Nós
temos no 16º capítulo do livro de Números o relato da rebelião de Coré, Datã e
Abirão.
Coré era
também um coatita, da tribo de Levi, tal como Moisés e Arão.
Certamente
ele estava pensando em tomar o sumo sacerdócio de Arão para si, e a posição de
liderança de Moisés para Elisafã, o príncipe líder dos coatitas (Nm 3.30), e
para buscar apoio político aliou-se a Datã e Abirão, príncipes da tribo de
Rúben, e juntamente com estes estavam associados outros 250 príncipes de
Israel, que eles haviam conseguido atrair para a sua causa, mas não há dúvida
que Coré era o líder daquela rebelião, conforme citado em
Judas 11, em relação aos falsos mestres que intentavam tomar o lugar da
liderança dos apóstolos, referindo-se a eles nos seguintes termos:
“Ai
deles! porque foram pelo caminho de Caim, e por amor do lucro se atiraram ao
erro de Balaão, e pereceram na rebelião de Coré.”
(Jd 11).
Assim
a insatisfação manifesta de um só homem revelaria a de muitos outros e lhes traria
destruição. Daí se dizer “a rebelião de Coré.”
É
preciso ter muito cuidado com aqueles que nos apresentam argumentos
convincentes que parecem ser para o nosso bem e liberdade, e que no final
acabam nos conduzindo a caminhos de morte.
Eles
devem ter prometido ao povo que os libertaria dos pesados mandamentos da lei de
Moisés e da inflexibilidade dos seus juízos, como o que havia sido proferido
sobre o homem que havia catado lenha num dia de sábado, e que fora morto por
apedrejamento.
Eles
hastearam a bandeira da igualdade, proclamando que todos eram santos em Israel
e tinham o direito de exercer a liderança pela escolha do povo.
A
causa estava quase ganha, na perspectiva deles, porque naquela conspiração, que
deve ter sido montada astuciosamente, longe das vistas de Moisés e Arão, haviam
conseguido juntar um grande número de aliados, dos quais a Palavra nos dá conta
serem “duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel,
príncipes da congregação, chamados à assembleia,
varões de renome;” (v. 2).
Por influência
destes líderes a insatisfação de toda a congregação foi revelada e manifestada,
pois a causa deles era também a sua, porque queriam liberdade para fazerem o
que era da própria vontade, contra a ordenança expressa de Deus para eles de
que deveriam “lembrar de todos os mandamentos do Senhor, e os observarem; para que não se deixassem arrastar pela
infidelidade dos seus corações ou pela sua vista, como antes o faziam”,
conforme está registrado no final do décimo quinto capítulo.
Havia,
portanto uma batalha declarada da parte de Deus contra eles, da Sua santidade
contra a carnalidade dos israelitas.
A
luta do Espírito contra a carne estava aqui bem representada.
A
natureza terrena nos puxando para baixo, e a vontade do Senhor tentando nos
puxar para cima.
Israel
teria que pagar um preço elevado em vidas, até que aprendesse quão dura coisa é
resistir contra a vontade do Senhor.
O que
fez Moisés diante do protesto deles?
Mais
uma vez ele se prostrou com o rosto em terra (v.4),
procurando alento e instrução no Senhor.
Ele
teria resignado humildemente ao seu cargo se fosse esta a vontade de Deus.
Ele
estava constrangido em seu espírito em ter que obedecer ao Senhor, assim como
Davi em seu reinado e Paulo em seu apostolado.
Eles
não se tinham feito líderes, reis, apóstolos, senão pelo Senhor que os havia
chamado.
Do
mesmo modo não foi Moisés quem indicou Arão e sua família para o sacerdócio,
mas o próprio Deus.
Certamente
que isto era um grande privilégio, mas antes de tudo era uma tremenda responsabilidade
que eles carregavam sobre os seus ombros, e que lhes fora imposta pela vontade
do Senhor.
A
demanda de Coré, Datã e Abirão não era, pois contra Arão e
Moisés, e sim contra o próprio Deus, e por isso, foi nEle que Moisés foi buscar
resposta para aquela situação.
