele pecado de negar a obra que é
feita por Ele, quando se tem esta convicção por revelação divina, assim como
ocorreu com muitos fariseus nos dias do ministério terreno de Jesus, que
atribuíam as obras que eles sabiam por convicção serem realizadas pelo Espírito,
a Belzebu, o maioral dos demônios.
Como
é pelo novo nascimento do Espírito Santo e santificação operada por Ele nos
corações dos homens, que eles podem ser perdoados e salvos,
então, por conseguinte, não pode haver salvação para aqueles que resistem ao
próprio Espírito Santo de Deus.
A
Antiga Aliança ensinava em figura quão perigoso é blasfemar contra Deus, pois
se o homem se coloca voluntariamente contra Ele, por fim será morto e com a
pior das mortes, que é a morte eterna, simbolizada naquela morte por
apedrejamento.
Para
marcar o caráter de gravidade de se blasfemar o nome de Deus e amaldiçoá-lo,
juntamente com o pronunciamento da lei contra aquele que havia blasfemado, o
Senhor reconfirmou a lei do olho por olho, dente por dente, indicando que a morte
de um animal poderia ser reparada com a substituição por outro igual (v. 18,
21a), mas quem matasse um homem deveria ser também morto (v. 17, 21b).
“1
Disse mais o Senhor a Moisés:
2
Ordena aos filhos de Israel que te tragam, para o candeeiro, azeite de
oliveira, puro, batido, a fim de manter uma lâmpada acesa continuamente.
3
Arão a conservará em ordem perante o Senhor, continuamente, desde a tarde até a
manhã, fora do véu do testemunho, na tenda da revelação; será estatuto perpétuo
pelas vossas gerações.
4
Sobre o candelabro de ouro puro conservará em ordem as lâmpadas perante o
Senhor continuamente.
5
Também tomarás flor de farinha, e dela cozerás doze pães; cada pão será de dois
décimos de efa.
6 E
pô-los-ás perante o Senhor, em duas fileiras, seis em cada fileira, sobre a
mesa de ouro puro.
7
Sobre cada fileira porás incenso puro, para que seja sobre os pães como
memorial, isto é, como oferta queimada ao Senhor;
8 em
cada dia de sábado, isso se porá em ordem perante o Senhor continuamente; e, a
favor dos filhos de Israel, um pacto perpétuo.
9
Pertencerão os pães a Arão e a seus filhos, que os comerão em lugar santo, por
serem coisa santíssima para eles, das ofertas queimadas ao Senhor por estatuto
perpétuo.
10
Naquele tempo apareceu no meio dos filhos de Israel o filho duma mulher
israelita, o qual era filho dum egípcio; e o filho da israelita e um homem
israelita pelejaram no arraial;
11 e
o filho da mulher israelita blasfemou o Nome, e praguejou; pelo que o trouxeram
a Moisés. Ora, o nome de sua mãe era Selomite, filha de Dibri, da tribo de Dã.
12
Puseram-no, pois, em detenção, até que se lhes fizesse declaração pela boca do
Senhor.
13
Então disse o Senhor a Moisés:
14
Tira para fora do arraial o que tem blasfemado; todos os que o ouviram porão as
mãos sobre a cabeça dele, e toda a congregação o apedrejará.
15 E
dirás aos filhos de Israel: Todo homem que amaldiçoar o seu Deus, levará sobre
si o seu pecado.
16 E
aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente será morto; toda a
congregação certamente o apedrejará. Tanto o estrangeiro como o natural, que
blasfemar o nome do Senhor, será morto.
17
Quem matar a alguém, certamente será morto;
18 e
quem matar um animal, fará restituição por ele, vida por vida.
19 Se
alguém desfigurar o seu próximo, como ele fez, assim lhe será feito:
20
quebradura por quebradura, olho por olho, dente por dente; como ele tiver
desfigurado algum homem, assim lhe será feito.
21
Quem, pois, matar um animal, fará restituição por ele; mas quem matar um homem,
será morto.
22
uma mesma lei tereis, tanto para o estrangeiro como para o natural; pois eu sou
o Senhor vosso Deus.
23
Então falou Moisés aos filhos de Israel. Depois eles levaram para fora do
arraial aquele que tinha blasfemado e o apedrejaram. Fizeram, pois, os filhos
de Israel como o Senhor ordenara a Moisés.” (Lev 24.1-23).
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