Por
ordem do Senhor dos Exércitos foram enviados 12.000 homens de Israel, 1.000 de
cada tribo, para guerrear contra os midianitas.
Este
número de guerreiros era apenas a metade do número de israelitas que havia morrido
(24.000), por causa da estratégia tencionada dos midianitas, pelo
conselho de Balaão, para conduzi-los à ruína, pela
prostituição com as mulheres de Midiã.
Agora
era ordenado por Deus que a morte daqueles 24.000 israelitas fosse vingada com
o extermínio de todos os midianitas, exceto as crianças do sexo feminino e as
moças virgens.
O
território dos midianitas não havia sido projetado para ser possessão de
Israel, e eles nada teriam sofrido se não tivessem se confederado com os
moabitas, para amaldiçoar os israelitas, e acabaram sendo eles o instrumento
usado pelo diabo, para conduzir o povo de Deus à
idolatria, seguindo o conselho de Balaão, que
era do meio deles.
Isto
nos ensina que para Deus os seus piores inimigos são aqueles que induzem o Seu
povo a pecar. O caso dos midianitas bem ilustra esta verdade com o juízo que
foi determinado sobre eles.
Muitos
se esquecem que estão debaixo do poder de Deus,
tanto o enganado quanto o enganador.
Ele
não deixará de exercer os Seus Juízos sobre aqueles que usam de engano, se valendo
da estratégia usada pelo diabo desde o princípio com Eva.
E
sabemos que Satanás é o pai do engano e da mentira.
Se o
juízo começa pela própria casa de Deus, como se deu com os israelitas, no
entanto, o julgamento não terminará lá.
Há um
dia em que a vingança será despejada da parte do Senhor sobre todos os que
introduziram erros e corrupções na igreja, com
o fim de enganar e induzir os cristãos à prática do pecado, e à
consequente quebra de comunhão com o Seu Deus.
Tanto
o diabo quanto os homens enganosos serão lançados no lago de fogo e enxofre.
A
vingança sobre Amaleque foi adiada para o futuro longínquo, nos dias do rei
Saul, mas a vingança sobre Midiã foi imediata,
porque constituam um inimigo muito mais perigoso para a sobrevivência de
Israel.
É bem
provável que o risco de uma nova tentação bem sucedida pairava no ar, tanto que
depois de terem exterminado os homens midianitas, os israelitas haviam poupado
todas as mulheres, transgredindo o mandado de Deus, que havia decidido poupar
somente as moças virgens e as crianças do sexo feminino.
As
mulheres que não eram virgens estavam acostumadas às terríveis práticas
abomináveis associadas à prostituição cultual exigida no culto a Baal, e aquilo
exercia um forte fascínio e atração à lascívia, e qualquer aproximação delas
era uma garantia quase certa de se ceder às luxúrias da carne.
Naquelas
condições e pelo que já havia ocorrido anteriormente, não havia outra
alternativa senão a de pôr um fim não somente aos ídolos, como
também às promotoras da sua adoração sensual.
Israel
queimou todas as cidades dos midianitas, mataram seus cinco reis e juntamente
com eles ao próprio Balaão, e tomaram um grande despojo em bens.
Foi
determinado que os israelitas fossem purificados em conformidade com o
cerimonial da lei, com a água purificadora preparada com as cinzas da novilha
vermelha a que já nos referimos no comentário relativo ao capítulo 19.
Eles
haviam mergulhado as suas mãos em sangue e tiveram contato com os cadáveres
daqueles que haviam sido mortos por eles, entretanto não tinham contraído culpa
moral, porque a guerra tinha caráter legal e foi determinada pelo próprio Deus,
contudo estavam debaixo de uma impureza cerimonial prevista na lei, e não
poderiam se aproximar do tabernáculo sem serem purificados.
Os
próprios bens que tinham tomado como despojo do inimigo deveriam também receber
a mesma purificação cerimonial, para serem admitidos no
acampamento de Israel, sendo que os objetos que pudessem resistir ao fogo
deveriam ser purificados com o mesmo, e os que não pudessem resistir ao fogo
deveriam ser lavados com água.
Hoje,
na Nova Aliança todas as coisas são purificadas pela Palavra e pela
oração.