Ele a
recebeu, e transmitiu a Coré e aos que o acompanhavam na
sua rebelião o que deveriam fazer na manhã do dia seguinte, para que o Senhor
confirmasse quem havia escolhido para o sacerdócio.
Eles
deveriam acender incensários diante do Senhor no tabernáculo, e Deus indicaria
a quem escolheria dentre eles.
Após
tê-los repreendido pelo fato de estarem buscando o sacerdócio,
rebelando-se contra a vontade de Deus e contra Arão, mandou chamar Datã e
Abirão, mas estes se recusaram a ir ter com ele, e disseram que lhes havia
feito retornar de uma terra que manava leite e mel para matá-los no deserto, e
assim contestaram com que direito Moisés queria se fazer
príncipe sobre eles.
E
disseram ainda expressamente o seguinte:
“Ademais,
não nos introduziste em uma terra que mana leite e mel, nem nos deste campos e
vinhas em herança; porventura cegarás os olhos a estes homens? Não subiremos.”
(v. 14).
Aqui
eles revelaram que almejavam somente a herança.
Eles
não queriam ao Deus da herança e nem a Sua vontade.
Tal
como muitos esperam ir para o céu sem Jesus Cristo.
Datã
e Abirão estavam alegres no meio do povo enquanto tinham a esperança de lançar
logo mão nos bens prometidos na terra de Canaã, mas era algo muito insuportável
para eles terem que peregrinar no deserto, com
a sentença de não entrarem na terra por causa da sua incredulidade.
A
sandália dos pés dos israelitas não se gastou naqueles quarenta anos de
peregrinação, Deus não deixaria de lhes fazer o bem, se
tão somente guardassem os Seus mandamentos, mas eles não queriam saber de
fidelidade senão fazer o que era da própria vontade.
Eles
tinham fixado um alvo e não queriam pagar o preço e assumir a responsabilidade
que seria necessária para atingir aquele alvo, e agora se queixavam de não terem
entrado na posse das coisas que eles próprios haviam desprezado.
A ira
de Moisés se acendeu quando Datã e Abirão alegaram que ele havia se constituído
num líder ambicioso e autoritário sobre eles, e quanto a isto não prostrou seu
rosto em terra, mas pediu a Deus que defendesse a sua integridade; considerando
que eles o acusaram de ser ambicioso, cobiçoso, e opressivo, fazendo-se um príncipe sobre eles, pois Deus
era sua testemunha que nunca havia adquirido qualquer coisa deles, nem mesmo um
jumento, nem nunca havia usado de suborno e extorsão, e não vivia com os
tributos devidos a um príncipe.
Quando
Coré se apresentou com os duzentos e cinquenta
príncipes, e Arão, todos eles com os seus incensários, ele fez ainda uma
agitação da congregação contra Moisés e Arão, à porta do tabernáculo, e isto
fez com que a glória do Senhor aparecesse a toda a congregação, não para
alegria deles, mas para convencimento de que o que aconteceria viria da parte
dEle e não do homem, e aquela glória era glória de juízo e não de salvação,
pronta a destruí-los, pois mais uma vez o Senhor disse a Moisés para se apartar
da congregação de Israel, porque os consumiria a todos num só
momento (v. 21).
Mas novamente
Moisés intercedeu em favor deles, para que lhes perdoasse,
sob a alegação que não deveriam ser destruídos por causa do pecado de um só
homem (v.22).
As
massas, muitas vezes são dadas a seguir ignorante e impensadamente as bandeiras
de promessas que algumas lideranças desviadas lhes apresentam.
Assim
como nos dias de Jesus gritavam para que fosse crucificado por terem sido
emuladas a isto pelos líderes de Israel, e nisto, Moisés agiu como tipo de
Jesus, que rogaria ao Pai para que lhes
perdoasse, por não saberem o que faziam, isto é, agiam por ignorância de tudo o
que estava realmente envolvido em Sua morte pelas intenções invejosas e
políticas dos líderes de Israel, e muito menos sabiam do significado de que
naquela morte estava a única esperança da salvação das suas almas.
