Nós
vemos no décimo capitulo de Números que Deus ordenou que fossem
fabricadas duas trombetas de prata, e
estabeleceu os tipos de toques distintos, que deveriam ser dados pelos
sacerdotes, para reunir a congregação, ou os príncipes com Moisés, ou para
ordenar o início das marchas, e também para serem tocadas nas ocasiões
festivas, e diante das ameaças de guerras.
Não é
sem razão que o encargo de tocar as trombetas foi dado aos sacerdotes, pois
isto é uma figura de que cabe aos ministros de Cristo, como seus atalaias,
darem o toque de trombeta, alteando suas vozes, para convocarem o povo para o
bom combate da fé, para conquistarem almas para o reino de Deus, resgatando-as
do reino das trevas para o reino da luz, e para alertarem o rebanho contra as
investidas dos lobos que o atacam.
Tendo
sido organizadas as tribos, ensinadas as leis, construído o tabernáculo e
instituídos os serviços, que deveriam ser realizados nele pelos sacerdotes, a
nuvem se movimentou pela primeira vez em direção ao deserto de Parã, no
vigésimo dia do segundo mês do segundo ano, isto é, logo depois de terem
celebrado a Páscoa no Sinai.
Foi
esta a primeira marcha realizada pelos israelitas,
desde que haviam acampado no Sinai, depois de terem saído do Egito.
Eles
marcharam segundo a ordem que havia sido dada por
Deus, conforme descrito no capítulo segundo.
Moisés
foi sábio e humilde ao rogar a seu cunhado, filho de Jetro, que fosse com eles
na caminhada, porque era profundo conhecedor daquela região.
Ele
não estava buscando orientação para onde seguir, porque isto seria feito pela
nuvem do Senhor, mas para que mostrasse a eles, por sua experiência, quais as
vantagens e inconveniências do lugar por onde marchariam e onde acampariam.
De
igual modo os ministros do evangelho devem ter sabedoria e humildade para
buscarem auxílio naqueles que poderão ajudá-los nas coisas e assuntos em que
não tenham a mesma experiência e domínio que eles.
Isto
não significa falta de confiança em Deus, pois Ele mesmo tem ordenado que
dependamos de outros, nas coisas comuns desta vida, para
que sejamos exercitados em humildade.
Nisto
temos um grande exemplo no apóstolo Paulo, que aprendeu a contar com
um exército de cooperadores.
“1
Disse mais o Senhor a Moisés:
2
Faze-te duas trombetas de prata; de obra batida as farás, e elas te servirão
para convocares a congregação, e para ordenares a partida dos arraiais.
3
Quando se tocarem as trombetas, toda a congregação se ajuntará a ti à porta da
tenda da revelação.
4 Mas
quando se tocar uma só, a ti se congregarão os príncipes, os cabeças dos
milhares de Israel.
5
Quando se tocar retinindo, partirão os arraiais que estão acampados da banda do
oriente.
6 Mas
quando se tocar retinindo, pela segunda, vez, partirão os arraiais que estão
acampados da banda do sul; para as partidas dos arraiais se tocará retinindo.
7 Mas
quando se houver de reunir a congregação, tocar-se-á sem retinir:
8 Os
filhos de Arão, sacerdotes, tocarão as trombetas; e isto vos será por estatuto
perpétuo nas vossas gerações.
9
Ora, quando na vossa terra sairdes à guerra contra o inimigo que vos estiver
oprimindo, fareis retinir as trombetas; e perante o Senhor vosso Deus sereis
tidos em memória, e sereis salvos dos vossos inimigos.
10
Semelhantemente, no dia da vossa alegria, nas vossas festas fixas, e nos
princípios dos vossos meses, tocareis as trombetas sobre os vossos holocaustos,
e sobre os sacrifícios de vossas ofertas pacíficas; e eles vos serão por
memorial perante vosso Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus.
11
Ora, aconteceu, no segundo ano, no segundo mês, aos vinte do mês, que a nuvem
se alçou de sobre o tabernáculo da congregação.
12
Partiram, pois, os filhos de Israel do deserto de Sinai para as suas jornadas;
e a nuvem parou ,no deserto de Parã.
13
Assim iniciaram a primeira caminhada, à ordem do Senhor por intermédio de
Moisés:
14
partiu primeiramente o estandarte do arraial dos filhos de Judá segundo os seus
exércitos; sobre o seu exército estava Nasom, filho de Aminadabe;
15
sobre o exército da tribo dos filhos de Issacar, Netanel, filho de Zuar;
16 e
sobre o exército da tribo dos filhos de Zebulom, Eliabe, filho de Helom.
17
Então o tabernáculo foi desarmado, e os filhos de Gérson e os filhos de Merári
partiram, levando o tabernáculo.
18
Depois partiu o estandarte do arraial de Rúben segundo os seus exércitos; sobre
o seu exército estava Elizur, filho de Sedeur;
19
sobre o exército da tribo dos filhos de Simeão, Selumiel, filho de Zurisadai;
20 e
sobre o exército da tribo dos filhos de Gade, Eliasafe, filho de Deuel.
21
Então partiram os coatitas, levando o santuário; e os outros erigiam o
tabernáculo, enquanto estes vinham.
22
Depois partiu o estandarte do arraial dos filhos de Efraim segundo os seus
exércitos; sobre o seu exército estava Elisama, filho de Amiúde;
23
sobre o exército da tribo dos filhos de Manassés, Gamaliel, filho de Pedazur;
24 e
sobre o exército da tribo dos filhos de Benjamim, Abidã, filho de Gideôni.
25
Então partiu o estandarte do arraial dos filhos de Dã, que era a retaguarda de
todos os arraiais, segundo os seus exércitos; sobre o seu exército estava
Aiezer, filho de Amisadai;
26
sobre o exército da tribo dos filhos de Aser, Pagiel, filho de Ocrã;
27 e
sobre o exército da tribo dos filhos de Naftali, Airá, filho de Enã.
28 Tal
era a ordem de partida dos filhos de Israel segundo os seus exércitos, quando
partiam.
29
Disse então Moisés a Hobabe, filho de Reuel, o midianita, sogro de Moisés: Nós
caminhamos para aquele lugar de que o Senhor disse: Vo-lo darei. Vai conosco, e
te faremos bem; porque o Senhor falou bem acerca de Israel.
30
Respondeu ele: Não irei; antes irei à minha terra e à minha parentela.
31
Tornou-lhe Moisés: Ora, não nos deixes, porquanto sabes onde devamos acampar no
deserto; de olhos nos serviras.
32
Se, pois, vieres conosco, o bem que o Senhor nos fizer, também nós faremos a
ti.
33
Assim partiram do monte do Senhor caminho de três dias; e a arca do pacto do
Senhor ia adiante deles, para lhes buscar lugar de descanso.
34 E
a nuvem do Senhor ia sobre eles de dia, quando partiam do arraial.
35
Quando, pois, a arca partia, dizia Moisés: Levanta-te, Senhor, e dissipados
sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam.
36 E,
quando ela pousava, dizia: Volta, ó Senhor, para os muitos milhares de Israel..”
(Nm 10.1-36).
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