O
Senhor mesmo estabeleceu o critério para a divisão do despojo: metade para os
que foram à guerra, que tinham exposto as suas vidas, e metade para o restante
da congregação.
Sendo
que do despojo que caberia aos homens de guerra, um em cada quinhentos dos bens
do referido despojo deveria ser separado como oferta para Deus, e deveriam ser
entregues aos sacerdotes.
Um em
cada cinquenta da metade do despojo que caberia à congregação, deveria ser dado
aos levitas.
Nós
vemos neste critério de repartição feito pelo Senhor, que Ele recompensa os
nossos esforços com equidade e justiça, pois o maior tributo foi
cobrado da parte da congregação e não dos homens de guerra, que haviam exposto as suas vidas.
A
salvação em Jesus é a mesma para todos, e é unicamente pela graça, mas o
galardão é correspondente ao grau da fidelidade, dos serviços e esforços de
cada um dos servos de Deus.
A
distinção que se observa entre os servos de Deus, em que uns sejam mais
abençoados do que outros, está relacionada proporcionalmente ao
grau de compromisso com o Senhor.
A
salvação é a mesma para todos, especialmente no que tange à justificação e
regeneração, mas as honras e bênçãos do Senhor são maiores em conformidade com
o grau de obediência e de fidelidade à Sua vontade.
“Mas
digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia
em abundância, em abundância também ceifará,” (II Cor 9.6).
“Portanto,
diz o Senhor Deus de Israel: Na verdade eu tinha dito que a tua casa e a casa
de teu pai andariam diante de mim perpetuamente. Mas agora o Senhor diz: Longe
de mim tal coisa, porque honrarei aos que me honram, mas os que me desprezam
serão desprezados” (I Sm 2.30).
“Ora,
uma só coisa é o que planta e o que rega; e cada um receberá o seu galardão
segundo o seu trabalho.” (I Cor 3.8).
“Se
permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão.” (I
Cor 3.14).
A
luta dos israelitas contra o pecado lhes trouxe grande recompensa porque o
espólio que foi tomado ao inimigo foi
muito grande, como se pode ver neste capítulo, especialmente na contagem de
milhares de animais que foram acrescentados aos rebanhos dos israelitas.
Nisto
há uma figura de que o cristão só tem a ganhar nas vitórias
sobre o pecado, se empenhando na luta
espiritual, para que não seja submetido às investidas dos poderes das trevas,
da carne e do mundo, pois o Senhor recompensará o seu esforço com bênçãos.
Balaque
havia buscado o mal de Israel, gratuitamente, por temor de perder os seus bens,
e acabou perdendo não somente os bens do seu povo, como também as suas próprias
vidas.
“1
Disse mais o Senhor a Moisés:
2
Vinga os filhos de Israel dos midianitas; depois serás recolhido ao teu povo.
3
Falou, pois, Moisés ao povo, dizendo: Armai homens dentre vós para a guerra, a
fim de que saiam contra Midiã, para executarem a vingança do Senhor sobre
Midiã.
4
Enviareis à guerra mil de cada tribo entre todas as tribos de Israel.
5
Assim foram entregues dos milhares de Israel, mil de cada tribo, doze mil
armados para a peleja.
6 E
Moisés mandou à guerra esses mil de cada tribo, e com eles Fineias,
filho de Eleazar, o sacerdote, o qual levava na mão os vasos do santuário e as
trombetas para tocarem o alarme.
7 E
pelejaram contra Midiã, como o senhor ordenara a Moisés; e mataram a todos os
homens.
8 Com
eles mataram também os reis de Midiã, a saber, Evi, Requem, Zur, Hur e Reba,
cinco reis de Midiã; igualmente mataram à espada a Balaão, filho de Beor.
9
Também os filhos de Israel levaram presas as mulheres dos midianitas e os seus
pequeninos; e despojaram-nos de todo o seu gado, e de todos os seus rebanhos,
enfim, de todos os seus bens;
10
queimaram a fogo todas as cidades em que eles habitavam e todos os seus
acampamentos;
11
tomaram todo o despojo e toda a presa, tanto de homens como de animais;
12 e
trouxeram os cativos e a presa e o despojo a Moisés, a Eleazar, o sacerdote, e
à congregação dos filhos de Israel, ao arraial, nas planícies de Moabe, que
estão junto do Jordão, na altura de Jericó.
