Neste
capítulo 34º de Números são descritos os limites das fronteiras da terra
que deveria ser distribuída às nove tribos e meia em Canaã, sem contar o
território da Transjordânia, que já havia sido ocupado por Rúben, Gade, e pela
metade da tribo de Manassés.
O
próprio Deus determinou os limites da habitação deles, e isto deve ocorrer com
todos os seus filhos neste mundo.
O
lugar em que viveremos, a igreja em que congregaremos, com quem casaremos, e
outras decisões importantes como estas devem ser resolvidas em Deus através da
oração.
O
grande propósito de Deus fixado na eternidade era o de derramar o Seu Espírito
em todas as nações, mas como Ele é santo, seria necessário primeiro plantar a
nação de Israel como uma boa oliveira, num jardim fechado, cercado por terras
plantadas com oliveiras bravas por todos os lados.
Aquele
bom olival estava destinado a servir de base de enxertia para todos os povos.
Por
isso o que era relevante não era o tamanho do território a ser herdado pela
descendência de Abraão, mas a missão de santidade de que estavam encarregados
em relação ao mundo.
A
distinção que Deus fizera em relação a Israel, separando-o das demais nações,
não seria, portanto para um propósito exclusivista, mas, ao contrário, para que
fossem uma bênção para todo o mundo, porque a promessa feita por Deus foi a de
que na descendência de Abraão seriam benditas todas as nações da terra.
Todavia,
para tanto, seria necessário forjar nos israelitas aquela mesma fé e santidade
que caracterizou a vida dos seus patriarcas, e isto somente seria possível, se
fossem organizados mediante os preceitos do Senhor, num território que pudesse
mantê-los unidos em torno do culto do tabernáculo.
Se a
terra prometida tivesse dimensões continentais, certamente eles teriam se
dispersado rapidamente, se desviando dos mandamentos de
Deus, para viverem como todas as demais nações.
Nos
versos 16 a 29 são designados os nomes dos homens que deveriam coordenar a
repartição da terra de Canaã, um príncipe de cada tribo, sendo que a Calebe foi
dada a honra de ser o coordenador da tribo de Judá, e como Josué havia sido
designado o sucessor de Moisés, caberia a ele, juntamente com Eleazar, o sumo
sacerdote, a supervisão geral da repartição que seria feita.
Nada
foi deixado para ser decidido na hora.
Disto
aprendemos que Deus é planejador e ordeiro.
E
faremos bem em considerar este aspecto do Seu caráter na obra que estivermos
realizando para Ele.
Se
temos recebido dEle uma determinada visão é nossa responsabilidade, assim como
fizera o apóstolo Paulo, nos esforçarmos para que por todos os meios sejamos
fiéis à visão celestial recebida e que a levemos a cabal cumprimento.
Quando
alguém recebe uma palavra profética acerca do ministério e/ou obra de que será
encarregado pelo Senhor, é dever de tal pessoa se preparar, se esforçar e orar
para o cumprimento da palavra recebida, e continuar nestes mesmos deveres,
quando estiver vivendo nos dias do seu cumprimento.
Quando
Deus nos faz uma promessa nós devemos orar até que ela se cumpra, e se ela tem
o caráter de serviço, devemos continuar orando para que a bênção da operação do
Senhor continue nos acompanhando em nosso ministério.
Pela
oração e esforço demonstramos ao Senhor o quanto estamos de fato interessados
em fazer a Sua vontade, e ver o cumprimento daquilo que Ele
prometeu.
Somos
assim provados na nossa fé, como Isaque, que teve que orar durante vinte anos
para que Rebeca, sua esposa, que era estéril, concebesse, para que a promessa
de Deus, de fazer fecunda a descendência de Abraão se cumprisse (Gên 25.20-26).
Se
ele não soubesse qual era o seu dever e responsabilidade em relação à promessa
teria cruzado os braços, e nada faria alegando que era problema
exclusivo de Deus cumprir o que havia prometido.
Mas
Isaque havia sido bem instruído por seu pai, Abraão, que as promessas do Senhor
são alcançadas por meio da fé, e esta deve ser expressada pela oração e pelas
nossas obras e esforço, necessários e dirigidos ao cumprimento das Suas promessas.
Cruzar
os braços e se deixar vencer pelo desânimo e
pela preguiça, e ainda alegar que está esperando em Deus, e que tem fé de que é
poderoso para cumprir o que prometeu, muitas vezes é uma desculpa para nossa
falta de responsabilidade espiritual, de nossa negligência e falta de uma
verdadeira fé dinâmica, viva, autêntica
e operante, que é o único tipo de fé que pode agradar a Deus.