Mas a
ira de Deus permanece sobre aqueles que não se arrependem dos seus pecados,
ainda que os poupe temporariamente, por causa da Sua longanimidade, na
expectativa de que venham a se arrepender e assim alcancem a vida eterna.
Contudo,
no caso de Coré, Datã e Abirão, trouxe-lhes um juízo inaudito, de
modo que ficasse claro para todos os israelitas, qual é o fim daqueles que se
opõem à vontade de Deus e se rebelam contra Ele.
Como
Datã e Abirão haviam se recusado a ir ter com Moisés, este foi ter com eles, e
foi ordenado por Deus que toda a congregação saísse das proximidades das tendas
daqueles homens ímpios, para que não fossem consumidos juntamente com eles, por
causa dos seus pecados (v. 26).
E,
disse a todos que caso eles morressem de um modo comum, o Senhor não o teria
enviado, mas se eles morressem de uma forma inaudita, com a terra abrindo a sua
boca e lhes tragando com tudo o que lhes pertencia, descendo
vivos ao Seol, então compreenderiam o quanto aqueles homens haviam desprezado o
Senhor (v. 27-30).
Mal
acabou de falar, a terra que estava debaixo deles se fendeu e os tragou com as
suas famílias, como também a todos os homens que pertenciam a Coré, e a
toda a sua fazenda, e a terra os cobriu. Vendo isto os israelitas fugiram pelo
temor de serem também tragados (v. 34).
É
provável que quando a terra se abriu para engolir Datã e Abirão e tudo que lhes
pertencia, que o fogo procedente do Senhor consumiu os duzentos e cinquenta
homens que ofereciam o incenso diante do tabernáculo, tendo sido deixado com
vida dentre os que ofereciam o incenso, apenas Arão (v. 35).
Deus
fizera a seleção e confirmação do seu escolhido de um modo excepcional, pois
eliminou todos aqueles que não deveriam assumir o sacerdócio, consumindo-os com
o fogo, em razão de terem feito aquilo que não lhes era lícito fazerem, e que
não temeram sequer fazer, isto é, queimar incenso, função exclusiva dos
sacerdotes, e eles descaradamente se apresentaram para fazer o que não deveriam
de modo nenhum fazer.
Sempre
que alguém tentar usurpar a função que foi designada por Deus a outro, esta
pessoa terá que arcar com as consequências
da sua presunção.
Deus
revelou que é um fogo consumidor, que queima toda rebelião que se levante
contra a Sua vontade.
Deus
ordenou que se fizesse daqueles duzentos e cinquenta
incensários de bronze, chapas para cobrirem o altar do holocausto, de forma que
servissem de sinal para os israelitas, no sentido de que nenhum estranho, senão
da descendência de Arão se aproximasse do Senhor para queimar incenso (v.
36-40).
Mas o
que era esperado aconteceu, porque toda a congregação de Israel tinha se
identificado com a causa dos rebeldes, e assim, no dia seguinte murmuraram
contra Moisés e Arão lhes acusando de serem os culpados
da morte daqueles homens, só que em vez de lhes dar o título apropriado de
rebeldes, referiram-se aos mesmos como “o povo do Senhor”.
Mais
uma vez a nuvem cobriu o tabernáculo e a glória do Senhor apareceu, e tendo
Moisés e Arão vindo à frente do tabernáculo Deus disse a Moisés que saísse do
meio deles, porque os consumiria num só momento.
Moisés
e Arão caíram com o rosto em terra, e dessa vez Moisés nem teve tempo para
interceder junto ao Senhor porque Ele fizera irromper uma grande praga entre o
povo, então Moisés ordenou a Arão que pegasse o seu incensário e queimasse
incenso nele com o fogo do altar, e que fizesse expiação com aquele incenso
sobre toda a congregação, porque a sua intercessão como sumo sacerdote por eles
seria a única forma de fazer cessar aquela praga, que se não fosse detida,
consumiria toda a congregação de Israel.