13
Saíram, pois, Moisés e Eleazar, o sacerdote, e todos os príncipes da
congregação, ao encontro deles fora do arraial.
14 E
indignou-se Moisés contra os oficiais do exército, chefes dos milhares e chefes
das centenas, que vinham do serviço da guerra,
15 e
lhes disse: Deixastes viver todas as mulheres?
16
Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, fizeram que os filhos de
Israel pecassem contra o Senhor no caso de Peor, pelo que houve a praga entre a
congregação do Senhor.
17
Agora, pois, matai todos os meninos entre as crianças, e todas as mulheres que
conheceram homem, deitando-se com ele.
18
Mas todas as meninas, que não conheceram homem, deitando-se com ele, deixai-as
viver para vós.
19
Acampai-vos por sete dias fora do arraial; todos vós, tanto o que tiver matado
alguma pessoa, como o que tiver tocado algum morto, ao terceiro dia e ao sétimo
dia purificai-vos, a vós e aos vossos cativos.
20
Também purificai-vos no tocante a todo vestido, e todo artigo de peles, e toda
obra de pelos de cabras, e todo utensílio de madeira.
21
Então Eleazar, o sacerdote, disse aos homens de guerra que tinham saído à
peleja: Este é o estatuto da lei que o Senhor ordenou a Moisés:
22 o
ouro, a prata, o bronze, o ferro, o estanho, o chumbo,
23
tudo o que pode resistir ao fogo, fálo-eis passar pelo fogo, e ficará limpo;
todavia será purificado com a água de purificação; e tudo o que não pode
resistir ao fogo, fá-lo-eis passar pela água.
24
Também lavareis as vossas vestes ao sétimo dia, e ficareis limpos, e depois
entrareis no arraial.
25
Disse mais o Senhor a Moisés:
26
Faze a soma da presa que foi tomada, tanto de homens como de animais, tu e
Eleazar, o sacerdote, e os cabeças das casas paternas da congregação;
27 e
divide-a em duas partes iguais, entre os que, hábeis na guerra, saíram à
peleja, e toda a congregação.
28 E
tomarás para o Senhor um tributo dos homens de guerra, que saíram à peleja; um
em quinhentos, assim dos homens, como dos bois, dos jumentos e dos rebanhos;
29 da
sua metade o tomareis, e o dareis a Eleazar, o sacerdote, para a oferta alçada
do Senhor.
30
Mas da metade que pertence aos filhos de Israel tomarás um de cada cinquenta,
tanto dos homens, como dos bois, dos jumentos, dos rebanhos, enfim, de todos os
animais, e os darás aos levitas, que estão encarregados do serviço do
tabernáculo do Senhor.
31
Fizeram, pois, Moisés e Eleazar, o sacerdote, como o Senhor ordenara a Moisés.
32
Ora, a presa, o restante do despojo que os homens de guerra tomaram, foi de
seiscentas e setenta e cinco mil ovelhas,
33
setenta e dois mil bois,
34 e
sessenta e um mil jumentos;
35 e
trinta e duas mil pessoas, ao todo, do sexo feminino, que ainda se conservavam
virgens.
36
Assim a metade, que era a porção dos que saíram à guerra, foi em número de
trezentas e trinta e sete mil e quinhentas ovelhas;
37 e
das ovelhas foi o tributo para o Senhor seiscentas e setenta e cinco.
38 E
foram os bois trinta e seis mil, dos quais foi o tributo para o Senhor setenta
e dois.
39 E
foram os jumentos trinta mil e quinhentos, dos quais foi o tributo para o
Senhor sessenta e um.
40 E
houve de pessoas dezesseis mil, das quais foi o tributo para o Senhor trinta e
duas pessoas.
41
Moisés, pois, deu a Eleazar, o sacerdote, o tributo, que era a oferta alçada do
Senhor, como o Senhor ordenara a Moisés.