Os
israelitas teriam que lutar em Canaã para conquistá-la.
Assim,
a luta que empreenderiam seria a prova da sua fé em Deus, por confiarem que os
guardaria do mal e cumpriria a Sua promessa de lhes dar Canaã por herança.
A
indicação por Deus dos limites da terra e dos que fariam a sua repartição era
uma palavra para ser apropriada pela fé, e assim, para animar e incentivar as
ações de guerra dos israelitas, no sentido de se apropriarem
no futuro, que estava próximo, daquilo que lhes havia sido
dado por Deus.
Se o
Senhor diz que tem aberto uma porta diante de nós, é nosso dever orar e agir
para entrar por ela, e efetivamente entrarmos por ela.
Não
podemos ficar parados esperando que em algum momento estaremos do outro lado da
porta.
É
preciso contribuir com nossos bens, cooperar com nossos irmãos e especialmente
líderes, trabalhar incansavelmente na obra do Senhor, para que possamos ver as
Suas promessas sendo cumpridas na terra.
“1
Disse mais o Senhor a Moisés:
2 Dá
ordem aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando entrardes na terra de Canaã,
terra esta que vos há de cair em herança, por toda a sua extensão,
3 a
banda do sul será desde o deserto de Zim, ao longo de Edom; e o limite do sul
se estenderá da extremidade do Mar Salgado, para o oriente;
4 e
este limite irá rodeando para o sul da subida de Acrabim, e continuará até Zim;
e, saindo ao sul de Cades-Barneia,
seguirá para Hazar-Hadar, e continuará até Azmom;
5 e
daí irá rodeando até o ribeiro do Egito, e terminará na praia do mar.
6
Para o ocidente, o Mar Grande vos será por limite; o próprio mar será o vosso
limite ocidental.
7
Este será o vosso limite setentrional: desde o Mar Grande marcareis para vós
até o Monte Hor;
8
desde o monte Hor marcareis até a entrada de Hamate; daí ele se estenderá até
Zedade;
9
dali continuará até Zifrom, e irá terminar em Hazar-Enã. Este será o vosso
limite setentrional.
10
Marcareis o vosso limite oriental desde Hazar-Enã até Sefã;
11
este limite descerá de Sefã até Ribla, ao oriente de Aim; depois irá descendo
ao longo da borda do mar de Quinerete ao oriente;
12
descerá ainda para o Jordão, e irá terminar no Mar Salgado. Esta será a vossa
terra, segundo os seus limites em redor.
13
Moisés, pois, deu ordem aos filhos de Israel, dizendo: Esta é a terra que
herdareis por sortes, a qual o Senhor mandou que se desse às nove tribos e à
meia tribo;
14
porque a tribo dos filhos de Rúben, segundo as casas de seus pais, e a tribo
dos filhos de Gade, segundo as casas de seus pais, como também a meia tribo de
Manassés, já receberam a sua herança;
15
isto é, duas tribos e meia já receberam a sua herança aquém do Jordão, na
altura de Jericó, do lado oriental.
16
Disse mais o Senhor a Moisés:
17
Estes são os nomes dos homens que vos repartirão a terra por herança: Eleazar,
o sacerdote, e Josué, filho de Num;
18
também tomareis de cada tribo um príncipe, para repartir a terra em herança.
19 E
estes são os nomes dos homens: Da tribo de Judá, Calebe, filho de Jefoné:
20 da
tribo dos filhos de Simeão, Semuel, filho de Amiúde;
21 da
tribo de Benjamim, Elidá, filho de Quislom;
22 da
tribo dos filhos de Dã o príncipe Buqui, filho de Jógli;
23
dos filhos de José: da tribo dos filhos de Manassés o príncipe Haniel, filho de
Éfode;
24 da
tribo dos filhos de Efraim o príncipe Quemuel, filho de Siftã;
25 da
tribo dos filhos de Zebulom o príncipe Elizafã, filho de Parnaque;
26 da
tribo dos filhos de Issacar o príncipe Paltiel, filho de Azã;
27 da
tribo dos filhos de Aser o príncipe Aiúde, filho de Selômi;
28 da
tribo dos filhos de Naftali o príncipe Pedael, filho de Amiúde.
29
Estes são aqueles a quem o Senhor ordenou que repartissem a herança pelos
filhos de Israel na terra de Canaã.” (Nm 34.1-29).
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