Nós
estamos observando que o caráter da ordenança para que não murmuremos,
constante de I Cor 10.10, seguindo o exemplo dos israelitas: “E
não murmureis, como alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor”, se
refere não somente à insatisfação e queixa nas provas a que somos submetidos
pela vontade de Deus, como também a este espírito de rebelião, especialmente
contra aqueles que têm sido constituídos pelo Senhor como líderes sobre as
nossas vidas.
Tendo
Arão obedecido a Moisés, a praga cessou, mas não sem antes ter matado a 14.700
pessoas, sem contar os que haviam sido mortos antes, por
causa da rebelião de Coré (v 41-50).
É por
causa da oração do nosso Sumo Sacerdote, da qual o incenso de Arão era figura,
que não somos consumidos pelos juízos de Deus, em razão dos nossos pecados.
Jesus
intercede à direita do Pai como nosso Advogado, e ainda que não fôssemos
condenados eternamente, por estarmos debaixo da cobertura do Seu precioso
sangue, no entanto, poderíamos ser visitados com muitos
julgamentos de Deus, por causa dos nossos pecados.
A
nossa confissão e arrependimento são aceitáveis a Deus, porque temos a Jesus
intercedendo por nós à Sua direita, dia e noite, como nosso Advogado e Sumo
Sacerdote.
Por
isso foi revelado a Moisés, naquela ocasião, que somente a intercessão de Arão,
na condição de sumo sacerdote de Israel poderia livrar o povo do castigo
determinado contra os seus pecados, para que servisse de figura desta
intercessão eficaz que é feita por Jesus em nosso favor, e por causa da qual não
somos consumidos.
Por
isso somos lembrados pelo apóstolo, que sempre que viermos a pecar
eventualmente, devemos confessar os nossos pecados, sabendo que temos um
Advogado junto ao Pai (I Jo 2.1).
Também
nisto todos os ministros do Senhor devem ser seus imitadores, e seguirem também
o bom exemplo de Arão, que estava intercedendo em favor daqueles que o odiavam
e invejavam.
Deus
estava confirmando a chamada de Arão para o sumo sacerdócio, revelando a
Israel, que assim como fizera com o rei Davi, fizera a escolha por conhecer o
coração, e não pela aparência exterior, por saber que Arão tinha um amor
verdadeiro pelo seu povo, e que tinha um coração misericordioso, que se
compadecia daqueles que estavam debaixo do seu cuidado, e demonstrou isto
intercedendo e agindo pelo bem daqueles que estavam buscando o seu mal.
É da
natureza do Senhor que a misericórdia sempre triunfe no juízo, e que no juízo
Ele sempre se lembre da misericórdia, porque a glória do Senhor está em ser
bondoso, misericordioso e perdoador, pois não tem prazer na morte dos ímpios,
senão que se convertam e vivam, e até mesmo quando está exercendo juízos em Sua
ira contra o pecado, a oração detém o juízo, porque Deus se lembra da
misericórdia em plena manifestação da Sua ira.
Foi
por pura misericórdia que Ele fez cessar a praga com a intercessão de Arão,
porque não se fala em qualquer ponto das Escrituras, que
os israelitas haviam se arrependido das suas rebeliões e da sua injustiça,
quando canonizaram os rebeldes Coré, Datã e Abirão, bem como os
duzentos e cinquenta rebeldes, ao mesmo tempo em que
acusavam Moisés e Arão de assassinos do povo do Senhor.
Assim,
revelou-se que a misericórdia do Senhor é a causa de não sermos consumidos, até
porque, por um só pecado, ao curso de toda a nossa vida, já seríamos
merecedores da morte e da condenação eternas.
Nunca
é demais lembrar que por um só ato de injustiça (de Adão) muitos se tornaram
pecadores e toda a criação ficou sujeita à vaidade.
Tudo
morre no mundo por causa daquele único pecado original de Adão, e se Deus
intervém dando graça e vida a pecadores, sem que o mereçam, é então por pura
misericórdia.