42 E
da metade que era dos filhos de Israel, que Moisés separara da que era dos
homens que pelejaram
43
(ora, a metade que coube à congregação foi, das ovelhas, trezentas e trinta e
sete mil e quinhentas;
44
dos bois trinta e seis mil;
45
dos jumentos trinta mil e quinhentos;
46 e
das pessoas dezesseis mil),
47
isto é, da metade que era dos filhos de Israel, Moisés tomou um de cada cinquenta,
tanto dos homens como dos animais, e os deu aos levitas, que estavam
encarregados do serviço do tabernáculo do Senhor; como o Senhor ordenara a
Moisés.
48
Então chegaram-se a Moisés os oficiais que estavam sobre os milhares do
exército, os chefes de mil e os chefes de cem,
49 e
disseram-lhe: Teus servos tomaram a soma dos homens de guerra que estiveram sob
o nosso comando; e não falta nenhum de nós.
50
Pelo que trouxemos a oferta do Senhor, cada um o que achou, artigos de ouro,
cadeias, braceletes, anéis, arrecadas e colares, para fazer expiação pelas
nossas almas perante o Senhor.
51
Assim Moisés e Eleazar, o sacerdote, tomaram deles o ouro, todo feito em jóias.
52 E
todo o ouro da oferta alçada que os chefes de mil e os chefes de cem fizeram ao
Senhor, foi dezesseis mil setecentos e cinquenta
siclos
53
(pois os homens de guerra haviam tomado despojo, cada um para si).
54
Assim receberam Moisés e Eleazar, o sacerdote, o ouro dos chefes de mil e dos
chefes de cem, e o puseram na tenda da revelação por memorial para os filhos de
Israel perante o Senhor.” (Nm 31.1-54).
mesmo assim não entendo! lendo este texto percebo espirito de ganancia no meio do povo de Israel pelo despojo, e já no primeiro versículo Deus manda Moises fazer vingança! hora, a Bíblia manda esperar no Senhor a vingança, e depois onde está a misericórdia de Deus? acaso aquele povo não poderia se converter? como aconteceu com Acabe? que vez coisas muito pior?... no final ficaram com as coisas roubadas e ainda cometeram pedofilia como disse.... as meninas ficam para vos .... lendo Numeros cp 31.. tudo que acontece na bíblia é o que hoje o estado islâmico fazem com os cristãos e a todos os que se os impõe ... realmente mais acredito que o velho testamento tem mais a vontade do homem que a vontade de Deus! não acredito que ele seja tudo isso!... amo a JESUS CRISTO pois ele em nada contraria a bíblia! é puro amor e manda amar o meu pior inimigo! amem louvado seja o meu único Deus Jesus
ResponderExcluirA lei de Moisés tinha uma conduta muito diferente mesmo Jucimar. Era a época do "olho por olho e dente por dente". A lei do mais forte. Dominava a Terra aquele que vencia a guerra. E quem vencia a guerra era o povo que conseguia matar a todos daquela Terra, "purificando" o local para ali ser inserido o povo do vencedor.
ExcluirConforme sabemos, posteriormente Cristo veio e aboliu essa lei, trazendo uma lei de fardo leve e julgo suave, trazendo o amor a tona. Mas até chegar a Cristo, tem toda uma descendência por trás. E essa descendência vem do povo de Israel.
Quanto a pedofilia, não entendi isso quando li, na vdd, meu entendimento é que as meninas foram inseridas no povo, para que quando crescessem pudessem servir de esposas aos filhos d'Israel. Mulheres não tinham voz ativa naquela época, então seriam facilmente dominadas, diferente dos meninos, que poderiam, em vingança, crescer e tramar contra o povo de Israel pela morte de seus pais.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirFico pensado,da a entender que nessa passagem eles teriam acabado com os midianitas,mas acho que não pois anos depois se ver o juiz Gedeão lutando para vencer esse mesmo povo
ResponderExcluirSobre o versículo 40, do cap 31... Essas pessoas eram as virgens, separadas p Deus. Algum registro do que seria feito com elas? Servir no templo não poderiam...
ResponderExcluirTambém tenho a mesma dúvida da Fran
ResponderExcluiralguem responde a Fran por favorrr
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