“1
Ora, Coré, filho de Izar, filho de
Coate, filho de Levi, juntamente com Datã e Abirão, filhos de Eliabe, e Om,
filho de Pelete, filhos de Rúben, tomando certos homens,
2
levantaram-se perante Moisés, juntamente com duzentos e cinquenta
homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, chamados à assembleia,
varões de renome;
3 e
ajuntando-se contra Moisés e contra Arão, disseram-lhes: Demais é o que vos
arrogais a vós, visto que toda a congregação e santa, todos eles são santos, e
o Senhor está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a assembleia do
Senhor?
4
Quando Moisés ouviu isso, caiu com o rosto em terra;
5
depois falou a Coré e a toda a sua companhia,
dizendo: Amanhã pela manhã o Senhor fará saber quem é seu, e quem é o santo, ao
qual ele fará chegar a si; e aquele a quem escolher fará chegar a si.
6
Fazei isto: Coré e toda a sua companhia,
tomai para vós incensários;
7 e
amanhã, pondo fogo neles, sobre eles deitai incenso perante o Senhor; e será
que o homem a quem o Senhor escolher, esse será o santo; demais é o que vos
arrogais a vós, filhos de Levi.
8
Disse mais Moisés a Coré: Ouvi agora, filhos
de Levi!
9
Acaso é pouco para vós que o Deus de Israel vos tenha separado da congregação
de Israel, para vos fazer chegar a si, a fim de fazerdes o serviço do
tabernáculo do Senhor e estardes perante a congregação para ministrar-lhe,
10 e
te fez chegar, e contigo todos os teus irmãos, os filhos de Levi? procurais
também o sacerdócio?
11
Pelo que tu e toda a tua companhia estais congregados contra o Senhor; e Arão,
quem é ele, para que murmureis contra ele?
12
Então Moisés mandou chamar a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe; eles porém
responderam: Não subiremos.
13 É
pouco, porventura, que nos tenhas feito subir de uma terra que mana leite e
mel, para nos matares no deserto, para que queiras ainda fazer-te príncipe
sobre nós?
14
Ademais, não nos introduziste em uma terra que mana leite e mel, nem nos deste
campos e vinhas em herança; porventura cegarás os olhos a estes homens? Não
subiremos.
15
Então Moisés irou-se grandemente, e disse ao Senhor: Não atentes para a sua
oferta; nem um só jumento tenho tomado deles, nem a nenhum deles tenho feito
mal.
16
Disse mais Moisés a Coré: Comparecei amanhã tu
e toda a tua companhia perante o Senhor; tu e eles, e Arão.
17
Tome cada um o seu incensário, e ponha nele incenso; cada um traga perante o
Senhor o seu incensário, duzentos e cinquenta
incensários; também tu e Arão, cada qual o seu incensário.
18
Tomou, pois, cada qual o seu incensário, e nele pôs fogo, e nele deitou
incenso; e se puseram à porta da tenda da revelação com Moisés e Arão.
19 E Coré fez
ajuntar contra eles toda o congregação à porta da tenda da revelação; então a
glória do Senhor apareceu a toda a congregação.
20
Então disse o senhor a Moisés e a Arão:
21
Apartai-vos do meio desta congregação, para que eu, num momento, os possa
consumir.
22
Mas eles caíram com os rostos em terra, e disseram: ó Deus, Deus dos espíritos
de toda a carne, pecará um só homem, e indignar-te-ás tu contra toda esta
congregação?
23
Respondeu o Senhor a Moisés:
24
Fala a toda esta congregação, dizendo: Subi do derredor da habitação de Coré,
Datã e Abirão.
25
Então Moisés levantou-se, e foi ter com Datã e Abirão; e seguiram-nos os
anciãos de Israel.
26 E
falou à congregação, dizendo: Retirai-vos, peço-vos, das tendas desses homens
ímpios, e não toqueis nada do que é seu, para que não pereçais em todos os seus
pecados.
27
Subiram, pois, do derredor da habitação de Coré,
Datã e Abirão. E Datã e Abirão saíram, e se puseram à porta das suas tendas,
juntamente com suas mulheres, e seus filhos e seus pequeninos.
28
Então disse Moisés: Nisto conhecereis que o Senhor me enviou a fazer todas
estas obras; pois não as tenho feito de mim mesmo.
29 Se
estes morrerem como morrem todos os homens, e se forem visitados como são
visitados todos os homens, o Senhor não me enviou.
30
Mas, se o Senhor criar alguma coisa nova, e a terra abrir a boca e os tragar
com tudo o que é deles, e vivos descerem ao Seol, então compreendereis que
estes homens têm desprezado o Senhor.
31 E
aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra que estava
debaixo deles se fendeu;
32 e
a terra abriu a boca e os tragou com as suas famílias, como também a todos os
homens que pertenciam a Coré, e a toda a sua
fazenda.
33
Assim eles e tudo o que era seu desceram vivos ao Seol; e a terra os cobriu, e
pereceram do meio da congregação,
34 E
todo o Israel, que estava ao seu redor, fugiu ao clamor deles, dizendo: não
suceda que a terra nos trague também a nós.
35
Então saiu fogo do Senhor, e consumiu os duzentos e cinquenta
homens que ofereciam o incenso.
36
Então disse o Senhor a Moisés:
37 Dize
a Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, que tire os incensários do meio do
incêndio; e espalha tu o fogo longe; porque se tornaram santos
38 os
incensários daqueles que pecaram contra as suas almas; deles se façam chapas,
de obra batida, para cobertura do altar; porquanto os trouxeram perante o
Senhor, por isso se tornaram santos; e serão por sinal aos filhos de Israel.
39
Eleazar, pois, o sacerdote, tomou os incensários de bronze, os quais aqueles
que foram queimados tinham oferecido; e os converteram em chapas para cobertura
do altar,
40
para servir de memória aos filhos de Israel, a fim de que nenhum estranho,
ninguém que não seja da descendência de Arão, se chegue para queimar incenso
perante o Senhor, para que não seja como Coré e a
sua companhia; conforme o Senhor dissera a Eleazar por intermédio de Moisés.
41
Mas no dia seguinte toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra
Moisés e Arão, dizendo: Vós matastes o povo do Senhor.
42 E
tendo-se sublevado a congregação contra Moisés e Arão, dirigiu-se para a tenda
da revelação, e eis que a nuvem a cobriu, e a glória do Senhor apareceu.
43
Vieram, pois, Moisés e Arão à frente da tenda da revelação.
44
Então disse o Senhor a Moisés:
45
Levantai-vos do meio desta congregação, para que eu, num momento, a possa
consumir. Então caíram com o rosto em terra.
46
Depois disse Moisés a Arão: Toma o teu incensário, põe nele fogo do altar,
deita incenso sobre ele e leva-o depressa à congregação, e faze expiação por
eles; porque grande indignação saiu do Senhor; já começou a praga.
47
Tomou-o Arão, como Moisés tinha falado, e correu ao meio da congregação; e eis
que já a praga havia começado entre o povo; e deitando o incenso no incensário,
fez expiação pelo povo.
48 E
pôs-se em pé entre os mortos e os vivos, e a praga cessou.
49
Ora, os que morreram da praga foram catorze mil e setecentos, além dos que
morreram no caso de Coré.
50 E
voltou Arão a Moisés à porta da tenda da revelação, pois cessara a praga.” (Nm
16.1-50).
A Paz,
ResponderExcluirIrmão Dutra é com muita satisfação e alegria que eu louvo e exalto o SENHOR que tem vertido neste estudo tamanha sabedoria do alto. Estou elaborando um estudo sobre Números nos cultos de ensino em nossa Igreja e gostaria muito de enriquece-lo com esta porção tão abençoada que aqui está postada.Desde de já fica minhas sinceras orações para que o SENHOR continue lhe presenteando com mais dessas porções.
Att Thiago Henrique
diaconoo da Igreja O Brasil para Cristo - Nova União.
ps.: meu email para um contato mais proximo - omega_uniformes@hotmail.com ou thigraum_jaquinha@hotmail.com
Bela explanação.
ResponderExcluirBela explanação.
ResponderExcluirÉ incrível imaginar que mesmo o próprio Deus punindo os infiéis diante de seus próprios olhos,ainda sim voltaram a murmurar contra ele.Como pode?De onde vem tanta rebelião,??
ResponderExcluir